'Náufragos, traficantes e degredados: As primeiras expedições ao Brasil - 01/01/1998 Wildcard SSL Certificates
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Náufragos, traficantes e degredados: As primeiras expedições ao Brasil

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    1998
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


qual se livrou apenas para deparar com um pirata bretão. Sem alternativa,Paulmier preferiu jogar o L´Espoir contra os recifes; seus marinheiros nadaram paraterra, lutando para encontrar refúgio antes que fossem mortos pelos piratas.Em 20 de maio de 1505, 28 homens famintos e esfarrapados entravam a pé emHonfleur. Eram os únicos sobreviventes da expedição de Binot Paulmier, entre osquais se incluíam ele próprio e seu afilhado, o jovem “príncipe” Carijó Essomeriq.Toda a carga do L´Espoir afundara ou fora saqueada e a Binot Paulmier restouapenas o frágil expediente de denunciar a violência dos piratas às autoridades locais.4Vendo-se, assim, impossibilitado de cumprir a promessa de levar Essomeriq devolta ao pai, Binot de Paulmier decidiu casá-lo com sua própria filha, Marie Moulin,e o fez herdeiro de todas as suas propriedades. Por mais de meio século, Essomeriqviveu em Honfleur, onde se tornou um cidadão conhecido e respeitado, com muitosfilhos, netos e bisnetos. O príncipe indígena morreu em 1583, aos 94 anos. Em 1658,um de seus descendentes, Jean Paulmier, tornou-se abade e escreveu um livro,dedicado ao papa Alexandre VII, solicitando que se enviassem missionários ao suldo Brasil. Mas, então, os Carijó já estavam quase extintos, escravizados porbandeirantes e mamelucos de São Paulo.5Embora a viagem de Binot Paulmier de Gonnevilletenha se configurado um fracasso comercial, ela pareceter alertado definitivamente os normandos para aexistência do Brasil – um território amplo demais paraque os portugueses pudessem controlar e no qual amadeira corante que tanto interessava à indústria têxtilda Normandia podia ser recolhida com facilidade. Nãose sabe quantos navios normandos e bretões seguirama rota aberta por Gonneville, mas com certeza foramdezenas. Raro é o relato feito por expediçõesportuguesas subsequentes no qual não se mencione apresença de pelo menos uma nau francesa avistada emalgum ponto do litoral brasileiro.AS VIAGENS DOS IRMÃOS VERRAZZANOPor volta de 1524, os marinheiros normandos jáhaviam reconhecido (e ajudado a cartografar)praticamente toda a costa brasileira do Maranhão aoRio de Janeiro, embora suas expedições continuassemsendo esparsas. A ligação marítima entre Honfleur- [oi]

21 de agosto de 1516. A frota era composta por três naus e levava cerca de 300tripulantes; entre eles, como se viu, os primeiros colonos que vieram para o Brasil.Mas a missão de Jaques não era apenas defensiva e colonizadora. Pouco antes departir, ele fora nomeado “comissário do pau-brasil” – ou seja, era o responsável portoda a organização do comércio da madeira corante, empreendimento que a Coroadeixara de privatizar e assumira para si a partir de 1515.Por isso, Cristóvão Jaques navegou diretamente para a feitoria de Cabo Frio, queAmérico Vespúcio havia fundado em 1504. Ao chegar lá, encontrou oestabelecimento abandonado: o feitor João de Braga, que havia sido deixado ali em1511 pela nau Bretoa, havia seguido os desterrados João Lopes de Carvalho e PedroAnnes e se mudara para a baía dos Inocentes, no Rio de Janeiro.Jaques então zarpou em busca da feitoria carioca, fundada por Gonçalo Coelho.Ao chegar ao Rio, em outubro de 1516, foi informado por João de Braga que acaravela do espanhol Francisco Torres tinha acabado de partir rumo a Sevilha –com o porão abarrotado de pau-brasil roubado aos portugueses e ainda levandoconsigo os dois desterrados, João Lopes de Carvalho e Pedro Annes. Braga dissetambém que a segunda caravela que fazia parte da expedição de Solís estava“atrasada” e ainda não passara pelo Rio. Disposto a interceptar os intrusoscastelhanos, Jaques partiu para o sul.

