Existe uma provisão sua, de 11 de setembro de 1690, a atribuir a Luís Lopes de Carvalho para o cargo de tabelião. Desejando montar em Sorocaba uma fábrica de ferro, sonho de D. Francisco de Sousa com respeito às minas de Araçoiaba, Lopes de Carvalho obteve testemunho da viabilidade do intento do coronel Manuel de Moura Gavião, morador de Itu, do sertanista Manuel Gonçalves da Fonseca e do ferreiro Manuel Fernandes. Obteve licença real e ainda em 1698 tratava das medidas para efetivá-la; em 1708 ainda vivia no Rio, como escrivão da Fazenda dos defuntos e ausentes. Este Manuel de Moura Gavião, sertanista de São Paulo, em 1692 acompanha o capitão-mor Luís Lopes de Carvalho em pesquisas de prata no sertão de Sorocaba. Já Manuel Gonçalves da Fonseca era sertanista paulista e acompanhou o mesmo capitão-mor em suas pesquisas atrás de antigos roteiros de minas de prata no sertão de Sorocaba em 1679.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*