“Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI“, Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
1900 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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ou as idéias então correntes na colonia: representavam muita vez uma noção incorretíssima das coisas, firmada em dados imperfeitos ou colhidos sem critério na tradição oral do gentio. Dessa origem, por exemplo, são as cobras monstruosas, denominadas iebya, serpentes das montanhas do Rio Grande que, deitadas no chão, simulam troncos de árvore, com pernas de crocodilo, grande cuda escondida debaixo do corpo, quando deitadas, e dois braços dianteiros tão fortes, que com eles matam tudo quanto alcançam. Da mesma origem são essas montanhas de cristal, as itaberabas dos nativos, de que o narrador fala, descrevendo--nos uma como "... enorme e curiosíssima montanha de cristal... de tal altura que parece atravessar as nuvens e tão ingrime que se torna impossível ir alguém ao seu cume". [Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI. Teodoro Sampaio. Página 349]
Mem de Sá, os sertões para além do campo de Piratininga e descobriu ouro, no ano seguinte, nas imediações do morro do Jaraguá, vizinho de São Paulo, fato de que nos dá noticia uma carta de 25 de abril de 1562 de Braz Cubas, que se associara ás explorações do aludido minério. As três oitavas de ouro, colhidas por Luiz Martins, em Jaraguá, e remetidas a Mem de Sá, são, com efeito, as primeiras provas positivas da existência do ouro na capitania.
A mineração, todavia, não parece que se tenha encetado desde esse descobrimento, pois que, anos depois, em 1578, John Whithall, negociante inglês domiciliado em Santos e genro de Jerônimo Leitão, informava para a Inglaterra que ainda se esperavam mineiros peritos que deviam iniciar essa mineração.
Parece que só depois de 1590 é que as explorações se renovaram, quer nas vizinhanças do morro de Araçoyaba, no lugar Caátyba, onde se sabe que se tirou o primeiro ouro, quer nas imediações do morro do Jaraguá, onde, no lugar Maetinga ou Amaetinga, Afonso Sardinha, o velho, iniciou um trabalho de mineração. [Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI. Teodoro Sampaio. Página 356]
Desse Perú, vastíssimo e imaginário, tão vizinho dos estabelecimentos portugueses, é que falam os nossos primeiros cronistas, historiadores e cosmógrafos, quando de referência a fatos e sucessos dos nosso sertões.
O rio de São Francisco, por exemplo, segundo a opinião corrente nessa época, nascia de uma famosa lagoa, feite de vertentes de águas das serranias do Perú, donde também procediam o rio das Amazonas e o da Prata. Desse mesmo Perú, assim tão próximo, nos sertões de São Paulo, é que veio a Anthony Knivet a explicação das origens do Jaguary, rio que foi atingido pela expedição de Martim de Sá, depois de transpor o Parahyba e de galgar a serra da Mantiqueira. Para o narrador inglês, esse rio Jawary ou Jaguary "nascia nas montanhas do Potosí no Perú", opinião essa que parece firmar-se no seu espírito, quandio, de[Peregrinações de Anthony Knivet no Brasil no Século XVI. Teodoro Sampaio. Página 364]
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 Página 352
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