A GUERRA DAS FLORES FOI OS JOGOS VORAZES DO IMPÉRIO ASTECA, EVANDRO VOLTOLINI em megacurioso.com.br
7 de maio de 2023, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Mesmo que você não tenha lido os livros ou assistido aos filmes, você provavelmente conhece a ideia geral da série Jogos Vorazes, certo? Em um mundo distópico, jovens de vários distritos são selecionados como sacrifícios humanos — tributos — para lutar até a morte. Pois bem: os astecas faziam isso séculos antes dos livros e filmes virarem moda. As batalhas, muito bem organizadas com os melhores combatentes de cada reino, eram conhecidas como xochiyaoyotl — Guerra das Flores, no idioma nativo. A ideia era garantir um fluxo contínuo de sacrifícios humanos para os deuses astecas. Em uma teoria, os sacrifícios eram para o Templo de Huitzilopochtli, mas também há historiadores que afirmam que tudo começou depois de uma grande fome. Precisamos agradar aos deuses
Segundo essa teoria bastante disseminada entre os historiadores, a Guerra das Flores surgiu depois de quatro anos de colheitas muito ruins — que levaram a uma grande fome, em 1454.
Os sacerdotes acreditavam que os deuses estavam bravos com o Império Asteca. Por isso, o povo precisava sacrificar muitos homens e fazer isso regularmente. Foi aí que Xicotencatl, um lorde do reino de Tlaxcala, sugeriu organizar batalhas com um objetivo bem simples: capturar inimigos que serviriam de sacrifício aos deuses.
Diz a lenda que Xicotencatl fez campanha em vários reinos rivais, quase como um deputado colhendo assinaturas para um projeto de lei. Ele buscava convencer a todos de que sacrificar soldados rivais era um ótimo agrado aos deuses, já que era uma comida "quente e fresca".Ele provavelmente era um político habilidoso, porque a ideia pegou. As cidades estado de Mexico (Tenochtitlan), Texcoco e Tlacopan, assim como os reinos próximos de Huexotzinco, Cholula e Tlaxcala se engajaram no projeto.
Uma guerra nada florida
Ao contrário de outras batalhas, a Guerra das Flores contava com a participação dos melhores lutadores da nobreza asteca. Além disso, em vez de armas de longo alcance, as batalhas eram no corpo a corpo. Afinal, essa era uma guerra religiosa e deveria seguir rituais.
Contudo, ninguém usava flores, obviamente. O nome, segundo fontes históricas, veio da ideia de que os lutadores mortos nessa guerra estariam agradando aos deuses — portanto, teriam "uma morte florida". Muito poético... Na prática, as coisas não eram nada bonitas: os inimigos eram somente capturados no campo de batalha. Isso porque o pior estava guardado para depois, quando os sacerdotes sacrificavam os homens, arrancando seus corações ainda pulsantes.
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
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