1º I- BARTOLOMEU CAMACHO, n. em Portugal ou nas Ilhas cerca de 1500, foi mencionado pelos autores como um dos povoadores da Capitania de S. Vicente, onde teria se estabelecido depois do ano de 1540, com a família.Deixou geração de dois casamentos realizados em torno dos anos de 1526 e 1533.
Ignoram-se informações a seu respeito por motivo da perda de numerosos registros cartorários, documentos das Câmaras e de outras instituições, relativos ao primeiro século das vilas de S. Vicente e Santos. Nos arquivos das Ordens de Nossa Senhora do Carmo e de São Bento encontram-se salvos em traslados numerosos documentos desse século.
Somente os descendentes figuram na documentação conhecida; talvez o progenitor tivesse o nome com variantes ou o “Camacho” fosse a revivescência de um apelido avoengo entre os herdeiros. Da primeira mulher, n. por 1510, teve ao menos:
1 (II)- BARTOLOMEU CAMACHO (filho ou neto) que passou a residir na vila de S. Paulo. Em maio de 1580, foi uma das vinte e três pessoas que subscreveram, com os camaristas, um requerimento ao ouvidor, Domingos Gonçalves da Costa, tratando da questão docomparecimento dos moradores de serra acima às citações no juízo de Santos. Lavrada a respectiva ata, assinou o nome, sem abreviaturas, Bartolomeu Camacho (Livro 3º, AHMSP) nome impresso na edição das atas, por erro paleográfico, Bartolomeu Ramalho (ACCSP, I, 164). A 7 de abril de 1601, na Câmara, figurou o nome de Bartolomeu Camacho (talvez o mesmo) numa relação de setenta e nove moradores que opinaram sobre os preços da carne (ACCSP, II, 91). Pela falhas nas atas da Câmara, entre os anos de 1554 e 1600, ignoram-se outras referências que existiriam a seu respeito. [Revista da ASBRAP nº 13, Povoadores de São Paulo - Bartolomeu Camacho (Adendas às primeiras gerações), consultado em 08.10.2022. Páginas 185 e 186]
2 (II)- .................. CAMACHO, n. por 1532, ou antes, C. por 1549 c. (?)JERÔNIMO DIAS CORTÊS, mencionado pelos autores. Segundouma informação prestada à Câmara de S. Paulo em 1623, erameia-irmã da mãe de Paula Camacho (um filho desta, Cap. JoãoMaciel Valente, foi juiz ordinário em 1630) - segue.
Da segunda mulher, ao menos:
3 (II)- GONÇALO CAMACHO, n. por 1534, natural de Viana, conforme escreveu Pedro Taques. Casou em Santos por 1559 e foi morador na vila de S. Paulo. Em 1589, seguiu na expedição contra o gentio guarulho - 5º.
4 (II)- (?) MARIA CAMACHO, n. por (?)1535, C.c. FRANCISCO DOMINGUES, n. em 1530 em Arcozelo de Maio, bispado de Lamego, depoente no processo de beatificação do Padre José de Anchieta - 6º.5 (II)- .................... CAMACHO, n. por 1536, C. por 1550 c. um povoador dacapitania. Entre seus filhos, ANTÔNIO CAMACHO, da governançaeleita de S. Paulo, que também teve provisão de procurador de causas para atuar nos auditórios dos órfãos, cíveis e criminais, conformedespacho do Governador Geral D. Francisco de Sousa - 7º.6 (II)- ................... CAMACHO, n. por 1540, C.c. (?) ÁLVARO EANES - 12º.7 (II)- MARIA CAMACHO, n. por 1544, C.c. CRISTÓVÃO DINIS, povoadorda capitania de S. Vicente. Um sobrenome a distinguiria da mulher de Francisco Domingues - 13º.8 (II)- .................. CAMACHO, n. por 1538, C.c. BALTAZAR NUNES, n.por 1525, alcaide em Santo André. - 15º.II- ................... CAMACHO, n. por 1532, ou antes, C. por 1549 c. (?) JERÔNIMODIAS CORTÊS, povoador da Capitania. Em 1580, segundo os autores, foi um dos signatários da escritura de doação da casa do concelho aos jesuítas, para o estabelecimento do Colégio. Teria exercido cargos nas Câmaras de S. Vicente e S. Paulo. Faleceram Jerônimo Dias e sua mulher em datas ignoradas. [Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores de História e Genealogia nº 13, Povoadores de São Paulo - Bartolomeu Camacho (Adendas às primeiras gerações), consultado em 08.10.2022. Página 186]
7 (VI)- ANTÔNIA GOMES C.c. MANUEL FERNANDES DE MORAIS, já falecido em 1662 deixando o filho Paulo; 2ª vez C. c. VICENTE DEGÓIS.8 (VI)- BEATRIZ DA SILVA C. na Sé a ...... de 1642 c. DOMINGOS RODRIGUES DE NIZA, já falecidos em 1662 deixando os filhos:1 (VII)- PEDRO, c. 15 anos de idade2 (VII)- MARIA INÊS C.c. MANUEL LOPES.3 (VII)- DOMINGOS, c. 7 anos de idade9 (VI)- MARIA DA COSTA C.c. DIOGO FERREIRA, natural de Portugal,que ocupou honrosos cargos em S. Paulo, conforme escreveuSilva Leme.10 (VI)- MARIA DA SILVA C.c. PEDRO GONÇALVES; c. 2ª vez, segundoSilva Leme, c. MANUEL DULTRA MACHADO, natural da Ilha deS. Miguel.11 (VI)- NICOLAU DA COSTA (creio pago de alguns bens ou já falecido em1662).
