Na vila, foi almotacel, em 1575, vereador, em 1572, 1576 e 1582 e juiz ordinário, em 1587. Portanto, em 1592, quando foi nomeado capitão da gente de guerra da vila, já apresentava uma longa ficha de préstimos à governança local. Negociava escravos da Guiné, tecidos, marmelada e gentios. Foi de sua propriedade um dos primeiros trapiches de açúcar no planalto. Entre seus devedores,estavam tanto o antigo capitão-mor quanto o recém-chegado. Por isso, há de se desconfiar quando ele alegava não comparecer a uma sessão da Câmara, como vereador que era, em pleno natal de 1576, pois não tinha botas! 368 Na vila, foi almotacel, em 1575, vereador, em 1572, 1576 e 1582 e juiz ordinário, em 1587. Portanto, em 1592, quando foi nomeado capitão da gente de guerra da vila, já apresentava uma longa ficha de préstimos à governança local. [3] [Revista do Arquivo Municipal CLXXVIII (178), 1969. AMARAL, Antonio Barreto. “Afonso Sardinha. Um vereador do século XVI”. Revista do Arquivo Municipal CLXXVIII (178), 1969.]
A 5 de fevereiro de 1595 reunia-se a Câmara para que tratassem “das coisas pertencentes ao bem comum e principalmente sôbre um mandado do provedor Pero Cubas em que manda apregar nesta vila que todos os moradores e estantes desta vila fossem ou mandassem levar tôdas as peças índios e índias e escravos desta guerra de Bougi ( Mogi ) e de outras guerra e entradas...”.
Houvera finalmente e estava terminada a guerra contra os selvagens do sertão de Mogi de onde os paulistas trouxeram selvagens, de ambos os sexos, como escravos. E, com eles, certamente não deixara de ir o capitão das gentes de Piratininga, Afonso Sardinha.
Terminara a guerra e as atribulações do povo de São Paulo. Mas não conseguira o já idoso ex-vereador Afonso Sardinha entregar-se inteiramente a seus múltiplos negócios, pois nos primeiros dias de janeiro de 1596 via- se chamado a substituir o vereador Brás Esteves. Nêsse ano muito escassas foram as sessões realizadas pelos oficiais da Câmara, a maioria delas para a escolha de republicanos que haveriam de servir de almotacé. A 3 de fevereiro, logo após sua posse, compareceu à sessão na qual trataram que se fizessem os caminhos e pontes e serventias, de mão comum ( 99 ) . Um mês após êle e os demais vereadores e juiz deliberaram que o pano comum não poderia ser vendido por mais de duzentos réis a vara, e que, semanalmente estivessem de guarda na vila sete de seus moradores, dos quais um dêles convocaria aos outros pagando o que não comparecesse a multa de quinhentos réis ( 100 ). E sem outras providências em prol do povo via éste encerrar-se o trigésimo sexto ano de sua administração pública. [Página 61, 609 do pdf]