'“Memória Histórica de Sorocaba”, parte VIII 0 01/01/1970 Wildcard SSL Certificates
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“Memória Histórica de Sorocaba”, parte VIII
      Atualizado em 21/02/2025 19:50:04

  
  
  


ro para os estribos, etc . Enfim, surgiu a fábrica Dias da Silva . Aos20 e 30 ourives da prata só lhes sucederam os relojoeiros da rua dr. .Braguinha vendendo jóias, e um ou outro ourives do ouro. O último ourives da feira foi Bento de Barros Lima, morador na rua Nova, perto da rua da Margem.

O matadouro, que ficaria bem perto da estação, em 1874 começou a ser mudado para o outro lado do rio, atual rua Pedro JoséSenger que então principiava, partindo da rua São Paulo. Seria construído um rancho provisório na frente ao aterrado do Lava-Pés, como córrego dêste nome passando pelo meio . Essa foi a resolução, porém depois tiraram diretamente um rego de água do Tanque do Buava, do mesmo córrego, e que ficava mais abaixo da atual piscinaQuinzinho de Barros. Só em 1881 foi derrubado o matadouro velho,onde quizeram fazer um mercado, mas não foi possível, resolvendo-seacrescentar o que já servia no largo Santo Antônio.

As praças começaram a ser arborizadas por obséquio de vereadores prestadios, que recebiam as mudas e cercas compradas pelaCâmara. Chegou a ser cercada tôda a atual praça Fajardo, que aindaconserva mangueiras antigas. Da praça Ferreira Braga restou até apouco um coqueiro solitário. A da matriz não foi arborizada, porservir ainda para divertimentos como circos, fogos de artifícios, paradas da Guarda Nacional, etc .A praça frei Baraúna com as ruas Cesário Mota e Artur Martins, foi iniciadas em 1864 em terreno de São Bento. As cavalhadaspassaram a ser naquele logradouro. Acabaram com o cemitério deSão Bento, que em 1863 ainda servira para cadaveres de bexiguentos,mas deixaram uma pracinha e nela uma capelinha onde se faziamfestinhas de Santa Cruz e São João, sem o clero . A que puxava oterço era uma liberta que, no seu tempo de escrava, cortou com aenxada a cabeça de um branco que lhe fizera proposta desonesta .Foi a juri, recebeu poucos anos de prisão, que cumpriu na cadeianova que foi inaugurada em 1863. Mas os jurados, pelo costume dotempo, juntaram a pena diária dos açoites. Era ao anoitecer. Todos fugiam das proximidades da cadeia ao ouvirem os gritos da infeliz açoitada junto às grades . Frei Paulo e Eugênio Pilar, entre outros, me transmitiram esta notícia digna de um drama. Os jornaismencionam as festinhas .Exatamente em 1874, como publicou frei João, foi construidaoutra capelinha de Santa Cruz, "no bairro de Árvore Grande", A ár- [Página 348]

Dona Gertrudes de Almeida Pilar, mãe de Ubaldino do Amaral, tinha um internato para meninas do Paraná, que vinham da Lapa a cavalo, na rua da Penha. Saiu cêrca de 1875 para Piracicaba, onde faleceu seu espôso Francisco das Chagas do Amaral Fontoura e veiu morrer na capital de São Paulo em 1886. Conhecemos-lhe uma aluna, dona Sofia Wirmond. Não havia carteiras, servindo a mesa grande da sala de jantar. [p. 351]

A imagem de São Jorge acamponhava a Câmara em procissãodesde 1818 e morava numa das salas . O cavalo branco em que afaziam montar também era da Câmara e tinha vida folgada no capinzal das ruas — "Lá vai o cavalinho de São Jorge!" — exclamou umavez o menino Francisco Pacheco, vindo da escola do padre Lessaem 1886. Hoje, mais que octogenário, ainda se lembra do episódio.Depois de 1889, a Câmara (Igreja separada do Estado) não acompanhava mais a imagem na procissão de Corpus Christi mas deixouos devotos visitarem-na em sua sala, naquele dia. E a Câmara virava igreja .. . Até que em 1906 um intendente a enviou à capela-deSanta Cruz . Os arreios de São Jorge estão no Museu Sorocabano .A sua espada com uma inscrição patriota foi roubada depois de 1940.O Conde d´Eu, visitando Sorocaba, em 1874, achou muito bonito o prédio da Câmara e Cadeia. Ora, veja só! [p. 354]

Em 9 de novembro de 1886 passaram ainda para o Ipanema osaugustos imperantes . Almoçaram numa sala da estação . Depois tomaram um carro e seguidos de outros (havia muitos carros particulares) foram visitar, corre-correndo: matriz, câmara e cadeia, Gabinete,as 2 cadeiras masculinas e femininas, mercado, hospital, fábricasAdams e Fonseca .O conde d´Eu veiu sózinho em 1874, fazendo a viagem a cavalodesde as pontas dos trilhos, Júlio Ribeiro foi visitá-lo, levando a homenagem da pena à espada, segundo o seu jornal. Depois passoupor Sorocaba com a Princeza Isabel e tôda a família para o Ipanema,onde Bento José Ribeiro lhes forneceu troles e cavalos, inclusive aCamurça que a Princesa cavalgou por êsses campos .Deste 1872 vinham muito os presidentes da Província . O último,foi Rodrigues Alves, em 1889. [p. 356]

O curioso Francisco de Paula Oliveira e Abreu fêz uma planta para o mercado em 1881. O pedreiro que executou essa ou outra planta até 1884 chamava-se Antônio Tomaz de Souza. O prédio particular de sobrado, de Eduardo Antero da Cunha, em estilo de chalé, à rua Penha (depois foi um pastifício) é dessa época. Em 1881 se construiu o prédio da fábrica de tecidos Fonseca, sem revestimento.

