'Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida 0 01/01/1988 Wildcard SSL Certificates
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Heróis Indígena do Brasil. Memórias sinceras de uma raça. Autor: Geraldo Gustavo de Almeida
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Esclarecimento

Com raras exceções, os nossos historiadores não se referem - como deviam - aos brasileiros que resistiram, enquanto puderam, à dominação portuguesa, embora corra em suas veias forte dose de sangue ameríndio.

Por vaidade vã ou por omissão propositada, excluem nomes e fatos relacionados com indígenas talvez mais heroicos do que Tibiriçá, Araribóia e Poti, relegando-os à condição de "bárbaros cruéis", "antropofágicos", "inimigos", "contrários" e outros pejorativos, tudo pelo simples fato de terem lutado em defesa do seu território, da sua família e das coisas que eram suas, afinal arrebatados a ferro e fogo. [p. 11]

Não é demais repetir aqui as palavras de um índio do Rio de Janeiro dirigida aos franceses em 1558:

"Vós outros mairs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! [p. 14]

Parece que antes do século X a.C. os brasílicos transacionavam com povos da bacia do Mediterrâneo. Sabe-se que Salomão e Hirã, reis da Judéia e de Tiro, respectivamente, selaram um pacto de amizade e ajuda mútua, no qual foi prevista a exploração conjunta das riquezas de Ofir, "afortunado país rico em ouro, madeiras de lei, essências raras e outros produtos", que muitos supõem ser o Brasil. Para tanto, muitas naus teriam sido aprestadas e muitas viagens transatlânticas teriam sido efetuadas em busca da cobiçada terra.

A presença de fenícios, ou de outro grupo com eles aparentado, no Brasil, se não pode ser provada também não pode ser contestada. Não faltam indícios: a Pedra do Ingá, na Paraíba, e a Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, não foram cinzeladas à toa, e ambas contém inscrições assemelhadas à escrita fenícia. Há muitas outras evidências espalhadas por este imenso país, como a Gruta de Ubajara, no Ceará, e as ruínas de pedra e cal encontradas pelos primeiros portugueses na região de Tutóia, no Maranhão. O famoso cedro do Líbano não apareceu ali por acaso e nem os traços característicos da cerâmica marajoara foram criados pelos índios da Ilha de Marajó, por coincidentemente situada na boca do Amazonas, por onde poderiam entrar centenas de léguas as naus de Tiro, Sidon, Biblos, Cartago e (quem sabe?) até de Cnossos.

Vejamos o que diz frei Gaspar de Carvajal, narrador-mor da trepidante viagem de Orellana pelo Amazonas em 1542:

"Saindo das terras do senhorio de Machiparo penetraram os viajantes nas de outro grande senhor - e em uma aldeia pouco adianta da foz do Rio Purus puderam apreciar com espanto o grau de perfeição da cerâmica dos bugres da região - possivelmente um indício eloquente de que alguns agrupamentos indígenas haviam se afastado da barbárie primitiva. Dentro de uma casa encontraram muita louça dos mais variados feitios: havia talhas e cântaros enormes, de mais de vinte e cinco arrobas e outras vasilhas pequenas, como pratos, escudelas e candeeiros, tudo da melhor louça que já se viu no mundo, porque a ela nem a de Málaga se iguala. É toda vidrada e esmaltada de todas as cores, tão vivas que espantam, apresentando além disso desenhos e figuras tão compassadas, que naturalmente eles trabalham e desenham como o romano."

Nesse local os homens de Orellana ainda tiveram oportunidade de ver dois ídolos: "eram de estatura gigantesca e tinham metidos no moledo dos braços umas rodas, a modo de braceletes, e outras panturrilhas, perto dos joelhos; as orelhas eram perfuradas, e muito grandes, parecendo as dos índios de Cusco..."

O cronista da expedição espantou-se mais ainda quando viu uma edificação de traços orientais numa povoação além da foz do Negro: "no meio da praça um grande pranchão de dez pés em quadrado, pintado e esculpido em relevo, figurando uma cidade murada com sua cerca e uma porta, desta última subindo duas altíssimas torres com janelas - e toda essa obra sustentadas sobre duas figuras de leões".

Por oportuno, é bom lembrar que na América não havia leões (nem de circo). Como então a figura desses felinos apareceu no Amazonas? Será que a fantasia tomou conta da cabeça do frade? [p. 15, 16]

Primeiros visitantes

Pouco antes de Cabral tomar posse do solo brasileiro em nome do Rei de Portugal, alguns navegadores a serviço de Castela haviam tocado em vários pontos da costa, inclusive escravizando indígenas para apresentá-los no Velho Mundo como curiosidade.

