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O santo que Anchieta Matou. Reverendo Jorge Aquino, revjorgeaquino.wordpress.com
    3 de abril de 2014, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Quase ninguém conhece a história de Jean Jacques Le Balleur, também conhecido como João de Bolés. Ele foi um simples alfaiate hunguenote, nascido na França mas educado em Genebra. Diz a história que em 1557 foi enviado, junto com outros cinco missionários, por João Calvino para ministrar aos franceses da conhecida expedição de Nicolau Durant de Villegaignon ao Brasil, para o que viria a ser chamada de França Antártica.

Ministro calvinista, ele participou o primeiro culto evangélico do Brasil em 10 de Março de 1557, e no dia 21 celebraria a primeira Santa Ceia. A história nos diz que Villegaignon, depois de ter retornado à fé católica, obrigou os ministros a responderem um formulário sobre suas crenças, gerando a chamada “Confissão de fé Fluminense” – a primeira do gênero das Américas – para, logo em seguida condená-los à morte.

Jacques Le Balleur conseguiu fugir para o continente e conseguiu ir até São Vicente, sendo poupado de ser devorado pelos índios por estar com um livro, que os Tupinambás pensaram ser a tão esperada e prometida Bíblia, que era tida como um amuleto. Tratava-se de uma peça de Rabelais.

Em São Vicente os jesuítas forçaram a Câmara para prendê-lo em 1559. Foi torturado para dar informações estratégicas do Forte Coligny. Levado a Salvador, onde Mem de Sá concordou em condená-lo por ser seguidor da fé protestante. Em 1567 foi levado ao Rio de Janeiro, onde seria executado, mas o carrasco recusou a matá-lo. E em 9 de fevereiro de 1568, o Padre José de Anchieta estrangulou-o.

Sobre a acusação de que o Padre José de Anchieta o tenha matado, segundo o livro Cartas Jesuíticas – III na página 179 (Obras digitalizadas da Biblioteca Nacional) temos a citação:


“Finalmente, já em meiados de 1563, avocada a causa pelo Cardeal d. Henrique, Bolés foi remetido para o Reino, na nau Barrileira, de que era ‘mestre e senhorio’ Gonçalo Dias da Ponte. Entregue, a 28 de outubro do mesmo ano, ao alcaíde do carcere da Inquisição de Lisboa, respondeu a processo, durante o qual requereu uma justificação dos serviços prestados no Rio de Janeiro. O Tribunal, por acórdão de 12 de agosto de 1564, recebeu-o na Santa Madre Igreja, como pedia, sob condição de abjurar seus ‘hereticos errores’ e condenou-o ‘em pena e penitencia’ ao carcere, ‘pelo tempo que parecer aos Inquisidores’.”

BibliografiaLABORIE, Jean-Claude. “Le huguenot au Brèsil: à travers les documents portugais (15601584)”. In: Revue de l’Histoire du Protestantisme Français, novembre-decembreLESSA, Vicente Themudo. Anchieta e o supplicio de Balleur. 1934REIS, Álvaro. O martyr Le Balleur. Rio de Janeiro, 1917.RODRIGUES, Pe. Pedro. Codex da vida de José d’Anchieta. 1607. Biblioteca Nacional de Lisboa.Adaptação da Wikipédia (pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Le_Balleur)





Migrações
Data: 01/01/1984
Créditos/Fonte: José Brochado


ID: 13994


  


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