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excentricidades. RENATO PEREIRA BRANDÃO
    1 de janeiro de 2011, sábado
    Atualizado em 06/11/2025 23:07:26

  
  


Janeiro (Cf. MORAES, 1858:232; BRANDÃO, 2000:127/8; ABREU, 2010:296/310).Este contexto acabou por desaguar em uma situação insólita. Em 1638, o governador doRio de Janeiro Salvador Correia de Sá e Benevides, certamente sabedor da situaçãoirregular da capitania que governava, preferiu nela conceder sesmarias fundamentadonão em sua autoridade de governador, mas na de procurador da herdeira da capitania deSão Vicente, a Condessa de Vimieiro (Cf. DEUS, 1861:542).Ainda no século XVII, em 1676, a questão da legalidade do Rio de Janeiro vemà tona por conta de Francisco Luís Carneiro de Sousa, Conde da Ilha do Príncipe. Comofilho herdeiro de D. Mariana de Faro e Sousa, esta herdeira da Capitania de São Vicentepor doação de seu irmão D. Diego de Faro e Sousa, veio requerer a Pedro II que lhefosse passado o registro e translado da carta de doação desta capitania, no que foiatendido “por provisão de Sua Majestade registrada no livro 9° à folha 104” 6. Ao emitiro alvará confirmando o direito do requerente como donatário, conforme expresso notranslado da carta de doação em apêndice ao alvará, apesar de Pedro II fazer ressalvas aalguns direitos originais concedidos a Martim Afonso, como o de enviar para o Reino24 escravos nativos e de condenar a morte escravos e peões sem direto de apelação auma alçada maior, não faz nenhuma referência a algum tipo de desmembramentoterritorial ou alteração nos limites originais da capitania. Finalmente, Pedro IIdetermina que, afora as limitações por ele especificadas, a dita carta fosse cumprida nasua integridade, o que incluiria a capitania do Rio de Janeiro dentre seus domínios.Contudo, o donatário, ao que parece, não conseguiu fazer efetiva a determinação régia.Em 1711, o Marques de Cascaes, herdeiro da Capitania de São Paulo, que, naverdade, correspondia a antiga Capitania de Santo Amaro, e não a de São Vicente,vendeu seus direitos de donatário para a Coroa. Assim, o que a Coroa legalmentereincorporou aos seus domínios em São Paulo foi somente à estreita faixa de dez léguasconcedida a Pero Lopes de Sousa onde, ao que parecia, estaria situada a vila de SãoPaulo.[Página 8]

Pouco após, em 1716, Antonio Carneiro e Sousa, filho de Francisco LuísCarneiro de Sousa, herdeiro do título de Conde da Ilha do Príncipe e da Capitania deSão Vicente, requereu ao Conselho Ultramarino seus direitos como donatário de cemléguas no distrito do Rio de Janeiro7. Em apêndice ao parecer consta seguintedespacho: “O Conde da Ilha do Príncipe pede que se mande pagar a redízima que lhetoca das cem léguas de terra formadas em Capitania no distrito do Rio de Janeiro, deque é donatário”. Em 1720, o mesmo encaminha um novo requerimento ao ConselhoUltramarino onde igualmente se diz donatário de 100 léguas de terras na Capitania doRio de Janeiro, de que era cabeça a Villa de Nossa Senhora da Conceição de Etinheam8.Neste, reivindica que lhe fossem respeitadas as suas jurisdições e regalias consignadasnas respectivas doações (Cf. ALMEIDA, 1921:376). Neste mesmo ano de 1720, em 29de março, o Conde da Ilha do Príncipe obteve de D. João V a confirmação de seusdireitos sobre a doação da Capitania de São Vicente “como consta na secretaria doconselho ultramarino no Livro 4° das cartas e ordens do Rio de Janeiro, tit. 1720 até1723, n.49, fl. 11” (MORAIS, 1858:222).Ainda em neste mesmo ano de 1720, o loco tenente do Conde da Ilha doPríncipe fez uma composição com o Conde de Assumar, governador da Capitania deSão Paulo, para receber os direitos correspondentes aos rendimentos de Taubaté,Pindamonhangaba e Guaratinguetá, vilas situadas na porção setentrional da Capitania deSão Vicente. Porém, no ano seguinte, D. Rodrigo de César Menezes, ao suceder oConde de Assumar, mandou suspender o pagamento, sob a alegação da Coroa já tercomprado do Marques de Cascais a capitania de São Paulo em seu todo (LEME, 1869[1772]: 476). Apesar de Leme, que tratou deste assunto somente cinco décadas após,informar que após então não houve “movimento algum de donatário interessado na suacapitania das cem léguas de costa concedida de juro e herdade a Martim Affonso deSousa” (Idem, 1869:476), conseguimos identificar, dentre a documentação do ConselhoUltramarino, uma posterior petição reivindicatória encaminhada pelo mesmo Conde daIlha do Príncipe. [Página 9]