Ao aportar na ilha de Santa Catarina, ele soube que o navio que procurava havianaufragado ali um mês antes. Jaques então desembarcou e logo conseguiu capturarsete dos 11 náufragos. Esses homens tinham se refugiado entre os pacíficos Carijó,habitantes da ilha e das suas vizinhanças. Com os espanhóis presos, Jaques retornoupara a feitoria do Rio. Ali, carregou uma de suas naus com pau-brasil e a envioupara Lisboa, com os sete prisioneiros a bordo, enquanto ele próprio permanecia noBrasil.

Em 22 de abril de 1517, após uma sinuosa negociação diplomática, os setenáufragos de Solís acabaram sendo trocados por Estevão Fróis e seus 11marinheiros, que, como já se viu, estavam presos havia três anos. Embora o acordotenha libertado Fróis de uma situação aflitiva e potencialmente letal, Cristóvão Jaquesparece ter se indignado com o desfecho da negociação. Quando soube que os homensque ele capturara tinham sido libertados. ficou com a sensação de que os havialivrado “do desterro entre selvagens e lhes fornecido passagem grátis para acivilização”.10 Jaques jamais voltaria a recolher os náufragos que encontrou noBrasil e no Prata.Enquanto as Coroas de Portugal e Castela articulavam a troca de prisioneiros, [Náufragos, traficantes e degredados: As primeiras expedições ao Brasil, 1998. Edurado Bueno. Página 103 do pdf]

um herói castelhano.Apesar da perda de quatro navios e da morte de 247 homens, a expedição deulucro para seu financiador, Cristóvão de Haro. A Victoria trazia 520 quintais decravo, além de grande quantidade de canela e noz-moscada. Só essas 25 toneladas decravo foram vendidas por 7.888.634 maravedis. Para a Coroa castelhana, porém –além da notícia de que nos confins da América do Sul havia um estreito que conduziaao Oriente –, o melhor foi saber que Málaca e as Molucas de fato ficavam dentro dazona espanhola da demarcação.A SEGUNDA VIAGEM DE CRISTÓVÃO JAQUESEm novembro de 1521, enquanto os navios da frota de Magalhães estavamchegando à ilha de Tidore, a mais rica das Molucas, Cristóvão Jaques partia deLisboa para sua segunda viagem ao Brasil. Dessa vez, sua missão era explorar ogrande estuário que Estevão Fróis e João de Lisboa haviam descoberto sete anosantes e no qual Juan Díaz de Solís morrera de forma tão trágica, em janeiro de 1516.Com apenas duas caravelas e 60 homens, Jaques zarpou de Portugal direto para ailha de Santa Catarina. Ao chegar ali, recolheu um dos náufragos de Solís que elenão tinha conseguido capturar em setembro de 1516. Esse homem era português e sechamava Melchior Ramires. Durante os últimos cinco anos, junto com outros seisnáufragos (provavelmente também do navio de Solís), Ramires tinha vivido entre osíndios Carijó, no lugar que ficaria conhecido como porto dos Patos.Melchior Ramires não apenas estivera com Solís no rio da Prata como, durantesua longa estada em Santa Catarina, tinha recebido dos Carijó a confirmação de queaquele rio de fato conduzia ao reino de um povo riquíssimo, que vivia em grandesmontanhas nevadas. Tal informação era de fato impressionante: afinal, duas tribosinteiramente distintas (os Charrua e os Carijó), vivendo a mais de 1.500 quilômetrosuma da outra (os Charrua na foz do rio da Prata e os Carijó em Santa Catarina),eram capazes de repetir uma história absolutamente igual. Foi a similaridade entreos dois relatos que deu a Melchior Ramires, e aos demais náufragos de Solís, aconvicção de que o tal povo riquíssimo que vivia nas nevadas montanhas do oestedevia de fato existir.Para escapar dos castigos normalmente impostos pelo duro Cristóvão Jaques aosinimigos (ou desertores) de Portugal – ou, talvez, para confirmar ele próprio averacidade das informações que recebera dos índios –, Melchior Ramires concordouem acompanhar a expedição como guia. E assim, no verão de 1522, depois de teremzarpado de Santa Catarina, as duas caravelas lusas entraram no Prata, navegandomais de 200 quilômetros rio acima. [Página 109 do pdf]



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EMERSON


01/01/1998
ANO:92
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.