Por que Rui Barbosa mandou queimar os documentos da escravidão? Consulta em Ciência Hoje das Crianças, chc.org.br
Atualizado em 25/02/2025 04:39:26
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Algumas histórias nascem ninguém sabe como. Quando nos damos conta, elas viram causos, passados adiante como se fossem verdade. Isso acontece entre amigos, no interior das famílias e também… na história do Brasil. Quer um exemplo?Muita gente conta como Rui Barbosa, um dos políticos mais importantes da história do país, destruiu os documentos da escravidão logo após a proclamação da República em 1889. Aproveitando-se do cargo de ministro da Fazenda, ele teria mandado queimar esses documentos, supostamente para acabar com esta “mancha negra” da História do Brasil. Isto é contado como um grande absurdo, como se Rui Barbosa quisesse apagar o passado do país.Nada mais errado. É verdade que Rui Barbosa mandou queimar documentos sobre a escravidão, mas não para destruir os traços das vidas dos escravos.Ele fez isso porque, quando os escravos foram libertados no Brasil, em 13 de maio de 1888, a lei estabeleceu que os antigos senhores não seriam indenizados, ou seja, não receberiam nenhuma recompensa pelo fato de estarem sendo obrigados a libertar seus escravos. Afinal, em pleno fim do século 19, era um absurdo achar que uma pessoa pudesse ser dona de outra pessoa! Naquela época, o Brasil era o único país do Ocidente que ainda permitia a existência da escravidão.Acontece que os senhores dos escravos não aceitaram tão facilmente essa decisão. Se dependesse deles, continuavam a ter escravos! E exigiam ser recompensados pela perda.Já Rui Barbosa achava o contrário: se alguém tivesse que ser indenizado, seriam os ex-escravos, que haviam trabalhado a vida inteira sem receber nada. E foi o que ele disse aos senhores.Mas os antigos proprietários não descansavam e continuavam a reclamar. Então, para acabar com a discussão, Rui Barbosa mandou queimar os documentos que comprovassem a quem tinha pertencido cada escravo. E foi o que aconteceu: no dia 13 de maio de 1891, para comemorar os dois anos da abolição da escravidão no Brasil, foi feita uma grande fogueira no centro do Rio de Janeiro. Foi uma festa e tanto, com a presença de vários líderes abolicionistas.Assim, Rui Barbosa evitou que os antigos senhores de escravos, depois de terem usufruído por anos e anos de trabalho de graça das pessoas que mantinham em cativeiro, ainda recebessem dinheiro pelo fato de tê-los libertado.Nem tudo, porém, foi destruído. Aliás, quase nada. Há ainda milhares de documentos sobre a escravidão nos arquivos, usados pelos historiadores para escrever a história deste passado impossível de esquecer.
[28758] Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia 01/01/2007 [28702] Maçonaria e Educação. Contribuições para o ideário republicano. Fernando da Silva Magalhães. Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação e Humanidades Faculdade de Educação 01/01/2013 [25216] Laelso Rodrigues completa 91 anos. Barbosa Nunes, Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, redecolmeia.com.br 30/03/2020
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*