'Modernização Urbana em Sorocaba (1914-1921). Thiago Pedrosa Mattos, Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - 01/01/2017 Wildcard SSL Certificates
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Modernização Urbana em Sorocaba (1914-1921). Thiago Pedrosa Mattos, Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo
    2017
    Atualizado em 27/10/2025 03:27:03

  
  
  


resultantes de um processo, estanque; e, sim, no dinamismo complexo existente na perspectivasociocultural a longo prazo.2.1 Sorocaba: fundação e colonizaçãoSorocaba, palavra de origem indígena, “[…] seria um substantivo formado peloverbo SOROC, rasgar, e o sufixo ou particípio aba, designando lugar, em suma, LugarRASGADO ou Rasgão na serra, isto é, entre as pedras, ou na terra, isto é, vossoroca”(ALMEIDA, 2012, p. 12).Sorocaba também é rio, e essa curiosidade permitiu a Almeida (2002) a seguintequestão: “Foi o rio que deu nome à cidade e região, ou a região e local que denominou o rio?”(ALMEIDA, op. cit., p. 11). Pergunta de difícil resposta, embora caiba informar ao leitor que noMuseu do rio Tietê, em Salto-SP, há uma cópia de um mapa espanhol que possa dar pistas emfavor ao rio Sorocaba; assunto que merece uma pesquisa melhor detalhada. Porém, o que épossível dizer é que a bacia do rio Sorocaba, formada pelos rios Sorocabuçu, Sorocamirim e Unaintegram uma região que foi utilizada de forma estratégica nos períodos das monções e bandeiras(séculos XVII e XVIII). O rio Sorocaba deságua no Tietê, na região da atual cidade de LaranjalPaulista. Smith (2003), em obra dedicada ao estudo dos peixes e da história da bacia hidrográficado Sorocaba, mencionou que “Muitas expedições chamadas de monções, "comitivas de canoas" que seguiam para o noroeste do Mato Grosso, saíram da região de Sorocaba” (SMITH, 2003, p.46). Monteiro (1994), ao analisar batismos de índios do final do século XVII, em registrosparoquiais da Capitania de São Vicente, descreveu que: “As evidências mais ricas vêm da freguesiade Sorocaba, onde ocorreram diversos batismos coletivos de índios recém-trazidos do sertão nadécada de 1660” (MONTEIRO, 1994, p. 160). De certo, todos esses relatos, memórias, vestígiose estudos acadêmico-científicos reforçaram uma forte presença de nativos e bandeirantes emSorocaba. Outrossim, as memórias resgatadas por Almeida (2002, p. 20-1), informaram prováveisindícios acerca do desenvolvimento de vilas nas regiões próximas, entretanto, estimuladas pelapecuária de extensão:Praticamente todo o território de Sorocaba, sem justiças e igrejas, obedecia à vila deParnaíba, fundada por Dona Suzana Dias e seu filho mais velho André Fernandes,desmembrada da vila paulistana em 1625. Frei João Damasceno, O. F. M., viu o texto dasesmaria do Pirajibu (Arquivo Público) revivendo no século 18 concessão que data de1611. O cronista Azevedo Marques afirma, infelizmente, sem pormenores edocumentos, que André Fernandes, tendo solicitado terras nos depois municípios deParnaíba, Sorocaba e São Roque, as doava de amor em graça, com o intuito depovoamento. O irmão de André, Domingos Fernandes, fundou Itu em 1617. Numlivro de atas de Parnaíba, descobrimos que André Fernandes dotou sua sobrinhaSuzana, filha de Baltazar Fernandes, com terras em Taquarivaí. Como se vê da doação de Baltazar em 1660 e do inventário do padre Pompeu bem mais tarde, o povoamentodos campos de Sorocaba teve raiz depois da fase mineradora, na pecuária de extensão[…].A fundação da Vila também foi tema de análises para Almeida (2012, p. 23):Todos os cronistas dão o ano de 1654 para a chegada do fundador com a sua grandefamília. Mas em 1960 foi descoberto, no Arquivo Público de São Paulo, o testamento deIsabel de Proença, a segunda esposa, feito em novembro de 1654, o qual se refere àcasa grande e à igreja (sic) da fazenda. A igreja de taipa, mesmo que estivesse apenascoberta, deve ter demorado a ser levantada. A casa primitiva era de pau-a-pique, masgrande.O artista plástico suíço Ettore Marangoni dedicou inúmeros trabalhos à temáticahistórica, com diversas telas representando Sorocaba e Votorantim. A obra Fundação de Sorocaba(1950) ilustrou a interpretação do artista acerca do assentamento do pelourinho na Vila de NossaSenhora da Ponte de Sorocaba. É possível ver a referida pintura no Museu Histórico Sorocabano.A composição traz, em primeiro plano, o trabalho indígena agrícola, a fixação do pelourinho e,em pequeno recuo, o fundador Baltazar Fernandes, em posição de ordenação dos trabalhos. Aofundo da tela, há uma paisagem pitoresca com vegetação densa; a centralidade é mercada pelacapela de Sant´Anna (atual Mosteiro de São Bento), representando-se, assim, a fundação da Vila.É possível identificar na obra os três elementos iniciais da colonização: o nativo, o desbravador ea Igreja.A edificação que servia como residência do fundador não pode mais ser visualizadano conjunto urbano da cidade atual, pois deixou de existir na década de 1960, conforme afirmouPrestes (1999, p. 104). Interessante é notar a descrição da autora, acerca das características daCasa-grande de Baltazar, permitindo-se, com isso, um resgate importante à história da arquiteturapaulista, com a utilização de fontes iconográficas do IPHAN, registradas nos anos 1940 (Figura1).É importante relacionar que é possível ser esta a edificação referida por Almeida (op.cit., ibidem), acerca da “casa primitiva” do fundador Baltazar Fernandes:Através da iconografia existente, é possível constatar grossas paredes de taipa de pilão;o madeiramento do telhado possuía uma armadura com tesouras, atípicas para a época,descarregando os esforços nos frechais dos blocos monolíticos de sólida taipa. Aconstrução apresentava elementos arquitetônicos não habituais às casas bandeiristastradicionais. Assim, a planta era em forma de “L”, enquanto todas as outras casas eramretangulares ou quadrangulares. Provável acréscimo posterior. O outro fato queprovoca estranhamento é a existência de porões. Tinham aberturas em arcos de tijolos(PRESTES, op. cit., ibidem).A igreja de taipa referida no testamento de Isabel de Proença, resgatado por Almeida(2012), é a capela de Sant´Anna, conhecido atualmente por Mosteiro de São Bento3 (Figura 2), [p. 35 e 36]

