Sorocaba e sua identidade tropeira, Jornal Cruzeiro do Sul. 25.03.2013
25 de março de 2013, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Na 46ª Semana do Tropeiro em Sorocaba, quando estão em andamento atividades que celebram a memória do ciclo do tropeirismo no Brasil, é sempre oportuno perguntar qual é o seu legado para as gerações futuras. O tropeirismo é um dos principais pilares da nossa identidade, como sorocabanos e também como brasileiros, já que a feira de muares e todo o universo em torno dela tem vínculos diretos com as atividades econômicas, políticas e sociais na vasta região do País que vai do Rio Grande do Sul até São Paulo e Minas Gerais.
A feira de muares durou de 1733 a 1897. Os animais vinham do sul e os pousos para descanso deram origens a várias cidades, desde Viamão, no Rio Grande do Sul, até Lajes, em Santa Catarina, e Itararé, em São Paulo. Os negócios aconteciam em regiões de pastagens conhecidas como Araçoiabinha, Ipatinga, Jundiaquara, Campo do Meio e Rio Verde. Depois, as tropas se dirigiam a Sorocaba e atravessavam o rio que dá nome à cidade. E seguiam pelo caminho que atualmente recebe o nome de avenida São Paulo.
25 de março de de 2013, segunda-feira (Há 12 anos)
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O Brasil era colônia de Portugal e o governo de Lisboa, atento às possibilidades do negócio, criou uma série de Registros de Animais ao longo do caminho das tropas. O objetivo era obrigar os tropeiros a passar por esses locais e arrecadar impostos. O mais importante Registro de Animais foi instalado em 1750 em Sorocaba, junto à ponte sobre o rio (a atual ponte que liga a rua 15 de Novembro à avenida São Paulo).
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Em 1º de novembro de 1755 Lisboa foi arrasada por um violento terremoto, seguido de tsunami. Para ajudar a reconstruir a capital portuguesa, Dom José I criou um novo imposto, que era recolhido no Registro de Animais de Sorocaba. O tributo continuou sendo arrecadado mesmo depois de a capital portuguesa ter sido reconstruída.
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A movimentação das tropas se concentrava todo ano, de abril a junho, e mudava a cara da cidade. Um escritor da época, chamado Francisco Luís d"Abreu Medeiros, descreveu:
"Sorocaba, alegre, ruidosa, sobrepuja a qualquer capital de província. As ruas são cruzadas, continuamente, por inúmeros cavaleiros, mascates, joalheiros e pessoas a pé; as casas ficam apinhadas; os espetáculos abundam, e o dinheiro gira em grandes somas."
O resgate de toda essa história é a base das atividades realizadas nesta semana e devem merecer atenção especial por parte dos moradores de Sorocaba. Uma delas foi a abertura da mostra Mundo Tropeiro, de Mário Matos e Laura Matos, na Biblioteca Municipal "Jorge Guilherme Senger". Mário Matos resumiu: "Tudo contribuiu para o desenvolvimento da cidade: as feiras, o comércio de mulas, de artesanatos, a música, a culinária, além do desenvolvimento do País." Na culinária, o feijão tropeiro é uma tradição.Na manhã do próximo sábado, chegam a Sorocaba os cavaleiros da 8ª Tropeada Itararé a Sorocaba e, no domingo, a Semana do Tropeiro será encerrada com a bênção dos animais e desfile pelas ruas da cidade. Mais do que uma simples cavalgada, a 8ª Tropeada terá o sentido histórico de representar o diálogo entre o passado e o presente. Conhecer a riqueza histórica de uma época como o ciclo do tropeirismo é condição necessária para uma região que sonha com um futuro de prosperidade e desenvolvimento.
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