Memória Histórica Sobre Sorocaba, parte V (continuação), 1965. Luís Castanho de Almeida (1904-1981)
1965 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Os aventureiros de Portugal já não era como os saqueadores da Idade Média. Eram como que voluntários. Em 1752 Cristóvão Pereira de Abreu levou para o sul alguns aventureiros sorocabanos. [Memória Histórica Sobre Sorocaba, parte V (continuação), 1965. Luís Castanho de Almeida (1904-1981). Página 170]
lheres de má vida iam com o fim de se regenerarem naquele sertão,casando-se. Uma voltou de Pôrto Feliz, com a promessa de não virara cabeça dos homens do seu bairro, e chamava-se Inácia Rodriguesda Guerra. Dos doze soldados de cavalaria das Ordenanças, sem falar dos remeiros, um desertou.Eis os nomes dos sorocabanos que mais sofreram aquelas agruras construindo um Brasil tão grande.
Sorocaba ofereceu uma partezinha no povoamento de Guarapuava. A carta-régia da fundação é de 5 de novembro de 1808. Um misto de catequese, de presídio militar e povoamento. A primeira expedição´ era de soldados de Santos, em 1809, os quais chegando a Paranaguá e Curitiba, receberam reforços, mas daí em diante muitas expedições iam por terra, passando por Sorocaba. Foi criado um nôvo impôsto no Registro de Animais para os cavalos, procedentes de Guarapuava, para custear a fundação. O administrador Antônio Francisco de Aguiar, pai de Tobias, adiantou dinheiro de seu bôlso, a pedido do pobre Govêrno. Todos os meses, lá em Curitiba, seu representante comercial entregava ao comandante 600 mil réis. Antes de abrir-se a estrada pelos militares, lá foi como catequista o padre Francisco das Chagas Lima. Como ajudante ou segundo catequista, frei Pedro Nolasco da Sagrada Família, que era então Presidente do Convento beneditino local, partiu de Sorocaba em agôsto de 1816, com uma leva de povoadores e militares que por aqui passou.
O bom do monge não conseguiu chegar ao povoado, que sèmente organizou-se completamente em 1819, mas aqui zelozamenterecebeu como marido e mulher à face da Igreja humildes povoadoresque iam seguindo: Joaquim da Costa, de Pindamonhangaba, filhode Joaquim Moreira e Maria Costa, com Ana Tereza, de São Roque, filha de Manuel Gonçalves e Ana Leme; José Caetano de Almeida, de São Roque, com Ana Joaquina, de São Paulo, filha deConstantino José e Ana Maria; João Francisco, de Jundiaí, filho deJoão Francisco e Rufina Dias, com Quitéria Maria, de Sorocaba; Vicente Ferreira, de Taubaté, com Custódia Maria, de Sorocaba; Manuel Lima Gonçalves, de Nazaré, filho de Antônio Gomes (sic) eTeresa Maria, com Ana de Jesus, de Taubaté; Francisco, filho deMarques e Catarina Nunes, de São Paulo, com Rita, de Itú, filhade Miguel Jerônimo e Maria Leme .O capitão Domingos Inácio de Araújo, mineiro aqui residente,partiu em 1813, abrindo fazenda de criar naqueles campos. Deixou [p. 173]
Foi concedida de nôvo a modestos sitiantes como Antônio José da Silva, Marcelo de Marins, Francisco Teixeira da Silva, e assim se povoou Piragibú do Meio, com Inhaiba. [p. 175]
Ainda no Jurupurá temos João Rolim de Moura, José de Camargo Pais e João de Sousa e Pedro Machado .Mais para Piedade (município) Joaquim de Oliveira Camargo,Manuel Mendes, Pedro Alves, João dos Santos Moreira . Já paraSalto até o rio Sarapuí, nova concessão a Joaquim Soares SampaioMaria Pais .Em 1753 Francisco Pedroso de Miranda já recebera terras noAlambarí . Seu vizinho nas Pederneiras (local, donde, portanto, jáse tirava pederneira para espingarda, fato mencionado por exemplopor Saint-Hilaire, mas em 1820), era João Nunes de Faria . Poressa época Itapetininga, bairro de Sorocaba foi repartida por sesmarias aos seus fundadores Aires, Vieira, Braga, etc . Retornandoao Iperó, novas concessões aos Fogaças.
A sesmaria de Bacaetava doada à capela de Santo Antônio antes de 1787, por Paulino Aires de Aguirre de uma légua em quadra, e onde êle invernava um gadinho, talvez pertencesse à de Boituva, que é de 1766, concedida a João Fernandes Maciel, primeiro povoador daquele bairro, vizinhando com João de Araújo e Silva e Filipe Neri Barbosa, no interminável Sorocaba — abaixo. Aí, porém, já se entrava no município de Itú, do qual Pôrto Feliz se desmembrou. Mais abaixo eram os Campos Bicudos, que chegavam até Tietê (Sete Fogões, hoje) e que também eram donos de Tatuí (Paiol), fazenda que venderam aos Carmelitas.
O outro lado do Araçoiaba estava estourando de tanta gente eainda tinha algum mato . Quem na estrada para Tatuí, depois deCapela do Alto olha à direita vê que aquilo nunca foi campo . Em1811 o Govêrno e os acionistas compraram por 800 mil réis trêsquartos de légua de terras do morro . Não mexeram com o fazendeiro rico Francisco Feliciano de Oliveira Rosa, dono da fazendaque fôra de Almeida Leme, e capela de São Sebastião, rio Sorocabaadiante, mas desapropriaram 100 proprietários, herdeiros ou adquirentes de antiga sesmaria e que apresentaram suas escrituras. Ocomprimento ou sertão era uma légua . A testada, algumas braças,tudo isso obrigou as famílias a sairem, e assim provocaram a fundação de Campo Largo, todo saído de Sorocaba, e a do Tatuí, todode Itapetininga desde 1811.Gente pobre, vivia de uma rocinha, talvez cercada de varasnum total indiviso . Mas a prova que ainda não haviam roçado todomato é que o mato justamente era necessário para carvão. Emtodo o caso, em 1785 os sorocabanos dessa região já pretenderam [p. 177]
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