CARTAGEOGRAPHICA da AMERICA MERIDIONAL Dividida em sete principaes partes, subdividas em outras, que no Brazil se denominaõ Capitanias e estas repartidas em outras muitas com o título de Comarcas ou Ouvedorias E Huã pequena parte da America Septentrional (...)mandou delinear e colorir Luiz Diogo Lobo da Sylva, Govor e Capam Gnal da Capnia de Minas Geraes (...).Como parte das informações que constam do mapa, sabe-se que este foi produzido a partir de muitos outros documentos cartográficos e de várias partes, que foi produzido em Vila Rica, que o seu autor foi António Martins da Silveira Peixoto e o ano era o de 1768.O documento em questão (Fig. 04)revestiu-se de especial importância no âmbito da pesquisa, pois entende-se que a sua existência confirma não só a já mencionada produção cartográfica em Minas de meados do século XVIII, mas sobretudo lança luz sobre evidentes interesses do então governador Luís Diogo Lobo da Silva, que certamente extrapolavam os limites da capitania sob a sua responsabilidade. A partir da análise de sua legenda tem-se uma descrição da América Meridional contendo as seguintes informações:“divide-se em sete partes principais, o Brasil, Paraguai, Terra de Magalhães, Chile, Reino do Peru, o País das Amazonas e Terra Firme. O Brasil pertencente a S. M F. compreende dezessete capitanias, a saber, oito com governo superior, que são Minas Gerais, Rio de Janeiro, S. Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Pernambuco e Pará.Com nove subordinadas a aquelas que pertencem conforme as suas divisões, e são S. Vicente, Espírito Santo, Porto Seguro, (...) Ilhéus, Paraíba, Rio Grande, Ceará, Maranhão e a Alagoas. Capital de todas é o Rio de Janeiro onde reside o Vice-Rei.Todas estas capitanias são férteis, e abundantes de diversos gêneros que produzem cultivando-se, e com que enriquecem seus moradores, além de muitas pedras preciosas, e especialmente diamantes de que abunda a Comarca do Serro do Frio na Capitania de Minas Gerais, com o que se faz mais (...) e rica esta Capitania entre as (...), sendo tambémas suas lavras , e minas de ouro as que com mais grandeza tem dado a S M F riquíssimos tesouros no seu 5º; - Paraguai, cujo país fortifica o Rio da Prata se acha hoje quase todo nos domínios do Rei de Castela estendendo-se as suaspovoações por todo o terreno de ambas as partes do mesmo Rio, onde (...) muitas Missões e Aldeias de Gentios Agregados. Por este rio parece natural fazer-se a divisão do s domínios de Portugal e Castela por ser a sua direção pelomeio da América, e de Norte a Sul, porem como os castelhanos se introduzirão com Missões, agregando o Gentio, epovoando grande parte do terreno do Nascente, que lhes não pertencia pela primeira divisão da linha imaginaria determinada também de Norte a Sul no tempo de seu descobrimento, ficarão quase de (...), e foi feita a divisão no presenteséculo por onde se representa nesta Carta. Todo este continente é fertilíssimo de mantimentos, que a terra cultivadaproduz (...)mente. A sua maior riqueza consiste nas muitas minas de prata, q com abundancia se extrai das suas montanhas, e de que se alimenta a foria do comércio, pela boca do rio da prata, donde lhe vem o nome; - A terra de Magalhães, que de todas é a mais Meridional também pertence ao Rei de Castela, é pouco cultivada em razão da sua esterilidade, e muito frio, principalmente na parte mais vizinha ao Polo; - Chile, o Reino do Peru, uma grande parte do País das Amazonas e a Terra Firme, pertencem aos domínios de Castela são terras abundantes e férteis de frutos; - E como se não adquiriu mais exatas notícias destes países se não apresão aqui suas qualidades”. [Um mapa da América portuguesa e outros para a Capitania de Minas Geraes produzidos na Vila Rica dos anos 1760, Antônio Gilberto Costa. VIII Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica Porto, Baião, Chaves - 28 a 31 de Outubro de 2019. Páginas 10 e 11]
No mapa geográfico de Silveira Peixoto, de 1768, o primeiro em que vêm figurado os rios entre o Tieté e o Paranapanema com os nomes - Anembi-miri e Pirocaba, lê-se Anembi-graçú. No de Olmedilla, de 1775, o vocábulo conserva a primitiva grafia dos jesuítas - Anhemby, ao passo que no de d. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão se escreve - Niembi. Glimmer, no seu roteiro de 1602, escreveu Anhembi e João de Laet - Iniambi. A grafia, portanto, mais antiga e mais corrente é pois Anhembi, que se deve adoptar como a mais correta, e podendo-se identificar com a palavra Inhamby, ás vezes pronunciada Inhymbú, com a qual se designa a perdiz, ave galinácea outrora abundante nos campos de Piratininga ou de cima da Serra.
Portanto, a denominação antiga, dada pelos primeiros colonos portugueses, de Rio Grande de Anhemby se pode traduzir Rio Grande das Perdizes. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901), 1902. Página 558]
[27026] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901) 01/01/1902
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Vol. VI (1900-1901) Data: 01/01/1902 Página 558
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