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5ºII- GONÇALO CAMACHO, n. por
1534, natural de Viana, conforme escreveu Pedro Taques (fº de Bartolomeu Camacho e da segunda ou primeira mulher). Não devia ser muito velho quando seguiu na entrada contra os guarulhos em
1589; se o seu nascimento ocorreu alguns anos depois de
1534, as irmãs mais velhas do segundo casamento de seu pai nasceram forçosamente antes dele.
Conforme os autores, teria casado em Santos (por
1559) c. ........ FERREIRA (n. por
1543 ou antes) fª do Cap. Mor e Ouvidor Jorge Ferreira. Passou a residir em S. Paulo onde, a 7 de fevereiro de
1588, assinou com os oficiais da Câmara e vinte e oito moradores a ata que registrou o pedido de provisão ao governador da Capitania para a construção da igreja matriz (ACCSP, I, 345).
Sua idade não impediu que seguisse, em
1589, na expedição contra os índios revoltosos de Mogi, que partiu de S. Paulo sob o comando do Cap. Domingos Luís Grou, reunindo cerca de cinqüenta brancos com seus administrados. Depois de muitos reveses, pode Gonçalo Camacho voltar para S. Paulo somente em dezembro de
1593 (ACCSP, I, 477). Faleceu em data não conhecida. Pais de, ao menos:
1 (III)- JORGE CAMACHO, n. por
1560, mencionado por Pedro Taques (citando uma procuração) já adulto em
1580 quando assinou em Santos, segundo os autores, a escritura de doação da casa do con-celho aos jesuítas, para o estabelecimento do Colégio.
2 (III)- (?)
JOANA CAMACHO, n. por
1563, C. por
1579 c. ............. ABREU e segunda vez, creio depois de
1590, c. FRANCISCO MALDONADO, n. por
1550, que serviu em S. Paulo o cargo de procurador do concelho em
1599 (ACCSP, II, 55).Teve do 1º matrimônio alguns filhos, tutelados de seu cunhado Manuel Alves, entre os quais:
IV- AGUEDA DE ABREU, n. por
1580, c. por
1596 c. GONÇALO DA COSTA, n. em Santos por
1573 ou antes, fº de Antônio da Costa, n. em Portugal por
1530 (almoxarife da Fazenda Real pelos anos de
1570 ....) e de s/m. ............. parenta por afinidade do Cap. Afonso Sardinha, o velho (segundo seu testamento). Faleceu Antônio da Costa por volta de
1590 e deixou o único filho legítimo, Gonçalo da Costa, do qual foi tutor o Cap. Mor Pedro Cubas. Recebeu Gonçalo da Costa a herança paterna no valor de mil cru-zados (400$000 líquidos). Faleceu com testamento, pouco depois de sua mulher, sendo aberto inventário a 16 de julho de
1599.
Determinou ser sepultado na igreja da Companhia de Jesus e dispôs missas em louvor ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora da Conceição e da Luz, a S. Gonçalo e a S. Miguel (testamento escrito a rogo por Gonçalo da Mota). Possuía entre os bens sete cartas de terras, por datas de sesmarias ou por compras. Como testamenteiro serviu Francisco Mal-donado.
