1 de janeiro de 1914, quinta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Continuam a repetir que o Bacharel de Cananéa vivia entre os Carijós, casou-se com uma filha do Cacique Carijó e, provavelmente, foi morto pelos Carijós! A respeito desse personagem fascinante, nenhum documento chegou, melhor do que o relato de Diogo Garcia de Moguér. A carta deste navegante ao rei da Espanha, datada de 1527 e conhecida como “Memória de la Navegación”. Neste documento é possível ler:
"...que me la diesen em entrando Setiembre, y ellos me la diron medido Enero que no podia yo aprovechar della porque aqui V. M. lo verá por esta nevegación, y está una gente ali con el Bachiller que comen carne humana y es mui buena gente amigos muchos de los cristianos que se llaman Topies...
...e andando pela estrada chegamos a um rio chamado Rio de los Patos, que está a 27 graus, que há uma boa geração, que eles fazem muito boa obra para os cristãos, e eles são chamados de Carrioces... [21461]
Ao menos duas ocasiões, o Padre Manoel da Nóbrega (1517-1570) enfatizou as características que diferenciavam os Carijós dos. Uma delas ao Padre Luís Gonzaga da Câmara, em 10 de junho de 1553, outra ao próprio Rei D. João III. Segue-as respectivamente:
“...dia alguns dias depois chegaram alguns homens que tinham ido ao continente para descobrir as novidades do ouro, onde passaram dois anos, e nos deram grandes notícias da bondade que encontraram (...) E entre outras coisas diz que os gentios não comem carne humana, pelo contrário, que lhes fazem muito mal e os comem, se conseguem pegar alguma não os matam nem os comem, e os tratam muito bem (...). Eles têm grandes populações e têm um diretor a quem todos obedecem. (...) Eles são agricultores e fazem manutenção.” [26877]
...há muitas gerações que não comem carne humana, as mulheres andam cobertas, não são cruéis em suas guerras, como estes da costa, porque somente se defendem; algumas têm um só principal, e outras cousas mui amigas da lei natural, pela qual razão nos obriga Nosso Senhor a mais presto lhes socorrermos, maiormente que nesta capitania nos proveu de instrumentos para isso, que são alguns Irmãos línguas, e por estas razões nesta capitania nos occupamos mais que nas outras.... [20648]
Também José de Anchieta (1534-1597) ao próprio Padre Inácio de Loyola, em setembro de 1554::
Os nossos irmãos tinham gasto quase um ano e meio a doutrinar uns, que distam de nós 90 milhas e eles, renunciando aos costumes gentílicos, tinham resolvido seguir os nossos e tinham-nos prometido nem matar nunca os inimigos nem comer carne humana.
Por fim, temos os escritos de Simão de Vasconcelos (1597-1671):
"Eu fazendo com curiosidade diligência por vários escritos de antigos, e pessoas de experiência entre os nativos, com mais propriedade julgo, que toda esta gente se deve reduzir a duas nações genéricas, ou a dois gêneros de nações somente, as quais dividam depois em suas espécies na maneira seguinte. Uma delas, os Carijós, a melhor nação do Brasil." [26863]
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