'Polêmica sobre A Confederação dos Tamoios (José de Alencar x Gonçalves de Magalhães). Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural - 28/07/2021 Wildcard SSL Certificates
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Polêmica sobre A Confederação dos Tamoios (José de Alencar x Gonçalves de Magalhães). Por Editores da Enciclopédia Itaú Cultural
    28 de julho de 2021, quarta-feira
    Atualizado em 25/02/2025 04:39:50

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A publicação, em 1856, do poema épico Confederação dos Tamoios, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882), torna-se evento marcante do Romantismo brasileiro por dois fatores: primeiro, a grande expectativa gerada em torno de seu lançamento, afinal Magalhães é a ponta de lança das novas idéias literárias; segundo, pela polêmica criada devido às cartas assinadas sob o pseudônimo "Ig.", que refutam a qualidade literária da obra. Essas cartas são escritas na verdade pelo jovem José de Alencar (1829-1877), então redator-chefe do Diário do Rio de Janeiro e pouco conhecido nos meios literários da corte. São oito cartas no total, onde Alencar busca deliberadamente a polêmica, como ele mesmo afirma em uma delas. A crítica incisiva ao poema de Magalhães faz com que Manuel de Araújo Porto-Alegre (1806-1879) e o imperador Dom Pedro II (1825-1891), este último patrocinador da obra, escrevam em sua defesa sob o pseudônimo "O amigo do poeta". Algumas outras cartas são publicadas em favor de um ou outro lado, mas aquelas constituem as mais significativas.A polêmica estava, antes mesmo de entrar na argumentação de Alencar, no fato em si de se criticar a figura até então absoluta do nosso Romantismo. Gonçalves de Magalhães instituiu a nova escola em 1836 com a publicação, juntamente com Porto-Alegre e outros intelectuais, da Niterói: revista brasiliense, em que o espírito romântico é exaltado. No entanto, o caráter reformador de seu pensamento não se concretiza em suas composições literárias. Após incursões nos gêneros lírico e dramático, em Confederação dos Tamoios - que se baseia no episódio real da história do Brasil, quando um grupo de tamoios confederados junta-se aos franceses na luta contra os portugueses no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1555 - Magalhães busca a afirmação da nacionalidade a partir da figura do índio, convertido em herói e símbolo da coletividade brasileira em oposição ao elemento lusitano, o colonizador.Afora o indianismo, que vigora como fator comum aos românticos da primeira geração, a crítica de Alencar volta-se, sobretudo, para a conformação estética do poema, sua fraca musicalidade e unidade narrativa, além da "falta de arte" na descrição da natureza brasileira e dos costumes indígenas. Quanto ao tipo de composição adotado, critica-se ainda a escolha do modelo épico, afinal, conforme se afirma na segunda carta, "a forma com que Homero cantou os gregos não serve para cantar os índios".Com isso, Alencar instaura como que uma segunda reforma romântica, em que ele próprio e o já consagrado Gonçalves Dias (1823-1864) surgem como nomes proeminentes da expressão literária nacional. Ao publicar as cartas em livro no mesmo ano da polêmica, Alencar de certa forma prepara o lançamento, no ano seguinte, de seu romance indianista fundamental: O Guarani, 1857. Por meio do romance - gênero mais afeito às aspirações expressivas da modernidade -, Alencar atesta as teses defendidas nas cartas e procura demonstrar que a obra de Gonçalves de Magalhães ainda estava muito atrelada às formas clássicas, apesar de historicamente ele ter sido o principal propagador das idéias românticas no Brasil.






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Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.

Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?

Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:

1. Visão Didática (Essencial)
Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.

2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária)
Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.

3. Visão Documental (Completa e Aberta)
Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.

Comparando com outras fontes
A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.

Conclusão:

Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.

Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!