O INÍCIO DA HISTÓRIA DA ÓPTICA NO BRASIL – PARTE IV
12 de abril de 2021, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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No final do século XIX e início do século XX, o cenário havia se transformado. Outros oculistas mecânicos já trabalhavam no Brasil, oferecendo seus serviços e abrindo as janelas de um novo mundo para os seus clientes. Ainda assim, o acesso aos produtos ópticos estava restrito a algumas regiões e cidades brasileiras. É o que você vai conferir a seguir.PARTE IV – O PIONEIRISMO DE HERSCHEL E A CONSOLIDAÇÃO DO SEGMENTOApós o pioneirismo de Herschel, chega à cidade de Recife Joseph Merz, que anuncia a confecção de qualquer tipo de óculos com lentes alemãs e austríacas. O oculista mecânico passa a receber encomendas na Loja Grande, na Rua dos Quarteis, e no Largo do Rosário. Merz divulga a confecção de todos os tipos de óculos. Vejamos seu anúncio:Confecciona todos os tipos de óculos, vista curta ou cansada, a partir de 800 réis o par, receba visita em casa.É interessante que, após alguns publicações de Merz, em julho de 1840, a senhora Rosa Conceição o procura por meio de outro anúncio, que dizia:A pessoa que a tempo anunciou óculos, favor anunciar sua morada.Dias depois, um novo anúncio responde ao pedido de Rosa Conceição:A senhora que pede óculos, deixe recado na Rua da Cruz número 63 com N. Bieber.O oculista Merz fixa-se entre Recife e Salvador e passa a vender seus óculos para a elite local, funcionários públicos, religiosos, jornalistas e estudantes. Tornou-se amigo pessoal do cirurgião Dr. Joaquim Aquino Fonseca, que, já em 1850, realizava cirurgia ocular na cidade de Recife. Em 1865, Merz volta para a Europa e envia para Recife o oculista prático José Germann, que se estabelece na Rua Nova, onde continua a confeccionar e vender óculos de grau. O jornal Jornal de Pernambuco publica um interessante anúncio de Germann sobre seus serviços de técnico oculista:Verdadeiros vidros de óculos, com minhas lentes a vista descansa, uma vez escolhido o vidro de óculos pode durar 10 anos, com os vidros ordinários se está obrigado a mudá-los todos os anos e os ter cada vez mais grossos, o que altera o cristalino do olho. Faça óculos para vista míope, para vista que se cobre de nuvens, para vista que se vê esvoaçar pequenos pontos negros, para a vista que as pálpebras tremem de fraqueza, para vista que os olhos são desiguais, para a vista que se turva com o trabalho e a leitura; para a vista presbita, para vista que não suporta os raios solares e grande claridade, para a vista operada de catarata, para a vista em que as pálpebras estão cercadas de sangue, para evitar que o cristalino do olho se cubra com a catarata. Venha a rua Nova e realize um exame, técnico formado na Alemanha.Durante todo o período monárquico, a óptica no Brasil ficou restrita a algumas grandes cidades: começou no Recife, expandiu-se para Salvador, São Paulo, Rio Grande e, por fim, Porto Alegre. O mercado consumidor era muito limitado. O país possuía um sistema econômico agrário e, até a primeira metade do século XIX, não existiam fatores favoráveis à industrialização brasileira. A política livre-cambista e as concorrências das manufaturas inglesas impediam a nossa industrialização.Os profissionais que se estabeleciam no Brasil traziam uma bagagem técnica adquirida, principalmente, na Alemanha e, essencialmente, neste período da história da óptica, pertenciam à comunidade judaica, o que ajudou a consolidar o segmento, pois eles formavam uma rede de contatos e estabeleciam uma relação de confiança, que se iniciou com Herschel e foi continuamente alimentada durante todo século XIX. Assim encerramos nossa jornada pelo início da óptica no Brasil. Este resumo foi escrito com base no livro A História da Óptica no Brasil, de autoria do professor e pesquisador José Moraes dos Santos Neto, a quem agradecemos por compartilhar suas pesquisas com o Brasil e o mundo. Quem sabe, mais adiante, retornamos com mais momentos importantes para a óptica brasileira. Muito obrigado por nos acompanhar até aqui e até a próxima!Voltar para PARTE III – HERSCHEL VEM PARA O BRASIL E CHEGA AO RIO GRANDE DO SULPor Mário GaigerBaseado no livro História da Óptica no Brasil, de José Moraes dos Santos Neto
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.