História e poder: as experiências do passado, o domínio do presente e as possibilidades futuras do Estado Imperial (1838-1850)
2018 Atualizado em 10/06/2025 02:12:53
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vez mais próxima daquela que era usada, de fato, por Rodrigues dos Santos em São Paulo), é diferente da que se vê na gravura de Sisson.A condecoração imperial de Oficial da Ordem da Rosa, presente na pintura de Barandier, está também na gravura de Sisson, sendo que nesta, na folha de papel sobre a escrivaninha, pode-se ler “1846”, referência, por certo, ao ano em que havia ocorrido a concessão da con-decoração por D. Pedro II, por ocasião da visita do Imperador a São Paulo, como uma distinção conferida ao condecorado em seu próprio ambiente político de origem.
Aqui é preciso assinalar que poucos anos antes, Rodrigues dos Santos estivera junto de Rafael Tobias de Aguiar na Revolução Liberal de 1842 e, como consequência, havia sido condenado à prisão, razão pela qual se exilou no sul do país, tendo sido absolvido dois anos depois.
Quando o retrato ficou pronto, Barandier veio trazê-lo a São Paulo. Organizou primeiro uma exposição no Hotel do Lefèbre, no qual se hospedavam muitos franceses como ele, recém-chegados ou de passagem por São Paulo.
Em 29 de maio de 1859, o Correio Paulistano publicou uma crônica noticiosa sobre esta exposição fala em “retratos de mr. Barandier” que estavam expostos, permitindo-nos compreender que havia uma série de retratos e não um apenas. De fato, depois de comentar mais demoradamente o retrato do Dr. Gabriel Rodrigues dos Santos, a crônica menciona também “os retratos das senhoras que primam na galeria de mr. Barandier”.
O Museu Paulista tem em seu acervo dois retratos femininos, de cor-po inteiro, de autoria de Barandier, que podem ter sido expostos nessa ocasião. São eles o retrato de Balbina de Toledo Oliveira, Baronesa de Mogi-Mirim, e de sua filha, Angelina Leopoldina de Oliveira Adams. São ambas de corpo inteiro e de grandes dimensões, com cerca de 2m50 de altura por 1m70 de largura. Vieram integrar o acervo do Museu Paulista juntamente com o retrato de Manuel Claudiano de Oliveira, Barão de Mogi Mirim, (1794-1887), também de autoria de Barandier, por doação de Ana Val de Oliveira Adams e seus filhos.
Ao afirmar “Não sei onde, em que lugar da academia, será depositado o retrato do professor ilustrado, do distinto parlamentar, do orador consumado, que tão cedo desapareceu da arena política e científica do Brasil”, por demonstrar incerteza sobre o lugar de colocação do retrato, o cronista nos faz supor que naquele momento não haveria de fato uma sala que se pudesse presumir como destino certo para a pintura.
A ideia de uma galeria de retratos na Faculdade provavelmente sequer existia ainda naquele momento. Depois, em 1862, em nova notícia so-bre o pintor Barandier, há menção ao “sublime retrato do Dr. Gabriel José Rodrigues dos Santos que existe numa das salas da faculdade de direito” .66 O uso da forma “numa das salas” leva-nos a crer que o retra-to não estivesse em nenhuma sala (ou salão) em especial, que pudesse estar preparada para receber outras pinturas.BustosBustos escultóricos também eram forma usual de representar figuras ilustres. Também nesta forma o Dr. Gabriel Rodrigues dos Santos foi representado. Um busto em gesso – em dois exemplares -, fazia parte do museu particular do Coronel Joaquim Sertório, que viria depois a se constituir no núcleo inicial de acervo do Museu Paulista.67 (FIG. 8) 66 Correio Paulistano, 6 set. 1862, p.3.[p. 236]
Retrato de Angelina Leopoldina de Oliveira Adams Data: 01/01/1860 Créditos/Fonte: Claude Joseph Barandier
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