Vicente Yañez Pinzón, a quem o historiador argentino Ricardo Levene atribui o descobrimento do Brasil, tentou contato com os caetés de Pernambuco, sendo repelido. Subindo a costa, chegou às ilhas da foz do Amazonas, onde foi hospitaleiramente recebido pelos naturais. Aproveitando-se da confiança dos índios, pegou à força 36 e levou-os para vender como escravos. Somente vinte chegaram na Europa, pois os demais morreram durante a travessia atlântica. A condenável atitude do nauta espanhol, imitada posteriormente por todos os que aqui aportaram, evidência a má-fé dos europeus de antanho, ávidos de fortuna, cujos baixos expedientes eram cinicamente utilizados para os mais escusos fins.

Alguns dias depois de Pinzón, apareceu Diego de Lepe, o qual, como informa o mestre Afonso Arinos, "arrebanhou alguns índios entregando-os ao bispo João da Fonseca, em Sevilha".

Quando Cabral chegou em 1500, tudo eram foram e florestas. Os brasileiros viviam tranquilamente, num imperturbável e paradisíaco ócio, somente alterado pelas desavenças intertribais, geralmente advindas de motivos fúteis, mas que se constituíam em agitado entretenimento marcial. E será dessas dissenções que os invasores irão tirar o máximo proveito, açulando tribo contra tribo, para assim enfraquecê-las e facilitar a conquista.

A receptividade dos naturais para com os primeiros visitantes é inegável, pelos menos até 1530, como adiante veremos. Não há notícia de qualquer ação hostil dos indígenas até o advento das Capitanias, quando os colonos chegavam em número cada vez maior para maltratá-los e escravizá-los.

Vejamos como Southey descreve alguns momentos da estada de Cabral entre os tupiniquins da Bahia:

"Ao romper a aurora do dia quinta-feira, governou a frota direta à terra, indo adiante os navios de menor calado sempre a sondar, até que chegaram a meia légua da praia; ali ancorou toda a esquadra em nove braças de água defronte da foz de um rio. Nicolau Coelho, o mesmo que comandara um dos galeões de Vasco da Gama na sua célebre viagem, foi mandado a reconhecer a torrente. Ao entrar, a ele já uns vinte selvagens haviam se reunido sobre a margem, armados de arcos e setas, apercebidos para a defesa, mas sem intenção de procederem como inimigos, salvo vendo-se em perigo. Eram cor de bronze escuro, e estavam inteiramente nus. Coelho fez-lhes sinal que depuseram as armas, no que de pronto obedeceram. Seguiu-se uma entrevista amigável com troca de presentes".

E continua o grande historiador: "Afonso Lopez, um dos pilotos, teve ordem de ir sondar o ancoradouro, de onde voltou com dois indígenas, apanhados numa canoa a pescar. Um deles trazia arco e setas. Muitos dos seus conterrâneos estavam na praia, armados de igual forma, mas apesar deste ato de agressão nada fizeram para ofender os portugueses".

A agressão mencioada por Southey foi a prisão dos dois índios, assistida por muitos outros que, assim mesmo, não procuraram intervir, como era de se esperar. Tal atitude representa uma inequívoca demonstração de tolerância do indígena brasileiro.

Southey diz mais: "Desembarcou um dos portugueses e meteu-se entre os índios; ofereceram-lhe estes água de suas cabaças, e acenaram aos outros que também viessem à terra. Cabral porém voltou às naus para jantar, indo as trombetas e anafis a tocar nos batéis. Da praia acompanhavam os indígenas a música, gritando, dançando, soprando buzinas, atirando setas para o ar, e erguendo os braços para o céu em ação de graças pela chegada de tais hóspedes. Alguns entraram pelo mar, seguindo os portugueses até que a água lhes deu nos peitos; outros foram nas canoas visitar a armada, acompanhados de muitos que atrás deles nadavam, homens e mulheres, movendo-se com tanta facilidade, como se fora aquele seu natural elemento".

