Justiça manda prefeitura de São Paulo mudar nomes de locais que homenageiam pessoas ligadas à Ditadura Militar. oglobo.globo.com
21 de maio de 2025, quarta-feira Atualizado em 25/05/2025 19:12:18
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Por Hyndara Freitas
A Justiça determinou que a Prefeitura de São Paulo apresente, em até 60 dias, um plano para mudar o nome de ruas e locais públicos que homenageiem autoridades que cometeram violações de direitos humanos durante a ditadura. A prefeitura afirmou que vai recorrer.
O cronograma deve incluir a mudança de nomes de 11 pontos da cidades, entre eles o Crematório Dr. Jayme Augusto Lopes (conhecido como Crematório da Vila Alpina), a Ponte Senador Romeu Tuma (Ponte das Bandeiras) e a Avenida Presidente Castelo Branco, via expressa da Marginal Tietê.
A decisão foi proferida na segunda-feira (19), pelo juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara de Fazenda Pública da capital, e atendeu a um pedido do Instituto Vladimir Herzog com a Defensoria Pública da União (DPU).
Na ação, a entidade e a defensoria lembram que o município tem vigente a Lei 15.717, de 2013, que já prevê a alteração de denominação de vias e logradouros públicos que se referem à pessoas que tenham cometido crime de lesa-humanidade ou graves violações de direitos humanos.
Em 2016, foi criado o Programa Ruas de Memória, que mapeou 38 pontos que homenageiam pessoas vinculadas à ditadura militar, das quais 22 com envolvimento direto com a repressão, além de 17 equipamentos municipais, como escolas e ginásios, que também têm nomenclaturas do tipo. Dentro deste programa, o Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, teve seu nome alterado para Elevado Presidente João Goulart.
Entretanto, ainda há locais cujos nomes “guardam estrita conexão com a ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985”, destacaram os autores no pedido à Justiça. No ano passado, o juiz já havia concedido liminar para obrigar a prefeitura a mudar os nomes, mas a decisão foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Agora, o juiz julgou o mérito da ação e, na sentença, determinou que a gestão municipal apresente um cronograma, em até 60 dias, para alterar a denominação de 11 pontos da cidade. São eles:
Crematório Dr. Jayme Augusto Lopes (Crematório da Vila Alpina), que homenageia o diretor do serviço funerário, “pessoa controversa porque viajou à Europa para estudar sistemas de cremação em momento coincidente com o auge das práticas de desaparecimento forçado”. Segundo depoimentos investigações do Ministério Público Federal, “corpos exumados foram clandestinamente enterrados na vala de Perus no mesmo período de atuação do diretor no Departamento de Cemitérios da cidade”;
Centro Desportivo Caveirinha, que fica na região da M’Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo. O apelido Caveirinha é atribuído ao general Milton Tavares de Souza, que chefiava o Centro de Informações do Exército (CIE), de novembro de 1969 a março de 1974, que liderou a Operação Marajoara da qual resultou no extermínio da Guerrilha do Araguaia;
Avenida Presidente Castelo Branco, pista expressa da Marginal Tietê na Zona Norte e no Centro. Ele foi ex-presidente entre 1964 e 1967, e “uma das lideranças do golpe de Estado de 1964 que instalou a ditadura militar e criou o Serviço Nacional de Informações (SNI), fundamentou perseguições políticas, torturas e execuções durante o período”;
Ponte das Bandeiras (Ponte Senador Romeu Tuma). Tuma foi senador e diretor do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), órgão da repressão política durante a Ditadura Militar;
Rua Alberi Vieira dos Santos, na Zona Norte, que homenageia um ex-sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, “colaborador do Centro de Informações do Exército (CIE), com participação no massacre do Parque Nacional do Iguaçu e na armação de emboscadas e chacinas de resistentes, detenções ilegais, execuções, desaparecimento forçado de pessoas e ocultação de cadáveres”;
Rua Doutor Mario Santa Lúcia, na Zona Norte, que homenageia o ex-médico legista do Instituto Médico L
egal e que participou da emissão de laudos necroscópicos fraudulentos;Praça Augusto Rademaker Grunewald, na Zona Sul, por homenagear o vice-presidente durante a ditadura entre 1969 e 1974, durante o governo Médici;
Rua Délio Jardim de Matos, na Zona Sul, por ele ter integrado o gabinete militar da Presidência da República do governo Castelo Branco;
Avenida General Enio Pimentel da Silveira, na Zona Sul, que serviu no Destacamento de Operações de Informações Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) entre 1972 e 1974, e participou de “casos de tortura, execução e desaparecimento forçado”;
Rua Doutor Octávio Gonçalves Moreira Júnior, na Zona Oeste, que foi um Delegado de Polícia com participação em casos de tortura e ocultação de cadáveres;
Rua Trinta e Um de Março, na Zona Sul, que exalta o dia do golpe militar e início da ditadura, em 1964.
Em nota, a Procuradoria Geral do Município (PGM) informou que ainda "não foi notificada sobre a sentença", mas que quando isso ocorrer, vai recorrer. "Como ainda cabe recurso, não há obrigatoriedade, por parte da Prefeitura, de cumprimento imediato do prazo mencionado . A alteração de nomes de vias cabe à Câmara Municipal, conforme a Lei Orgânica do Município, exigindo a edição de uma lei específica", diz a pasta.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.