Se, em outras cidades, as principais ruas eram as que estavam próximas da Igreja Matriz,da Câmara e dos serviços, em Sorocaba elas eram comandadas pela ação dos tropeiros.Ter o estabelecimento localizado numa das ruas por onde passavam as tropas podiasignificar bons lucros no período da feira. Em suma, temos um espaço produzido peloe para o tropeirismo; um espaço singular, onde o trotar dos burros e mulas significavamuito mais que os interesses encontrados no padrão colonial de urbanização.Essa consideração indicou que o tropeirismo provocou uma forma dedesenvolvimento em Sorocaba diferenciada do padrão colonial, atribuindo-se uma influênciamenor da Igreja na articulação de crescimento da Vila, quanto às respectivas localizações (Mapa1).Sabe-se que havia envolvimento da Câmara, assim como de pessoas ricas e influentesna Vila, quanto ao aproveitamento dos espaços locais; uma lógica à influência da atividadeeconômica com a política e crescimento da Vila. Baddini (2002, p. 127) afirmou que “[…] muitosterrenos do ‘rossio’ já haviam sido dados e postos à especulação imobiliária […]”; neste período,os terrenos eram doados pela Câmara, seguindo-se a lógica dos pares6, não a do bem público eutilização comum; conforme a finalidade de destino das terras, em especial as próximas do rioSorocaba. Nessa região, as doações que deveriam ser para construção e moradia, serviam para ouso de pastos (BADDINI, op. cit., p. 116), por estarem próximas ao Registro de Animais, localutilizado para a cobrança de impostos da passagem das tropas. Além das margens e da áreacincunscrita ao Registro (ao lado da ponte), as áreas situadas nas entradas da Vila tambémserviam para a utilização de campos para os animais, o que rendia bons aluguéis nos momentosde movimento da Feira de Muares, em especial nos meses de Março e Abril (Baddini, op. cit., p.133).O desenvolvimento da atividade muarística promoveu crescimento urbano,arrumento. A abertura de ruas era para facilitar o tráfego, o que estimulava, ao mesmo tempo,atividades comerciais diversificadas, especialmente nas localizações inseridas no percurso dastropas. Frioli (1999, p. 67), acerca da expansão da malha urbana, assim como da utilização damesma pelos tropeiros, escreveu que, a partir do século XVIII:Sorocaba cresceu e expandiu-se para os bairros, com a abertura de novas ruas para otráfego das tropas de muares, que inicialmente passavam pelas únicas ruas existentes,todas aqui relacionadas com os atuais nomes: General Carneiro, Penha, 13 de Maio, SãoBento e XV de Novembro. A seguir, Penha, Benedito Pires, Álvaro Soares, Mons. JoãoSoares e XV de Novembro. As atuais praças Ferreira Braga e Artur Fajardo eram oslargos das Tropas.Depois da Independência as patas dos muares transitaram diretamente pela rua Sete deSetembro, atingindo a Álvaro Soares que sucessivamente foi se alongando até a SouzaPereira e finalmente na Paula Souza beirando o rio até a ponte.Para o bairro do “além da ponte”, Sorocaba tinha como opção a Avenida São Paulo atéa Padre Madureira chegando na Major Barros França, então início da estrada para SãoPaulo, que se bifurcava para Itu nos campos de Pirapitingüi, quase que acompanhandoo atual traçado da Castelo Branco. Com a abertura de outra estrada, via São Roque,ainda o acesso era feito pela Major Barros França apesar da enorme volta, até que secompletou a ligação pela Árvore Grande.Esse crescimento da mancha urbana foi percebido, até o início do século XIX, namargem ocidental do rio, expandindo-se as extremidades leste-oeste, circundando-se a áreaocupada no século XVII, consolidando-a como o centro da Vila. Nesse sentido, o cicloeconômico do tropeirismo influenciou o crescimento urbano, entretanto a nucleação da Vila foisedimentada na circunscrição de dois largos com templos religiosos: o largo de São Bento (Figura2) e da Matriz7 (Figura 4), demonstrando-se resquícios do padrão colonial de urbanização, no qualos respectivos largos são testemunhas.No século XVIII, a Rua da Penha surgiu como uma opção paralela à Rua São Bento.O mesmo pode ser observado no Mapa 1, em relação à Rua 7 de Setembro e a ligação com a Dr.Álvaro Soares, para o século XIX. Ambas paralelas encontram a transversal – Rua do Rosário,aberta no século XVIII – permitindo-se acesso à ponte do rio Sorocaba, interligando-se à estradarumo à São Paulo. Cabe destacar, que após as modificações nos trajetos das tropas, a região do Rosário,assim como a rua das Flores, foi favorecida, o que pode ser percebido ao analisar o padrão deedificações e a condição social das pessoas que ali residiram nas primeiras décadas do séculoXIX. A residência mais luxuosa8 de Sorocaba durante todo o Império foi construída em 1839na rua das Flores e pertencia a Manoel Claudiano de Oliveira9, negociante de fazendassecas e de tropas, uma das maiores fortunas locais (BADDINI, 2002, p. 120).Na mesma rua também se situava o casarão assobradado do sargento-mor AméricoAntonio Aires (BADDINI, op. cit., p. 121); a família Aires era muito rica e vinculada ao comérciode tropas.As principais ruas da Vila – que conectavam as estradas que chegavam de Araçoiabae Iperó, partindo em direção a São Paulo – tinham “Largos sagrados” espalhados pelo caminho.[p. 40]

