Governo local em uma Capitania sem governador (São Paulo, 1748-1765), 2016. William de Andrade Funchal. Universidade Estadual Paulo "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca 0 01/01/2016
Governo local em uma Capitania sem governador (São Paulo, 1748-1765), 2016. William de Andrade Funchal. Universidade Estadual Paulo "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca
2016 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
•
Em 29 de janeiro de 1743, necessitou D. Mascarenhas publicar um bando “para atalhar os grandes danos e prejuízos que continuamente se estão experimentando e desassossego em que se acham os moradores desta cidade por causa dos contínuos desaforos que cometem os carijós negros, mulatos e bastardos”.380 O acesso às armas dava mais poder para que os marginais ameaçassem os habitantes, cometessem crimes, e resistissem à prisão. Desse modo, para qualquer escravo, forro ou cativo, que fosse visto de dia ou de noite portando “baeta, espingardas, espadas, facas, porretes, paus de bicos ou outra arma ofensiva”, determinava o governador o seu aprisionamento, incorrendo às enas previstas.
Após um ano, o quadro de insegurança não se alterou. Alarmava o procurador do concelho, Francisco de Salles Ribeiro, sobre “os insultos e roubos que faziam os negros fugidos por serem muitos os escravos que andavam fugidos fazendo roubos execrandos”.381 Diante da situação insustentável, o Senado voltou-se ao governador Mascarenhas para que contivesse as desordens causadas por tais negros. Em carta de maio de 1744, afirmavam os camaristas que: São tantos os clamores e opressões do povo e mais pessoas do contorno desta cidade contra os repetidos danos que tem experimentado, e atualmente recebem dos assaltos e insultos dos negros foragidos que pelas estradas roubam aos passageiros e viandantes e em escolta que passam do número de dez negros armados todos com armas de fogo e espadas, cujas armas têm adquirido no que tem roubado que pôs tão oprimidos deixam já de vir à cidade trazer e vencer os mantimentos de que os moradores dela se sustentam (...).
Amedrontados, os lavradores haviam interrompido o abastecimento do mercado com os produtos mais triviais, como milho, feijão, toucinho e aves. Não contentes em sequestrar os bens dos que pelas estradas circulavam, os negros passaram a invadir os sítios do termo de São Paulo “a cujos caseiros na falta de poder quem os defendesse ficaram roubados e destruídos” e também atentar “contra as mulheres e filhos dos miseráveis roceiros que por pobres não podem resistir a força e violência de tantos negros juntos e armados todos”. [Governo local em uma Capitania sem governador (São Paulo, 1748-1765), 2016. William de Andrade Funchal. Universidade Estadual Paulo "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Franca. Página 153]
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.