'Beting* 0 01/11/1614 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
1610
1611
1612
1613
1614
1615
1616
1617
1618
Registros (39)Cidades (16)Pessoas (44)Temas (26)


Beting*
    1 de novembro de 1614, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


capitania, os Schetz possuíam nos jesuítas, estabelecidos também no litoral vicentino,importantes aliados desde meados do século XVI, inclusive José de Anchieta. Por outro lado,as autoridades locais, incluso o longevo capitão-mor Jerônimo Leitão e seus herdeiros,apropriavam-se gradativamente das propriedades fundiárias do engenho (Stols, Cordeiro,2014). Não se sabe o resultado dos pleitos, mas o engenho seria destruído pelo compatriotade Vandale, Joris von Spielbergen, em 1615, ao longo de sua viagem que assombrou a costachilena, peruana e mexicana. Segundo Meurs, “não é conhecida a decisão final da justiça,mas ao que parece os Schetz abriram mão da propriedade” (2006, s.p.).Quanto a Vandale, Kellenbenz (1968) o localiza dois anos depois, em Antuérpia. Estehistoriador transcreve uma procuração de uma viúva, Anna van Pelquen, feita em cartóriode Antuérpia, de novembro de 1614, na qual Vandale apareceu como testemunha. Nestedocumento, a viúva delegava a um tal Pedro Tacq (Taques), morador em São Paulo, nacapitania de São Vicente, que cobrasse uma dívida de uma negra da Guiné e seus filhos, queseria de direito sua herança, de outro morador da capitania, o alemão Geraldo Bethinque(Kellenbenz, 1968, p. 297). Este Taques era o mesmo que ficara responsável por cobrar umasletras de câmbio em Pernambuco no inventário de Vandale. Pedro Taques descendia dotronco da família flamenga Tacq que, vindo de Brabante, Flandres, se estabelecera emPortugal no início do século XVI. Pedro veio ao Brasil acompanhando o governador-geral,Francisco de Souza, em 1591, e dele foi seu secretário de Estado. Taques acompanhou ogovernador na sua descida a São Paulo em 1598-1599 para averiguar as riquezas minerais eali permaneceu, casando-se com uma integrante da elite local. Foi juiz de órfãos na vila,proprietário de fazenda, e faleceu em 1644 (Leme, 1905, p. 222-223).O documento permite inferir que orbitava em torno do governador Francisco de Souza,uma série de personagens flamengos e alemães, com relações entre si, como Taques,Bethinque e Arzam, assim como o próprio Vandale, que vivera na Bahia durante o governogeral de Souza. De todo modo, Vandale deve ter ficado com a procuração para trazer aoBrasil, objetivando ir à capitania de São Vicente. Em 1615, o mesmo Kellenbenz (1968) indicaa presença de Manoel em Lisboa. O certo é que ele estará na Bahia em 1624, quando datomada holandesa da cidade de Salvador. As acusações de cumplicidade com os invasoresdevem ter lhe rendido alguns dissabores iniciais, obrigando-o a deslocar-se para São Paulo,vila acantonada para além da Serra do Mar, situada na capitania que ele já conhecia.Ademais, encontraria na vila alguns personagens e compatriotas com os quais seguramentetravara contato, como Pedro Taques, Geraldo Bethinque e Cornélio de Arzam, este últimobem estabelecido na vila. Em São Paulo, Vandale terminaria seus dias e seu périplo pelosespaços da Monarquia, nos quais circulou como estrangeiro, morador, estante e pleiteanteà naturalidade. [O morador, o estante e o proibido: flamengos em São Paulo no contexto da Monarquia Hispânica (1580-1640), 2021. José Carlos Vilardaga. Página 9 do pdf]




  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.