O desenvolvimento urbano de Sorocaba, entre meados do século XVII e XIX,possuiu um ritmo mais lento do que foi percebido a partir dos anos 1840. A Vila foi elevada àcategoria de Cidade e, sob a dinâmica do capital tropeiro – incentivada pela produçãomanufatureira – o espaço urbano local cresceu. Com o adventício ferroviário, houvefavorecimento ao setor produtivo, ao qual iniciou um processo de industrialização têxtil a partirdos anos 1880, acompanhado de desenvolvimento urbano correspondente, especialmente com asvilas operárias; características que promoveram mais crescimento à cidade. A economia deSorocaba foi alterada, mediante o declínio da atividade tropeira e ascensão da cotonicultura,acompanhada de manufaturas e da industrialização, cuja primeira fase esteve vinculada àprodução de tecidos, sendo a última grande fábrica – a Santo Antônio – construída em 1913.3.1 Crescimento urbano e atividades manufatureiras

Em 1842, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba foi elevada à categoria deCidade, em conformidade com a “[…] Lei Provincial de 5 de Fevereiro de 1842 […]” (Baddini,2002, p. 144). Acerca da infraestrutura urbana, entre os anos 1840 e 1850, Almeida (2012, p. 166-8) indicou diversos melhoramentos. Em 1845, a cidade comprou os primeiros lampiões carburados com azeite de peixe, os quais chegaram do Rio de Janeiro no ano seguinte. Eram 14 lampiões, passando-se para o número de 50 em 1850.

