Gabinete de Leitura abre mostra sobre a Sorocabana. Por Virginia Kleinphappel Valio, Jornal Cruzeiro do Sul
28 de abril de 2023, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Em homenagem ao Dia do Ferroviário, comemorado amanhã (30), o Gabinete de Leitura Sorocabano deu início ontem (28) à mostra “Estrada de Ferro Sorocabana”, expondo um acervo de fotos e réplicas de locomotivas do pesquisador sorocabano Aparício Tarcitani, 84 anos, vice-presidente da instituição. O Gabinete de Leitura fica na praça Coronel Fernando Prestes, 21. A entrada é gratuita.
A Estrada de Ferro Sorocabana foi criada em 1870 por um grupo de pessoas lideradas por Luiz Matheus Maylasky. As obras começaram em 1872 e a inauguração ocorreu em 1875. Em 1971, a Lei Estadual nº 10.410/SP uniu cinco ferrovias paulistas: Estrada de Ferro Sorocabana, Cia Paulista de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Araraquarense, Cia Mogiana de Estradas de Ferro e Estradas de Ferro São Paulo/Minas, dando o nome de Ferrovias Paulistas S/A - Fepasa.
“Hoje estamos fazendo a abertura da exposição, em comemoração ao Dia do Ferroviário, que acontece no domingo (30). A exposição conta com imagens, miniaturas e documentos importantes. São fotografias interessantes da época. Essas miniaturas espetaculares foram feitas pelo nosso vice-presidente Aparício Tarcitani. O acervo que o Tarcitani tem é maravilhoso. Ele escolheu os principais momentos da história. Aqui, a pessoa faz um passeio através das fotos”, comenta o presidente do Gabinete de Leitura Sorocabano, Luciano Vieira de Carvalho, 68 anos.
Aberta para visitação até 12 de maio -- de segunda à sexta, das 9 às 17h e aos sábados, da 9h às 13h -- a mostra é uma oportunidade de conferir imagens históricas da construção das oficinas de Sorocaba, onde mais de três mil ferroviários trabalharam na década de 1920; da chegada dos pracinhas sorocabanos, que combateram na Itália, junto à Força Expedicionária Brasileira (FEB), que foram recepcionados em Sorocaba com grande festividade em 1945; da cabine dupla do carro dormitório de 1920; de operários da construção do ramal Mairinque a Santos, em 1930; da residência de funcionários da ferrovia na década de 1930 e até mesmo de um holerite de 1949 e telegramas.
Exposição
Os visitantes terão também a oportunidade de conhecer réplicas da locomotiva da Estrada de Ferro Elétrica Votorantim, obtida dos Estados Unidos para o transporte de vagões de cimento; da Locomotiva Elétrica da Estrada de Ferro Sorocabana, comprada da empresa General Eletric, dos Estados Unidos, em 1944; e a réplica da Locomotiva Diesel Elétrica, da Estrada de Ferro Sorocabana, da marca GE-GM, adquirida na década de 1960, que anos mais tarde, em 1971, após a unificação das ferrovias, passou a ser das cores da Fepasa.
Além de um grande pesquisador e admirador da história da cidade, Tarcitani é chamado pelos colegas de artista. Todas as miniaturas foram feitas a mão pelo sorocabano, com medidas em escala. “É uma satisfação contar, por meio dessa exposição singela, como era a luta dos ferroviários. Além das réplicas que estão aqui, tenho as miniaturas dos bondes de Sorocaba e Votorantim, que eu mesmo fiz. Já as fotos, tenho 60, de um acervo de 50 anos”, conta o pesquisador e curador da exposição.
Nos próximos dias, o Gabinete de Leitura Sorocabano promoverá uma roda de conversa com a presença de Tarcitani, onde os visitantes da exposição poderão conhecer ainda mais a história da Estrada de Ferro Sorocabana, contada pelo pesquisador.
A paixão de Tarcitani pelo tema teve início ao observar o dia a dia de seu pai, um ferroviário que se aposentou com 31 anos de dedicação à Estrada de Ferro Sorocabana . Essa vivência será detalhada aos participantes da roda de conversa.
O pesquisador aproveita para falar sobre o Gabinete de Leitura Sorocabano, que foi o primeiro do Estado. “Nós temos 300 sócios e temos vida própria. Dependemos apenas da boa administração do nosso presidente. Tudo o que você quiser de história, temos aqui. O Gabinete é uma entidade que preserva a história de Sorocaba. A história da cidade está guardada em nossos arquivos”.
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1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
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3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!