Encontramos na documentação solicitação dos colonos paulistas para atacarem e descerem índios carijós (guaranis):
“...pela quall rezão requeremos ao sor capitão da parte de deus e de sua magª q sua mercê com a gente desta dita capitª faca guerra campal aos índios nomeados carijós os quaes a tem a mtos anos merecida por terem mortos de quareta anos a esta parte mays de conto e cinqtª homes brancos assi portuguezes como espanhóis atee matare padres da compania de jesus q foram doutrinar e ensinar a nosa santa fee catholica...” [Sessão de 6 de abril de 1585]
No contexto da guerra justa admitida pelo Governador Geral Mem de Sá,
os colonos de São Paulo encontram justificativas bastante convincentes para
atacarem as tribos guaranis no extremo sul. Independente de não serem
aqueles índios os assassinos dos padres, todos os guaranis podiam sofrer a
pena e serem alvos da fúria dos colonos e mamelucos, assim como ocorreu aos caetés. Ora, a principal justificativa foi essa, entretanto a mais racional era o crescente esvaziamento das fazendas da mão-de-obra indígena. Vulneráveis
aos maus-tratos e às doenças, os nativos, tanto administrados quanto aldeados
viviam em constante desgaste de seus contingentes. O fato é que sem esses
motores animados não havia produção em nenhuma capitania da Colônia. [Página 56]
Em 6 de abril de 1585 a Atas da Câmara da Cidade de São Paulo registram a solicitação dos colonos paulistas para atacarem e "descerem" nativos carijós:
“...pela quall rezão requeremos ao sor capitão da parte de deus e de sua magª q sua mercê com a gente desta dita capitª faca guerra campal aos índios nomeados carijós os quaes a tem a mtos anos merecida por terem mortos de quareta anos a esta parte mays de conto e cinqtª homes brancos assi portuguezes como espanhóis atee matare padres da compania de jesus q foram doutrinar e ensinar a nossa santa fé católica...”