Gestos e mímicas serviram como veículo de entendimento entre a marujada cabralina e os donos da terra durante os trinta dias em que permaneceram no litoral baiano. Trocaram presentes e dançaram juntos, com grande alegria de lado a lado. O congraçamento foi total, de uma parte imperando a ingenuidade e, de outra, a malícia. As nossas índias foram consideradas desde logo como sendo mais belas e mais bem feitas do que as lisboetas e devem ter causado uma excitação fora do comum naqueles homens sedentos de sexo.

Era tanta a confiança dos índios que três deles embarcaram numa das naus (não se sabe se de moto próprio ou se induzidos pelo vil convencimento de estarem "indo para o céu"), a fim de ficar comprovada, com a sua presença física, a veracidade do descobrimento. Parece que dos três somente um chegou vivo e é Simão de Vasconcelos quem descreve a sua chegada na corte:

"Esse selvagem foi recebido em Portugal com alegria do Rei e do Reino. Não se fartavam os grandes e pequenos de ver e ouvir os gestos, a fala, os maneiros daquele novo indivíduo da geração humana. Uns o tinham por um Semicapro, outros por um Fauno, ou por algum daqueles monstros antigos, entre poetas celebrados".

Para compensar a ausência dos três índios que acabara de mandar para Lisboa na caravela de Gaspar de Lemos, alí mesmo deixou Cabral dois degredados - Afonso Ribeiro e Diogo Dias - a fim de que aprendessem a língua brasílica para facilitar contatos posteriores. Chorando e lamentando o seu infortúnio os dois infelizes suplicavam que não os deixassem em terra, no que foram apoiados pelos naturais que com eles logo ficaram solidários. De nada adiantaram os apelos e os dois homens somente lograram embarcar no ano seguinte, num dos navios de Vespúcio.

Na segunda viagem de Vespúcio ao Brasil, em 1501, dois dos seus marujos desapareceram em terra e outro foi morto por uma índia em Pernambuco, sem que se saiba o motivo. Mas isto não é difícil de entender: considerando os três meses gastos na travessia atlântica, não está fora de cogitação supormos que a causa do acidente bem que poderia ter sido a exacerbação da lascívia naquele homem, ao ver jovens e belas indígenas completamente nuas, transformadas em ninfas pela imaginação de um prolongado jejum sexual. [p. 17, 18, 19, 20]

Depois do desagradável incidente, assistido por grande parte da tripulação, Vespúcio dirigiu-se a Porto Seguro, onde recebeu a afável acolhida dos naturais. Recolheu os dois degredados deixados por Cabral no ano anterior, bem como três indígenas que voluntariamente resolveram acompanhá-lo, na certeza de estarem "indo para o céu". Em Cananéia deixou um degredado que se supõe tenha sido o famoso ´bacharel´, trinta anos depois encontrado por Martim Afonso de Sousa mercadejando escravos indígenas. Numa carta ao Rei, Vespúcio diz que os índios viviam em média 150 anos e que as mulheres eram "assaz belas e bem formadas, e que nenhuma delas, entre as que viu, apresentava seios caídos".

Varnhagen informa que quando Gonçalo Coelho passou pela Baía de Guanabara em 1503 dois dos frades teriam sido sacrificados pelos índios, sem, contudo, explicar o motivo. Posteriormente Nóbrega esclarece que os religiosos foram mortos por culpa dos próprios cristãos. Talvez por se julgar representante de uma raça superior, Varnhagen tinha inexplicável aversão aos índios. Todavia, analisando os depoimentos de vários cronistas chegaremos à conclusão de que o índio só era inferior ao europeu na astúcia, mas era bem superior em moral, força física e porte.

O historiador catarinense Oswaldo Cabral informa que o francês Binot Paumier de Gonneville aportou em Santa Catarina em janeiro de 1504 comandando um barco de 120 toneladas tripulado por sessenta homens. Todos foram muito bem recebidos pelo cacique Arosca. Ali ficaram durante seis meses fazendo amizades e trocando quinquilharias por produtos da terra. A confiança demonstrada pelos índios foi tanta que o cacique permitiu que seu filho mais novo, Formiga Pequena, partisse com o navegante, na condição de regressar ao cabo de "vinte luas". O jovem índio, porém, adaptou-se tão bem na Europa que acabou ficando por lá, casando-se com a filha do anfitrião.

Gonneville, tomado de afeição pelo hóspede carijó, deixou-lhe os bens, em testamento, desde que usasse o escudo e o nome da família. Qual foi o português que teve atitude semelhante? Nenhum, ao que se sabe. Mas isto é fácil de explicar: enquanto a França mandava para cá nobres e pessoas cultas, Portugal enviava pseudofidalgos, homens rudes e oportunistas, além de degredados.

