Basílica Nossa Senhora da Assunção - Mosteiro de São Bento
8 de julho de 2022, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O Mosteiro de São Bento é um símbolo de grande importância para a cidade de São Paulo. Com mais de 400 anos de História, o Mosteiro sempre teve grande influência na cidade. Vale lembrar a própria localização em que foi construído o cenóbio beneditino. O local era a taba do cacique Tibiriçá. Foi doado pela Câmara de São Paulo em 1600 aos monges. Segundo o documento de doação das terras, pertencente ao arquivo do Mosteiro, o local era “o mais importante e melhor, depois do colégio”. Com o crescimento da Vila ainda no Século XVII, Fernão Dias Paes Leme, o Governador das Esmeraldas, ampliou a igreja e melhorou as dependências do Mosteiro. Anos depois, com a nomeação popular de Amador Bueno – um importante personagem da vila paulistana – como rei de São Paulo, sem este aceitar, recorre aos monges beneditinos, a fim de acalmar a população e fazer com que esta mudasse de ideia. Para que Amador Bueno não perdesse sua vida por não aceitar a ser rei de São Paulo, o Abade do Mosteiro, assim como também a comunidade monástica, acalmaram os ânimos e o povo mudou de ideia. Amador Bueno estava a salvo.
São dependentes do Mosteiro de São Bento de São Paulo, o Mosteiro de São Bento de Sorocaba, fundado em 1667 e o Mosteiro de São Bento de Jundiaí de 1668. Além destes, foram fundados mais dois: Santana do Parnaíba (1643) e Santos (1650).Óbvio que a construção atual do Mosteiro não é a mesma de séculos anteriores. Já é a quarta construção. A demolição do antigo edifício, muito decadente em fins do Século XIX, começou com a construção do Gimnásio São Bento – hoje Colégio de São Bento – em 1903. Mas foi em entre 1910 e 1912 que o cenário realmente mudou. São Paulo passava por grande processo de urbanização. Sua população aumentava exacerbadamente, ganhando relevância no cenário nacional. O Mosteiro seguiu este ritmo e em 1910 teve início à construção da nova igreja e Mosteiro. A construção em estilo da escola artística de Beuron, projeto de Richard Berndl – Professor da Universidade de Munique e um dos melhores arquitetos da Alemanha. É desta época a decoração interna em estilo Beuronense foi feita pelo beneditino belga Dom Edelberto Gressnigt. A Basílica só foi consagrada em 1922. Nesta época foram instalados os sinos e o relógio, tido como o mais preciso de São Paulo. HISTÓRICOBreve histórico do Mosteiro de São BentoPode-se dizer que o sítio histórico que abriga o Mosteiro de São Bento é o mais antigo de São Paulo. A instituição completou em 1998 seu 4º. centenário de ocupação ininterrupta no mesmo local. Cabe lembrar que o Pátio do Colégio, marco de fundação da cidade, passou por várias transformações, e de 1765 a 1932, abrigou o Palácio do Governo.A fundação do Mosteiro de São Bento data do fim do século XVI, ou mais exatamente, de 14 de julho de 1598. Segundo documentação da época, foram concedidas duas sesmarias pelo Capitão-Mor Jorge Correia, as quais seriam a base da fundação beneditina na pequena vila.O terreno cedido a São Bento era o mais bem localizado, depois daquele do Colégio dos Jesuítas, ficando exatamente no alto da elevação, entre as águas do Anhangabaú e do Tamanduateí, abrangendo de um lado até o Vale do Anhangabaú e, do outro, até a atual 25 de Março, inclusive.O mosteiro teve como fundador um paulista de nome Simão Luís, nascido em São Vicente, o qual mais tarde passou para a história, com o nome de Frei Mauro Teixeira. Discípulo do Padre José de Anchieta. Ele conheceu o cacique Tibiriçá e, anos depois, construiu, no mesmo local onde existira a taba do glorioso índio, uma igreja em homenagem a São Bento. Aí levantou um pequeno santuário, que conservou, durante algum tempo, sob seus cuidados.
A 15 de abril de 1600, os oficiais da Câmara ratificaram, o que já havia sido feito por seus colegas, a Frei Mauro Teixeira:
“Carta de chãos de sesmaria, para o sítio do convento”, por “constar ser como o dito padre diz e alega, por serviço de Deus Nosso Senhor e de seu servo, o bem aventurado São Bento”, “os quais chãos serão para o convento, mosteiro, ou casa do dito santo, fôrros livres e isentos de todo tributo e pensão, de hoje até o fim do mundo”.
É interessante destacar o papel do Mosteiro de São Bento na aclamação de Amador Bueno como rei de São Paulo, episódio histórico que assinala o primeiro grito de independência em terras do Brasil. Evitando aqueles que queriam fazê-lo rei apressadamente, rumou em direção ao templo onde pretendia refugiar-se. Os paulistas seguem em seu encalço gritando: “Viva Amador Bueno, nosso rei”, ao que ele replicou muitas vezes “viva o senhor D. João IV nosso rei e senhor, pelo qual darei a vida”.
Graças a Fernão Dias Pais, foi construído um novo templo. Em janeiro de 1650, foi lançada a pedra fundamental para sua construção. As imagens de São Bento e Santa Escolástica que vemos hoje na atual basílica, da autoria de Frei Agostinho de Jesus, datam desta época. Os restos mortais de Fernão Dias Paes e de sua esposa se encontram na cripta do mosteiro.
Em Julho de 1900 D. Miguel Kruse assume a direção do mosteiro e, com atividade ímpar, inicia um novo período na história de São Paulo. Seus primeiros esforços são no sentido de dotar o mosteiro de um bom colégio secundário. Surge assim, em 1903, o Colégio de São Bento. Logo após, em 1908, funda a faculdade de Filosofia, que seria a primeira do Brasil. Em 1911, instala a primeira abadia de monjas beneditinas da América do Sul, o Mosteiro de Santa Maria.
É também de iniciativa de D. Miguel Kruse a construção de uma nova abadia e um novo mosteiro. Em 1910 tem início a nova construção segundo projeto do arquiteto Richard Berndl da cidade de Munique, Alemanha. Quatro anos mais tarde, em 1914, estava completado o conjunto beneditino que conhecemos hoje abrigando a Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o Mosteiro e o Colégio de São Bento, marco histórico, cultural e turístico da maior importância para o cidade de São Paulo e para o Brasil.
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!