Em 1841, foi iniciada a construção da ponte sobre o rio Sorocaba (Figura 9), local de destaque na paisagem e economia local, sendo o projeto realizado por João Bloem, e terminado em 1855. Outra obra pública de magnitude na época foi a construção da nova casa de Câmara e Cadeia; o projeto, outrossim, foi atribuído a João Bloem (1841), cujos trabalhos se deram pelas orientações do Cel. João Batista Correia, sendo o mestre de obras o alemão João Dorn (ALMEIDA, op. cit., p. 164).

A ponte representava a prosperidade econômica e a importância política da cidade como centro de arrecadação de impostos sobre animais e de comércio de tropas da província. Estas eram as principais funções do centro urbano em meados do século, tanto na perspectiva do governo provincial, quanto na dos viajantes estrangeiros e dos próprios moradores” (BADDINI, 2002, p. 152).

Para os anos circunscritos entre as décadas de 1840 e 1850, alguns arruamentos erespectivo crescimento urbano foram percebidos pelas investigações de Baddini (2002, p. 144-7).A autora identificou a abertura de vias no sentido das entradas de tropas pelo Supiriri, assimcomo a formação de quarteirões. Nesse sentido, um exemplo significativo foi devido aoarruamento da Rua da Bica (1840-1), cuja localização se dava atrás do Mosteiro de São Bento,permitindo-se o acesso à água potável. O largo do Pelourinho, na rua Boa Vista, também foiarruado.A região do Cerrado sofreu ampliações nos anos 1840 e 1850, provocadas pelasconcessões de datas realizadas pela Câmara. O acesso a essa região era realizado pelo final da Ruada Penha, na respectiva extensão final. Cabe destacar, conforme registrado por Baddini (op. cit.,ibidem), que o centro comercial sorocabano, para os anos 1840, localizava-se em três ruas:Comércio, Direita e das Flores.No ano de 1850, estendeu-se a rua do Hospital2 até o rio Sorocaba, o que promoveua inserção do matadouro municipal no espaço urbano, cuja instalação no local se deu na mesmaépoca. Essa característica não foi bem recebida pela população, principalmente por considerar aexistência de odores e resíduos indesejáveis. Cabe informar que essa conjuntura do matadouronão foi alterada, durante o período delimitado para esta pesquisa; assunto que será abordado naUnidade IV.Sob o aspecto da relação entre ocupação e crescimento urbano, com a valorização delocalizações, Baddini (op. cit., p. 148) afirmou que:O caráter da ocupação urbana – influenciado não só pelo uso das terras para passagemdo gado mas também pela valorização imobiliária daquelas mais próximas do Registro eque serviam para pastos – afetou a organização e o aparelhamento urbano, de modo aprivilegiar as áreas dominadas pelas principais fortunas locais: do centro até a várzea doSorocaba e, posteriormente, do Supiriri. [Páginas 51 e 52]

Em síntese, acerca das localizações e dimensões do desenvolvimento econômico ecrescimento urbano abordado, por hora, neste trabalho, foi possível perceber que no século XVIIa centralidade era articulada à Rua São Bento. O século XVIII presenciou a expansão doarruamento da Vila; a Rua da Penha e acessos à Rua da Ponte em direção a São Paulo sãotestemunhas desse vetor de crescimento. No início do século XIX, há abertura de um ramalparalelo à São Bento e Penha, em conexão com a Souza Pereira, em direção à ponte: a Rua 7 deSetembro. No mesmo período, além de expansão urbana na área da várzea do Córrego Itararé,região próxima à Fábrica Santa Maria, houve desenvolvimento na várzea do Supiriri com a fábricaNossa Senhora da Ponte. A contribuição do Mapa 2 possibilitou ler um desenvolvimento, navirada do século XX, posterior a linha férrea (sentido norte), assim como no sentido leste dacidade, na porção oriental do Rio Sorocaba.A efetivação têxtil sorocabana começou a demonstrar força a partir de 1881,consolidando-se em 1913 – conforme elucidou a pesquisa realizada por Massari (2011, p. 65) -proporcionando um cenário diferente na paisagem do município, que encarava as chaminésfumegantes das fábricas como um símbolo imponente de um sistema econômico bem distinto docostumeiro regional (BONADIO, 2004).A industrialização foi importante para alguns setores sociais e políticos da cidade.Interessante é resgatar a vida da classe operária, sob a perspectiva do acesso à infraestruturaurbana adquirida no processo de modernização da cidade: os melhoramentos urbanos. [Página 62]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
01/01/1841 - * Foi iniciada a construção da ponte sobre o rio Sorocaba, sendo o projeto realizado por João Bloem
01/01/1864 - *Litografia de Francisco Abreu Medeiros
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.