Outra vez, o mestre Afonso Arinos nos adianta que em 1509 o capitão Tomás Albert esteve navegando ao longo da costa brasileira, no comando do navio La Penseé, pertencente ao famoso armador Ango.

(...) No dia 17 de abril de 1511 a célebre nau Bretoa fundeou na Baía de Todos os Santos. Dali saiu a 12 de maio seguinte, chegando em Cabo Frio catorze dias depois.[p. 20, 21, 22]

Nesse porto permaneceu mais de dois meses, período suficiente para que seus tripulantes pudessem transacionar à vontade com os naturais que Vespúcio conhecera sete anos antes. A nau, apesar do nome, era tripulada por portugueses e o seu capitão, Cristóvão Pires, certamente a serviço do ricaço Fernando de Noronha, tinham ordem expressa para não conduzir escravos. Mas a determinação, como outras posteriores, não foi cumprida e a nau partiu para Portugal levando além de madeiras, mamíferos, aves, e trinta e seis escravos distribuídos da seguinte forma:

cinco com o capitão (dois rapazes e três moças) e mais uma moça especialmente encomendada por um tal Francisco Gomes que ficara em Portugal; cinco para o escrivão Duarte Fernandes (um rapaz e quatro moças) e mais outras quatro destinadas a uns indivíduos que não fizeram parte da viagem; três para o mestre da nau, Fernando Vaz (um homem e duas mulheres); nove para o piloto João Lopes (três homens e seis mulheres); cinco para o despenseiro Jurami (um rapaz e quatro moças); o marinheiro Nicolau Rodrigues contentou-se com uma escrava, tal como o contramestre Antônio que levou apenas uma moça; o marinheiro calafate Pedro Anes e o grumete Diogo Fernandes (os dois únicos solteiros) preferiram levar escravos homens, tocando um para cada um.

Estamos dando conta dessas viagens com o intuito de mostrar que os brasílicos eram amigáveis, ingênuos, passivos e até submissos, ao invés de hostis e agressivos como querem alguns. A agressividade dos brasís para com os brancos foi por estes induzida, evidenciando-se somente depois da chegada dos primeiros colonos que para cá vieram explorá-los, maltratá-los, escravizá-los e arrebatar suas mulheres, filhas e irmãs, afora a terra que usurparam com sangue.

O ilustre Varnhagen, sempre infenso aos índios, afirma noutra oportunidade que um certo João Coelho, ao costear o litoral norte, fora acometido pelos indígenas, que teriam matado o arauto Diogo Ribeiro. O insigne historiador omite o local, a data e o porque do suposto acontecimento.

Em 1513 Jorge Lopes Bixorda levou à presença do Rei D. Manuel três índios brasileiros, todos vestidos de penas. Esses brasílicos deslumbraram o soberano português ao demonstrar sua perícia no uso do arco e da flecha, atirando em alvos móveis. Ainda naquele mesmo ano um navio português arribou da costa norte do Brasil para as Antilhas, com vários índios a bordo, em virtude de um levante comandado pelo espanhol Pero Galego que servia de intérprete entre franceses e potiguaras. [p. 22, 23]

Embora seja discutível a exatidão da data, a outrora famosa "Nova Gazeta do Brasil", editada na Europa, conta que uma nau levou um índio com o único objetivo de entreter o Rei de Portugal, fazendo pantomimas e contando estórias de fabulosas minas de ouro e prata. Além do carijó folgazão a dita embarcação teria levado também muitos jovens índios, de ambos os sexos, para serem vendidos como mercadoria.

Juan Dias de Solis, navegador português, ao passar pela costa brasileira quando ia, a serviço de Castela, em busca de uma passagem para o Pacífico, fez escalas em Cabo Frio, Rio de Janeiro e Cananéia. Ao chegar ao Rio da Prata tentou agarrar alguns índios à força, mas deu-se mal: os charruas o devoraram com incrível ferocidade. Este infausto acontecimento determinou o regresso imediado dos seus companheiros, indo uns refugiar-se junto aos carijós de Santa Catarina, enquanto outros partiam para a Europa levando 50 toneladas de pau-brasil.

A mando de D. Manuel, Cristóvão Jaques esteve no Brasil entre 1516 e 1519, com a incumbência de afastar os castelhanos. Fundou uma feitoria em Pernambuco e encontrou os nove companheiros de Solis já perfeitamente entrosados com os carijós catarinenses.