Esta, que nos parece ser a última reivindicação do donatário, tem em anexo acertidão datada de 20 de junho de 17249. Em sua petição, o requerente informa ternotícias não ter chegado à capitania do Rio de Janeiro as ordens régias que mandassemguardar “os privilégios que lhe são concedidos pella sua Doação nas terras de que heDonatario”. Nesta mesma petição, consta o despacho régio determinando o envio dasordens por mais duas vias, “visto não se ter noticia de terem chegado a Capitania do Riode Janeiro”. Contudo, o donatário veio a morrer logo após deste despacho régio, no mêsde novembro. Seu filho herdeiro, Francisco Carneiro de Sousa, quarto Conde da Ilha doPríncipe, tinha então somente 15 anos. Veio ele a morrer sete anos após, em 1731, aoque tudo indica sem requerer ao Conselho Ultramarino a provisão régia dereconhecimento de seus direitos donatários das cem léguas no distrito do Rio de Janeiro.Apesar de seu irmão mais novo, Carlos Carneiros de Sousa, ter herdado o título edireitos do Conde da Ilha do Príncipe, ao que indica esta sucessão não se estendeu aodireito donatário da capitania.Em 1735, Carlos Carneiro de Sousa negociou com a Coroa a troca de seu título edireitos de Conde da Ilha do Príncipe pelo de Conde de Lumiares. O genealogista reinolD. Antonio Caetano de Sousa, com trânsito na corte como “Deputado da Junta da Bullada Cruzada”, em obra contemporânea ao acontecimento, assim nos informa destanegociação.Lumiares, he huma Villa na Provincia da Beira duas legoas para onascente, de que ElRey Fidelissimo D. Joseph I. creou Conde porDecreto de 29 de Outubro de 1753 a Carlos Carneiro de Sousa,mudando-lhe o titulo de Conde da Ilha do Principe, de que eraDonatarios, dando-lhe em satisfação da dita Capitania, e das suasregalias, e jurisdicções o Senhoria da Villa de Lumiares com a data detodos os officios, que nella tinha, como dos Orfãos, e a regalia destesofficios se chamarem por ellle, e servirem por suas cartas, e nomearOuvidor na forma da Ley, e servirem por sua carta, e com outrasprerogativas, tudo de juro, e herdade, dispensada três vezes a LeyMental, e por equivalente da utilidade, que tocava a Donataria, lhe fezmercê de hum juro Real de setecentos mil cada anno, pagos peloseffeitos da Conselho Ultramarino (...) (SOUSA, 1755:413-4). [Página 10]

Portanto, a única donataria negociada foi a da Ilha do Príncipe. Contudo, estefato deu margem ao surgimento de uma versão onde se considera que a cessão para aCoroa da donataria da Capitania de São Vicente constava também desta negociação.Apesar de Benedito Calixto ter demonstrado não haver suporte documental para estaversão, ainda hoje alguns estudiosos a tem como verdadeira.O distinto historiador brasileiro dr. Capistrano de Abreu, a quemconsultamos sobre o assunto, nos diz em uma carta: “Procurei notíciassobre a data da incorporação da capitania de São Vicente à Coroa, masfui infeliz na pesquisa”. (...) É estranhável, mesmo censurável e dignode reparo – bem é que se repita – que, nenhum destes escritores, quecitam a carta régia fazendo anexação à Coroa, da parte da Capitania deMartim Afonso, em 1753 ou 1754, nos digam o arquivo em que seacham transcritos tão valioso documento! (CALIXTO, 1927:183)Devemos assim observar que, em que pese o excelente levantamentobibliográfico e de documentações primárias no trato de sua recente obra GeografiaHistórica do Rio de Janeiro, Maurício de A. Abreu se equivoca ao concluir que “todaessa celeuma teve fim no início do século XVIII, quando a Coroa retomou por compra ajurisdição plena sobre as antigas capitanias paulistas” (ABREU, 2010:296).De nossa parte, a partir do falecimento de Francisco Carneiro de Sousa nãoconseguimos encontrar alguma outra referência documental sobre reivindicação dedireitos donatários da Capitania do Rio de Janeiro, o que nos leva a considerar que suaincorporação ao patrimônio da Coroa não se deu em conformidade às normas do AntigoRegime, já que não foi nem por compra do donatário em exercício, conforme ocorridocom as capitanias limítrofes de Santo Amaro e São Tomé, ou Paraíba do Sul, e nem porindenização de herdeiros, conforme ocorrido com a Capitania da Bahia de Todos osSantos.Considerações ComplementaresEm trabalhos anteriores, procuramos demonstrar que era de fundogeoestratégico, por condicionamento do regime de correntes marítimas, a razão maiorque levou a Coroa intervir diretamente na baía da Guanabara (Cf. BRANDÃO,1993:716-7; 2000:128; 2005:5-6). Como a ocupação permanente desta estratégica baía [Página 11]



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ME|NCIONADOS
ATUALIZAR!!!
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.