Manuel Lopes de Oliveira tinha loja no largo do Rosário e uma chácara principiando da rua Ruy Barbosa e limitada mais ou menos, pela rua atual Nogueira Padilha até meia légua com o capitão Chico seu sogro, é pela rua Assis Machado e vila Barcelona atual, com o seu cunhado capitão Francisco de Assis Machado, e pela atual rua Newtom Prado, com Francisco de Paula Oliveira e Abreu. Era a Chácara Amarela. O jornal paulistano Ipiranga de agôsto de 1852, documenta perfeitamente a chegada das máquinas e teares mecânicos, os primeiros da Província. O jornal local O Americano, mais tarde, e o ofício da Câmara ao Govêrno em 1856 confirmam completamente que Manuel Lopes fiou e teceu mecânicamente, o primeiro da Província, embora os cinco teares tivessem parado logo por ignorância ou boicote dos operários escravos. [p. 360]

O locomóvel foi aproveitado para o benefício também na éra do algodão herbáceo .Os teares continuavam, mas rendia mais exportar o algodão .Francisco de Paula e Oliveira e Abreu, desde 1848 plantou amoreiras e trouxe o bicho da sêda de São Paulo, e, como era muitocurioso, construiu por si os aparelhos manuais de fiação, como consta do precioso livro que êle mesmo compôs e do relatório do presidente Nabuco . Pela tradição consta que chegou a tecer uma echarpe .Há pouco foi derrubada sua casa de taipa, já vendida em 1865. Oporão alto era para a criação do bicho . Uma vizinha lembrava-se dosrestos das amoreiras. Outros nos contaram que em sua loja da ruaBrigadeiro Tobias esquina das Flôres, êle que era muito ativo (depois de fechar também a tipografia cobria botões com linha e talvez a sêda de seus sonhos, e levou a alcunha de Chico Botão .Era irmão do cônego José Norberto cuja Arte poética imprimiapessoal e fraternalmente, e primo de Abreu Medeiros .Antônio Rogick nasceu em Budapest em 1821. Embarcou para o Brasil em Hamburgo no navio à vela "Josefina". Chegou a Sorocaba para exercer o ofício de chapeleiro, já casado, em 7 de junhode 1844. (Livro de Estrangeiros, da Prefeitura) .Os cronistas tem dado o ano de 1852 para o início da sua Fábrica de Chapéus, mas é engano . Vimos no cartório Pedro Coelho(e publicamos no Estado) a escritura de sociedade que êle fez comRazzl, a qual data de 1848.José Rogick era seu sobrinho.Segundo um ancião muito digno, a primeira fábrica era na esquina da rua da Margem (Leopoldo Machado) com a "15 de Novembro", à esquerda de quem sobe .Em seus apontamentos dona Ana Nayá refere que aí talvez depois da mudança da fábrica, se reuniam os alemães para tomar a cerveja e comer os seus presuntos, dando à trela, matando saudades,abancando-se a uma mesa comprida .Rogick e Razzl atrairam a Sorocaba muitos chapeleiros alemães.Segundo escreve Antônio Francisco Gaspar (Sorocaba de Outrora) o Simão Razzl teria iniciado a fábrica mesmo em 1841, maso honesto e incansável pesquisador baseou-se numa informação oralde 1950, num informante que não viu a coisa e podia ter-se enganado, uma vez que esta data era fornecida de memória . O informantedisse-lhe que Pedro José Senger e João Knippel eram oficiais dessafábrica. Ora, Eduardo Senger guardava a alavanca que quebrou ahomoplata (trabalhando de pedreiro na ponte) a seu avô Senger, e

[p. 361]

Em 1886 Antônio Razzl, filho de Wenceslau, inaugurou sualoja de chapéus numa casa cuja bandeira de ferro tinha as letrasF . A . M., à rua das Flôres, esquina da rua dr . Braguinha. O ricoAssis Machado, falecido havia pouco, aí fizera belas festas, foi depois a Padaria Alemã e, hoje, arranha-céu. [p. 362]

Em 1886, inaugurou-se o primeiro encanamento de água, comtrês chafarizes: praças da Matriz, do Rosário e Santo Antônio, coma água bombeada (bomba hidráulica) do córrego da atual Vila Carvalho e caixa de água com filtro atrás da Matriz. Louvores mereceuo vereador cel . Manuel Nogueira Padilha e os industriais da Sorocabana Speers e Oetterer. [p. 363]


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Registros mencionados

9 de janeiro de 1874, sexta-feira
O matadouro começou a ser mudado para o outro lado do rio"
Atualizado em 21/02/2025 19:50:04

• Fontes (1)

• Temas (1): Matadouros

• Cidades (1): Sorocaba/SP

9 de novembro de 1886, terça-feira
Imperador Dom Pedro II chega em Sorocaba
Atualizado em 21/02/2025 19:50:04

• Fontes (1)

• Imagens (7)

• Pessoas (5): Dom Pedro II (61 anos); George Godofredo Oetterer (n.1841); Francisco de Paula Mayrink (47 anos); Visconde do Socorro (63 anos); Joaquim de Sousa Mursa (58 anos)

• Cidades (2): Sorocaba/SP; Barueri/SP

1987 Hitler: propaganda da W/Brasil para a Folha de S. Paulo (1987) Atualizado em 02/04/2025 00:10:21 É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade. Como a "História" de

um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística.

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