HistóriaSituado no litoral norte de Santa Catarina, as margens da BR-101, a 110 quilômetros da capital Florianópolis, Piçarras surgiu da vocação natural que o povo português tem pela pesca.Na segunda metade do século XVIII, pescadores de origem portuguesa, a partir de São Francisco do Sul, descem a costa em busca de baleias.Alguns desses desbravadores se fixam no pedaço de terra do litoral catarinense que mais avança pelo mar, ao qual chamam Ponta do Itapocorói, núcleo inicial do município de Piçarras.Na Ponta do Itapocorói os pescadores de baleia fundam uma armação de baleias, a armação do Itapocorói, e aos poucos moradores que já se espalham ao longo da costa passam a ser visitados com mais frequência por comerciantes do Rio de Janeiro.Com a extinção progressiva da baleia, muda o panorama econômico e político da região e os distritos em torno de Armação vão aos poucos se emancipando.Em 1860, Itajaí assume o distrito de Penha e, portanto, Piçarras.A povoação do atual município de Balneário Piçarras se iniciou por volta de 1758, tendo sido território de São Francisco do Sul, de Itajaí e por último do Município de Penha antes de sua emancipação política, que se deu em 14 de dezembro de 1963. A emancipação política de Penha vem em 1958 e, na mesma época, Piçarras inicia um movimento para emancipar-se também, o que consegue cinco anos depois. A instalação da sede do novo município acontece em 14 de dezembro de 1963. Francisco Fleith assume a Prefeitura iniciando assim o município de Piçarras.Em 2005, a população decidiu, por meio de um plebiscito, acrescentar o termo "balneário" ao nome da cidade, o que, de acordo com os defensores da proposta, aumentaria a visibilidade turística da cidade.O nome Piçarras tem origem no "piçarro"[5], sedimento argiloso abundante no subsolo do município.Hoje com 23.147 habitantes (Estimativa IBGE), chega a receber na temporada de verão cerca de 100 mil turistas, que vêm em busca da combinação harmoniosa da mata atlântica com o mar e o rio que corta a cidade (Rio Piçarras).Esportes náuticos, pesca e passeios de barco, além do ótimo mar para banho e completa infraestrutura são os atrativos do município. [Wiki]
Fica apenas à 20 minutos da costa de Balneário Piçarras. Local muito procurado para pescarias, podendo encontrar: Robalo, Dourado, Pescadinha, Anchova, Espada, etc. LENDA DAS ILHAS ITACOLOMI - QUANDO O AMOR É ETERNO.
Conta a lenda que Açauna, filha do chefe da tribo Carijó que habitava as nossas praias, estava prometida em casamento para um chefe Botocudo violento e sanguinário, morador das terras altas, atrás das montanhas azuladas do horizonte.
Certo dia, a índia encontrou na praia, caído e aos farrapos, um náufrago branco, a quem acolheu em sua choça, cuidando dele e curando-o de seus ferimentos com ervas medicinais. Durante o tratamento, que durou algum tempo, os dois se apaixonaram e viveram momentos maravilhosos de amor à beira mar.
Quando o chefe Botocudo veio para buscar a noiva prometida, soube do seu amor por outro e uma grande batalha aconteceu entre as tribos, ao mesmo tempo que um terrível temporal se abateu sobre a região, fazendo com que tudo se transformasse numa grande tragédia.
O casal, para escapar das armas e da violência dos inimigos e para preservar a integridade física da índia, que estava grávida, jogou-se ao mar, nadando desesperadamente em direção à ilha, desaparecendo no mar bravio.
Quando a tempestade passou e a claridade do dia voltou ao normal, dois rochedos apareceram juntos no horizonte, onde antes não havia nada. As ilhas Itacolomi, diz a lenda, continuam ali, como casal de mãos dadas, olhando para a praia, como se quizessem dizer que não haverá tempestade nem mar revolto ou vento forte que consiga separar um grande amor.
