Uma das primeiras cláusulas da Constituição Paraguaia, editada pelo ditador Francisco, dizia o seguinte: Todo paraguaio é obrigado a ter uma espingarda e um cavalo para ser chamado quando houver guerra.
(...) episódio este tido como aquele que deflagra a guerra, que é a apreensão do navio que transportava o Presidente da Província do Mato Grosso. E sem capacidade de resistência inicial por parte do Brasil. Não havia rota terrestre consolidada para o Mato Grosso. Então, a única forma de ter acesso a estas terras, era a Bacia do Prata (...) É um problema imenso. Justamente para se consolidar a soberania.
No final de 1868 com as batalhas da "Dezembrada", Caxias toma Assunção. Escreve ao Imperador que a guerra está terminada. Aí, Caxias se demite do Exército, e faz isso por uma questão digna. Ele não queria ser o "coveiro do Paraguai" e escreve novamente ao Imperador dizendo:
"Imperador, para vencer esse povo, teremos que matar o último paraguaio no ventre de sua mãe."
E o Imperador insiste:
"Não, a guerra só acaba quando Solano López for efetivamente capturado. A captura de Assunção não é suficiente."
Para substituir Caxias, D. Pedro II envia seu genro, o Conde D´Eu, para comandar as tropas brasileiras.
Essa parte inferior que era "coisa", porque escrava, ou que era tratada como bicho, como nós tratamos gente camponesa, a gente que está por baixo, a gente miserável, essa gente que estava por baixo, foi despossuída da capacidade de ver, de entender o mundo. Porque se criou uma cultura erudita dos sábios, e se passou a chamar cultura vulgar a cultura que há nessa massa de gente.
Data: Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*