Havia falecido Agueda de Abreu depois de 3 de julho do mes-mo ano, com testamento, escrito pelo Padre Gaspar Sanches, e foi inventa-riada em processo conjunto com o marido. Determinou ser sepultada na mesma igreja, na cova de seu pai, e dispôs missas em louvor ao Santíssimo Sacramento, a Nossa Senhora do Carmo e da Conceição, a Santa Agueda, a Santa Lúcia e uma missa cantada no dia de seu enterramento. Nomeou testamenteiros seu padrasto Francisco Maldonado e sua mãe Joana Cama-cho.Houve leilão dos bens do casal, sem referência às terras (INV. E TEST., I, 283 e 288/306).Pais de um único filho:V- JORGE, n. em
1597, teve como curador José de Camargo “por ser parente do órfão”, nomeado a 20 de setembro de
1599 pelo
[p. 196, 197] PAULA MACIEL, n. por
1592, C. por
1608 c. ÁLVARO NETO, o moço, fº de Álvaro Neto, natural de Portugal, e de s/m. Mécia da Peña e por esta neto de Antônio da Peña e de s/m. Francisca de Góis, povoadores da Capitania.10 (IV)- BATISTA MACIEL, n. por
1594, C.c. ISABEL RODRIGUES (S.L., 8º, 264). 9ºIII- ANTÔNIO CAMACHO, n. por
1556 (fª do 7º) veio para a vila de S. Paulo em
1570, creio em companhia de seus pais e irmãos, e C. cerca de
1581 c. JOANA RODRIGUES, n. por
1565.A 20 de setembro de
1592, assinou na Câmara, com mais de setenta pessoas, a ata contra a provisão do Cap. Mor Jorge Correia de transferir aos jesuítas a administração das aldeias indígenas (ACCSP, I, 448). Pertenceu à governança e elegeu-se no pelouro procurador do conce-lho em
1609 e
1612 (ACCSP, II, 232 e 306). Pelas falhas nas atas da Câ-mara entre os anos de
1554 e
1600, nada se conhece de sua atuação no úl-timo quartel do século.Em
1601, conforme requerimento à Câmara, recebeu cem braças craveiras de chãos em quadra, junto à testada das terras de João Maciel, em Piratininga, começando do ribeiro Guaré. Declarou na petição ser neto e fi-lho de povoadores dos mais antigos, casado há perto de vinte anos e prestan-do sempre ajuda na defesa da terra (“Cartas de Datas”, II, 5 e 7). A 22 de fevereiro do mesmo ano teve provisão do governador geral do Brasil, D. Francisco de Sousa, com informação dos juizes ordiná-rios, para servir no Juízo de S. Paulo em todas as causas cíveis e criminais “em que as partes o quizerem” e fora dele, na forma ordinária, assim no ju-ízo de órfãos como no criminal e cível (RGCSP, I, 102).Em
1610, por requerimento ao Cap. Mor Ouvidor Gaspar Con-queiro, obteve uma sesmaria de meia légua de terras no termo da vila, além do rio Anhemby, nas cabeceiras .............. (de seu cunhado ?) Fran-cisco Rodrigues e de André Gonçalves, na parte do ribeiro “Coabussu”, visto estarem devolutas as ditas terras desde o povoamento da vila. Alegou sua condição de “...... e povoador della de quarenta annos a esta parte”, ajudando sempre a defendê-la, era casado e com filhos (“SESM.”, I, 101). Por esses informes, veio para a vila de S. Paulo em
1570 (com cerca de 14 anos de idade, provavelmente em companhia de seus pais e irmãos).Em
1615, registrou na
[p. 204]ESPERANÇA CAMACHO, n. por
1565, teria vindo para a vila de S. Paulocom seus pais e irmãos em
1570. Casou por
1588 c. FRANCISCO RODRI-GUES BARBEIRO, viúvo, n. por 1550/60, que se estabeleceu nessa vila, com fazenda situada à margem direita do rio Anhemby, em terras que teria ob-tido por carta de sesmaria na região do rio Cabussú (v. sesmaria de Antô-nio Camacho)...
A 30 de janeiro de
1588, em petição à Câmara recebeu uma data de oitenta braças craveiras de chãos do Concelho, no termo da vila, em Piratininga, a começar das terras de Domingos Fernandes até a borda da mata, onde já possuía uma casa. Justificou ser “morador nesta villa de S. Paulo e nella” ter ajudado “com sua pessoa” e fazenda nas ocasiões “em que o senhor capitão o” tem mandado em serviço “desta capitania”(“Cartas de Datas”, I, 42). Por essas declarações seria povoador de S. Vi-cente, vindo para a vila de S. Paulo creio no terceiro quartel do século.A 20 de setembro de
1592, com mais setenta moradores, assi-nou na Câmara a ata contra a entrega da administração das aldeias indíge-nas aos padres jesuítas (ACCSP, I, 448).Faleceu a 11 de dezembro de
1623, com testamento, e foi in-ventariado no mesmo ano.Teve do primeiro matrimônio a filha SUSANA RODRIGUES (creio nascida por
1585) já falecida. Determinou ser sepultado na igreja da Santa Casa de Misericórdia com o acompanhamento da bandeira (da irmandade) celebrando-se nesse dia três missas; dispôs mais treze missas em louvor ao Santíssimo Sacramento ....................... (falta parte da página) .......... missas em louvor à Pureza de Nossa Senhora, rezada pelos padres do Carmo.Nomeou testamenteiros seu filho FRANCISCO RODRIGUES, o genro Francisco Preto e Aleixo Jorge.No inventário declararam-se, entre os bens, casa de taipa de pilão e telha, na vila, pequenas roças de milho, feijão, mandioca, trigo e algodão em Piratininga e Itaquera; somaram treze os administrados do gentio. Segundo os atestados apensos nos autos, celebraram-se pelo faleci-do trinta e três missas (INV. E TEST., VI, 161).Havia falecido Esperança Camacho em setembro de
1623, com testamento, sendo inventariada no mesmo ano.Determinou ser sepultada na igreja matriz, com a assistência do vigário, dos religiosos de Nossa Senhora do Carmo e dos irmãos da Mise-ricórdia; dispôs missas em louvor às Cinco Chagas de Cristo, à Santa de seu nome e outras (parcialmente ilegíveis).
[p. 213]