João Lopes Carvalhinho, piloto-mór da frota de Magalhães, entrou na Bahia de Guanabara em 1519 e ali recolheu um menino (filho que tivera anteriormente com uma índia) o qual teria sido o primeiro brasileiro a fazer uma viagem em torno da Terra se o escorbuto não o vitimasse quanto a frota já singrava águas do Pacífico.

Também em 1519, o navio de D. Luís de Gusmán em vez de ir para a Índia, aonde se destinava, veio dar com os costados do litoral do sul do Brasil, em local que Varnhagen preferiu ignorar, afirmando, porém, que lá o fidalgo castelhano teria deixado "cinquenta e três tripulantes que foram sacrificados pelos índios". O grande historiador omite o local da suposta tragédia e não menciona o motivo desse duvidoso sacrifício coletivo. Note-se que o litoral sul era habitado por índios carijós, já acostumados com a presença de europeus, principalmente castelhanos. [p. 23]

Em julho de 1525 D. Rodrigo de Acuña saiu da Espanha com destino às Molucas, malogrando nas proximidades do Estreito de Magalhães, onde pereceram dois dos seus auxiliares. Desistindo de continuar virou a proa do seu navio para o norte e veio esbarrar num porto ao sul da Ilha de Santa Catarina, achando refúgio entre os carijós e os castelhanos companheiros de Solis, que ali estavam, havia dez anos, em perfeita harmonia com os naturais. Eram os mesmos que Caboto iria encontrar logo depois. Esses castelhanos e seus anfitriões carijós provisionaram o navio de D. Rodrigo e deram tais informações da terra à tripulação que esta não quis mais acompanhar o chefe, preferindo ficar. Antes os apelos de D. Rodrigo alguns resolveram embarcar, ficando em terra trinta homens, induzidos pelos conterrâneos que ali já estavam. Dali D. Rodrigo e os que lhe seguiram velejaram par a Baía de Guanabara, onde fizeram uma reunião para decidir se voltariam para a Espanha ou se retomariam a viagem inicialmente prevista. Prevaleceu a primeira opção. Assim decidido, infletiram para o norte e entraram na Baía de Todos os Santos para efetuar um carregamento de pau-brasil. Pensavam que levando a mercadoria poderiam atenuar as críticas de que certamente seriam alvo na sua pátria.

Nove homens foram à terra e não mais voltaram, fato que inspirou o indigenófobo Varnhagen a supor que teriam sido devorados pelos índios. Mas não havia ainda chegado a hora dos brasílicos passarem a comer os brancos e nem motivos para isso. É mais crível que aqueles homens, inculcados pelos seus compatriotas desde Santa Catarina, tivessem decidido fugir e ficar, como antes quiseram, atraídos, talvez, pela sensualidade das índias do Recôncavo. [p. 24]

Com a vinda de Martim Afonso de Sousa e seus colonos, a secular tranquilidade dos indígenas vai se transformar num longo e tenebroso pesadelo, sentido até hoje pelos poucos remanescentes da raça dizimada.

Inicialmente aquele colonizador desceu em Pernambuco. Deu algumas ordens ao pessoal de uma recém-destruída feitoria e em seguida velejou para a Bahia. Aí desembarcou centenas de pessoas e animais. A grande maioria desse contingente era constituída de indivíduos viciados, maus elementos e proscritos do Reino, que iriam disseminar entre os índios a desonestidade e toda sorte de doenças.

No Diário de Navegação de Pero Lopes, irmão de Martim Afonso, estão narrados alguns fatos reveladores da pacífica índole dos índios:

"Aqui estivemos tomando água e lenha, e corregendo as naus, que dos temporais que nos dias passados nos deram, vinham desaparelhadas. Nesta baía achamos um homem português que havia vinte e dois anos que estava nesta terra, e deu razão larga do que nela havia. Os principais homens da terra vieram fazer obediência ao capitão; e nos trouxeram muito mantimento, e fizeram grandes festas e bailes, amostrando muito prazer por sermos aqui vindos". Isto aconteceu na Bahia de Todos os Santos.

