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Sorocaba em 1928
“Macunaíma”, Mário de Andrade
1 de janeiro de 1928
  
  

Quando Palauá correu legua e meia olhou pra trás fatigada. Porêm a tigre preta vinha perto. Vai, Palauá chegou num morro chamado Ibiraçoiaba e topou com uma bigorna gigante, aquela uma que pertencia á fundição de Afonso Sardinha no princípio da vida brasileira.

Junto da bigorna estavam quatro rodas esquecidas. Então Palauá amarrou elas nos pés pra poder deslizar sem muito esfôrço e, como se diz: desatou o punho da rede outra feita. Uma chispada mãi! A onça enguliu num atimo legua e meia de terreno porêm isso vinha que vinha acochada pela tigre. Faziam um barulhão tamanho que os passarinhos estavam pequetitinhos pequetitinhos de medo e a noite mais sombria por causa que não podia andar. E a bulha inda era assombrada pelos gemidos do noitibó... Noitibó é Pai da Noite, moços, e chorava a miséria da filha.
[Páginas 27 e 218]





Página 352

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Crédito/Fonte: 01/01/1886


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