A pesquisa mineral no século xvii: o mapa da baia de Paranaguá, de Pedro de Souza Pereira (1653)Jefferson de Lima Picanço*
18 de julho de 2012, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Este artigo o mapa de baia de Paranaguá, de 1653, assim como recupera a carta que o descreve. Amplamente conhecido, foi anteriormente atribuído a Eleodoro Ébano Pereira por vários estudiosos. Demonstra-se que o mapa foi executado por Pedro de Souza Pereira, parente do Governador Geral Salvador Correa de Sá e Benevides, e é o mais antigo mapa de recursos minerais da colônia.
Nele estão descritos a baía, suas barras, as principais ilhas e 21 localizações de minas de ouro. Com este mapa, Pedro de Souza Pereira procura localizar as lavras e organizar a produção das catas de ouro aluvionar no período 1651-59. Esta organização seria importante para que Salvador Correa pudesse reivindicar privilégios reais como governador das minas. No entanto, o fraco rendimento destas minas e a oposição dos paulistas inviabilizam as lavras.
Com a revolta do Rio de Janeiro, em 1660, Salvador Correa perde seupoder na região, e as lavras voltam a ser exploradas sem controle real. As lavraspaulistas, entre elas Paranaguá e Curitiba, tiveram uma capital importância nageração de recursos humanos que vieram a descobrir as lavras do século xviii.Palavras-chave: Cartografia, Brasil colônia, Mineração, ouro aluvionar,século xvii1 – IntroduçãoEm 1920, o historiador paranaense Moises Marcondes encontra, nasala do diretor da seção do Archivo da Marinha e Ultramar, da Biblioteca Nacional de Lisboa, um mapa da baia de Paranaguá (figura 1). Este mapa tema data de 20 de maio de 1653, e mostra a baía de Paranaguá, suas principaisilhas, alguns dos rios que nela deságuam, bem como a vila de Paranaguá e oscampos de “Queretiba”, estes simbolizados por duas casas, uma cruz e umpelourinho na parte superior do mapa. [Página 1 do pdf]
Apenso a esta carta está uma descrição das capitanias do sul e um mapa da baia de Paranaguá, feito por Pedro de Souza Pereira ou seus auxiliares. De acordo com a carta, o mapa provavelmente foi executado entre os meses de março e maio de 1653, mostrando a baia, as principais ilhas, alguns dos rios que nela deságuam, bem como a vila de Paranaguá e os campos de Curitiba, estes simbolizados por duas casas, uma cruz e um pelourinho na parte superior do mapa. Para uma discriminação da toponímia do mapa, veja-se a figura 2 e a tabela 1.
Neste mapa, constam ainda 21 indicações de minas, o que o torna omais antigo mapa de ocorrências minerais até hoje conhecido no Brasil. Osrios auríferos indicados neste mapa são principalmente o Cubatão (atual rio Nhundiaquara), o Cacatu, o Curitibaíva, o Cachoeira e o Faisqueira. Já pelo mapa se depreende que o grosso das faisqueiras ficava no vale do Cubatão, inclusive as “minas de pedra”, manifestadas por Gabriel de Lara em 1646. [Página 9 do do pdf]
O outro rio largo paralelo ao rio Cubatão parece ser o Cacatu. A indicação “caminho de queretiba” pode indicar o rio Curitibaiva, ou “caminhode Curitiba” na língua geral29, e que foi, efetivamente, o primeiro caminhoutilizado para alcançar o planalto. Um dos rios a seguir parece ser o rioCachoeira, com poucas indicações de minas e um traçado muito impreciso.Outro rio com poucas indicações de minas é o rio Faisqueira, que deságuana ilha dos Guarás (atual ilha das Rosas).A Baia dos Pinheiros praticamente não parece no mapa. Provavelmente não foi levantada por Pedro de Souza Pereira, assim como não o deve tersido o interior da baía de Antonina, com o traçado rios que nela deságuammuito imprecisos. [Página 10 do pdf]
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