Se você ainda não tem um amor, faça um pedido a Deus, reze um Pai Nosso, olhando para os Itacolomi, que encontrará um brevemente. Se já tem, proceda da mesma maneira, que ele será fortalecido e nada os separará. Luiz Ferreira. [turismo.picarras.sc.gov.br] • 1° fonte: 01/01/1987 Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho
ÇOROKA. Ictiologia: sarda, da família dos tunídeos. Botânica: soroca, árvore da família das moráceas, gênero Soroca.
ÇOROK-A. Verbo transitivo: rasgar, romper-se. O gerúndio é çoró-g.
ÇOROK´ABA. Substantivo: o rasgão, a ruptura.
ÇORO-ROKA. Ictiologia: sororoca, da família dos tunídios, gênero Scomberomorus.
ÇORÓ-ROK-A. Verbo intransitivo: romper-se ou rasgar-se em vários pedaços. A triplicação é de muita insidade no fato. = çoró-rok-a.
Em Magé: Cadastrada por: Luciano Bender, em 06-03-2019 às 10:52Altitude: 1047 metrosDescrição: “A história do Itacolomi é uma das histórias mais interessantes do meio excursionista, dadas as peripécias e lutas para a sua conquista” (relato dos conquistadores)Itacolomi, em tupi-guarani, quer dizer “pedra com filho” (in “Geologia do Brasil” e “Nova Geografia Aborígene”, de Cristóvam de Mauricéia) ou “menino de Pedra” (itá - pedra; curumi - menino). Localizado em Magé, este "conjunto", formado pela Agulha do Itacolomi e pela Pedra do Itacolomi (ou Pedra Mãe, como muitos também a conhecem), apresenta uma morfologia bastante peculiar, que, de fato, remete a seu nome - uma "agulhinha" encostada a uma montanha de grande dimensão, como mãe e filho.A região era (e ainda é) muito frequentada por palmiteiros e caçadores, que ali encontravam pacas, queixadas, tatus, cutias, cuícas, caxinguelês, gambás, macacos, tucanos, papagaios e, até mesmo, jaguatiricas (“as oncinhas”), segundo moradores das redondezas.
itá: pedra; pocú: comprida; rô: muito e i: agua. ROI poderia significar frio, mas essa interpretação não se adapta ao caso. Próximo a povoação da Penha, sede do distrito, se lança ao mar o rio iririm ou iriri. Iriri ou riri é a ostra (Teodoro Sampaio). Ao sul da praia de Piçarras entre os morros que avançam para a Ponta da Casa, ha um a que St. Hilaire, em seu livro citado, aponta com a designação de Cambri; este nome é de todo desconhecido na região, nem os mais velhos habitantes dele se lembram.
Em frente à mesma praia, dentro do mar, se levantam dois penhascos isolados, um grande e outro menor, batizados: com Itacolomi, este vocábulo, frequente no Brasil, significa a pedra e o menino, o pai ou a mãe com o filho, na expressão do povo. O termo colomi, coromin ainda hoje é usado no Norte para indicar criança, menino.
Ao norte de Piçarras, nos limites com o município de Araquari, ha duas localidades quase desabitadas, denominadas Chororó Grande e Chororó Pequeno. Manoel Niotti afirma que Choró significa impetuoso, no que é acompanhado por Cristovão da Mauricéa. Teodoro Sampaio traduz: rio correntoso ou ruidoso.
Martins relaciona o vocábulo com çororog: murmurar e Paulino Nogueira com Chororon, com o mesmo significado ou com a ave choro-chorô. Tomaz Pompeu Sobrinho liga com soro, sorog: romper-se, rompido ou com chororon de toronon: manar, borborinhar e admite ainda que possa ser de origem tairairiu (sopuia).
Inclino-me para a tradução murmurar, murmurejar. Conheço as localidades e sei que o nome é dado por filetes de agua que produzem um leve ruído. (...) é homofonia com a expressão portuguesa chorar, agua, fonte que chora.
Com este topônimo acabam-se as que conheço, no município de Itajaí.
Deve haver mais. Peço encarecidamente a todos que conheçam outras denominações indígenas tenham a bondade de me escrever, citando-as. Sou grato também a toda e qualquer correcção. Estou planejando uma grande obra e aceitarei prazeiroso o auzilio de quem queira colaborar na sua realisação. [Página 121]