11 de fevereiro de 1728, quarta-feira Atualizado em 25/02/2025 04:45:20
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Quando da abertura da estrada de ligação entre Araranguá e Curitiba, pelointerior (1728), o Sargento-Mor Souza Faria, encarregado dessa empresa, ao alcançar aaltura da Ilha de Santa Catarina, encaminhou-se para o norte à procura do morro Tayó;mas debalde. Passava esse cêrro – escreve o mestre Taunay – por abundantíssimo emprata. Em sua informação, disse Faria: - „Bons desejos tive de os socorrer, mas a fome ea miséria em que nos aviamos todos, nos obrigou, não só deixar o morro, mas ainda amesma Serra do mar". Explicava êle que de um rio chamado Santa Luzia, seguiu viagempara os campos e passando neles algumas restingas de matos deu em outro campo maisalto e alísio, de onde avistou „um morro, que pelo roteiro que levava dos sertanistasantigos julgou ser o rico e sempre procurado morro do Tayó e ao mesmo pareceu ao seuPiloto".
Da Serra Negra (Ibituruna, Buturuna, Vuturuna), descreve Faria, „corre umribeirão que vai buscar as cabeceiras do dito morro Tayó, o qual morro é baixo, redondoe agudo com sua campina ao pé e tem este feitio. Tem tambem sua campina da banda donorte e da banda do sul, mato carrasquenho; pelo pé deste morro podem buscar ouro; equando se queira alongar para as matas do mar, não seja pela parte do sul, seja pelaparte do norte, que dali emanam as cabeceiras todas do Tajay-merim, que não poderãodeixar de acharem ouro.
II – Em o Mapa castelhano de J. C. Cano y Olmedilla, 1775, já figura o monteTayó. O governador de Santa Catarina, coronel Gama Freitas, oficiava a 2 de maio de1776 ao Vice-rei, marquês do Lavradio a respeito da jurisdição de sua Capitania sôbre a [Itajaí: uma cidade em busca de seu fundador, textos compilados. Página 105]
No POENTE, entretanto, a história foi outra. A Serra do Mar continuou a ser, por longo tempo, o limite do homem litorâneo. Limite dos seus horizontes e das suas conquistas, barreira, sem dúvida, vencida pelos caminhos abertos pelo seu arrôjo, mas não subjugado pela fôrça conquistadora da sua audácia. Os homens que habitavam além da barreira natural eram diferentes. Tinham outra origem, outros costumes, outra índole, outra cultura, outra história.
Os primeiros que atravessaram o planalto, de sul a norte, os tropeiros que subiram pelo morro dos Conventos, vencendo a Serra do Mar rumo a Sorocaba, foram os homens do sul. Mas apenas o atravessaram, marcando com os pousos de emergência as etapas da travessia. Não se fixaram ali.
Saindo de Laguna marchei com toda a tropa pela praia a buscar o rio Araraguá, e nele o sítio a que chamam os Conventos, distantes da Laguna, e ao sul dela pouco mais de 15 léguas. Neste sítio, e em 11 de fevereiro de 1728 dei principio ao cominho rompendo matos fechados, e dando a pouco mais duma légua com pântano, que teria meia légua de largo, em que foi possível fazer-lhe uma boa estiva para o podermos passar; passado ele, dei quase meia légua com um grande ribeirão que desaguá no Araranguá, se chama Cangicaçu, e como não dava vau lhe diz uma boa ponte de 12 braças e meio de comprido, e braça e meia de largo.
Quando da abertura da estrada de ligação entre Araranguá e Curitiba, pelo interior (1728), o Sargento-Mor Souza Faria, encarregado dessa empresa, ao alcançar a altura da Ilha de Santa Catarina, encaminhou-se para o norte à procura do morro Tayó; mas debalde. Passava esse cêrro – escreve o mestre Taunay – por abundantíssimo em prata. Em sua informação, disse Faria:
"Bons desejos tive de os socorrer, mas a fome e a miséria em que nos aviamos todos, nos obrigou, não só deixar o morro, mas ainda a mesma Serra do mar". Explicava êle que de um rio chamado Santa Luzia, seguiu viagem para os campos e passando neles algumas restingas de matos deu em outro campo mais alto e alísio, de onde avistou "um morro, que pelo roteiro que levava dos sertanistas antigos julgou ser o rico e sempre procurado morro do Tayó e ao mesmo pareceu ao seu Piloto".
Da Serra Negra (Ibituruna, Buturuna, Vuturuna), descreve Faria, "corre um ribeirão que vai buscar as cabeceiras do dito morro Tayó, o qual morro é baixo, redondo e agudo com sua campina ao pé e tem este feitio. Tem tambem sua campina da banda do norte e da banda do sul, mato carrasquenho; pelo pé deste morro podem buscar ouro; e quando se queira alongar para as matas do mar, não seja pela parte do sul, seja pela parte do norte, que dali emanam as cabeceiras todas do Tajay-merim, que não poderão deixar de acharem ouro".
II – Em o Mapa castelhano de J. C. Cano y Olmedilla, 1775, já figura o monte Tayó. O governador de Santa Catarina, coronel Gama Freitas, oficiava a 2 de maio de 1776 ao Vice-rei, marquês do Lavradio a respeito da jurisdição de sua Capitania sôbre a [Página 105]
[2717] Interpretação da Campanha do Contestado 01/01/1960 [25030] Tropas e Tropeiros na Formação do Brasil. José Alípio Goulart 01/01/1961 [27527] Itajaí: uma cidade em busca de seu fundador, textos compilados 01/01/2018
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
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