Noutra parte do mesmo Diário, referindo-se à estada de Martim Afonso na Guanabara, o escriba diz:

"Daqui mandou o capitão quatro homens pela terra adentro: e foram e vieram em dois meses; e andaram pela terra dentro cento e quinze léguas e as sessenta e cinco delas foram por montanhas mui grandes, e as cinquenta foram por um campo mui grande; e foram até darem com um grande rei, senhor de todos aqueles campos, e lhes fez muita honra, e veio com eles até os entregar ao capitão J.; e lhes trouxe muito cristal e deu novas como no rio Paraguai havia muito ouro e prata".

A narração, como outras elaboradas por visitantes do Século XVI, é um tanto ou quanto enfeitada. O "grande rei" mencionado no documento era provavelmente um morubixaba da Baixada Fluminense ou do Vale do Paraíba, enquanto as "montanhas mui grandes" poderiam ser a Serra dos Órgãos ou da Mantiqueira.

Martim Afonso demorou-se três meses na Baía da Guanabara tomando mantimentos para um ano destinados a alimentar quatrocentos homens que trazia. Aproveitou a estada e fez ali mesmo dois bergantins de quinze bancos cada um. Navegando para o sul, chegou à região de Cananéia. Ali determinou ao piloto Pedro Anes, entendido na língua brasílica, que desse uma olhada na área para falar com alguém. Depois de cinco dias o piloto voltou trazendo no seu bergantim um bacharel português que por ali estava desde 1502 em franca atividade no comércio de escravos indígenas.

Fora deixado ali por Vespúcio, na sua segunda viagem, como degredado. A expedição aí ficou quarenta e quatro dias explorando os contornos da região até a Baía de Paranaguá. Nessa ocasião partiram terra dentro os aventureiros Pero Lobo e Francisco de Chaves, em busca de ouro e escravos. Dez anos após, Cabeza de Vaca informava que a dita expedição fora dizimada pelos carijós. [p. 26, 27, 28]

Houve muitos exterminadores cujos feitos condenáveis são sadicamente exaltados por certos historiadores, sem que se possa entender a razão desse insano posicionamento. Insistem em colocá-los em pedestais e se comprazem em denegrir a figura dos ancestrais indígenas. Entre os exterminadores que são tratados como heróis pela História do Brasil, damos a seguir uma pequena amostra;

Antônio de Salema, governador das Capitanias do Sul, em 1575 promoveu a terrível chacina dos remanescentes tamoios de Cabo Frio. [p. 34]

Miguel - Índio guarani. Em 1541 serviu de guia a Alvar Nuñez Cabeza de Vaca no percurso entre o rio Tibaji e Assunção, onde residira algum tempo. Vinha o índio de lá e ao encontrar o adelantado ofereceu-se para guiá-lo. Aceitando o oferecimento, Cabeza de Vaca dispensou os índios de Santa Catarina, que até ali o haviam acompanhado, chegando em Assunção no dia 11 de março de 1542, depois de 143 dias de viagem. [p. 95]

PINDOBÊ - Cacique guarani da região de Guairá. No momento em que estava armando uma cilada para prender e comer o padre Montoya, foi atacado por Taiobá. Escapou da refrega com mais três companheiros. (Século XVII).

Piquerobi - Chefe guaianá de grande influência. Era irmão de Tibiriçá. Sua aldeia ficava onde está hoje São Miguel, São Paulo. Ao contrário do irmão [p. 104]

Tibiriçá (Formiga Velha) - Cacique guaianá, irmão de Araraí e de Caiubi. Aliciado pelo genro branco João Ramalho, o famoso cacique tornou-se aliado dos invasores. Foi um grande benfeitor dos estrangeiros, traindo os da sua própria raça, como fez Araribóia. Quando Tomé de Sousa criou a vila de Santo André, em 1553, Tibiriçá não se opôs. [p. 114]

1628 - Bandeirantes atacam as reduções jesuíticas do Guairá; 15 mil guaranis são escravizados; postos a ferros e levados para São Paulo. O cacique Taiobá, aliado dos castelhanos, enfrenta os paulistas. [p. 127]

Taiobá - Cacique guarani. Por muito tempo foi o terror dos castelhanos, pelos quais nutria ódio mortal em decorrência de uma traição de que fora vítima. Alguns anos antes uma autoridade de Assunção convidara-o, com mais outros três guerreiros, para ir a Vila Rica, e ali os prendeu a ferros, para obrigar sua troca por certo número de escravos. Foram ameaçados e açoitados, mas nada disso valeu. Preferiram morrer com grandeza do que satisfazer a avareza dos seus algozes. Embora acorrentado Taiobá conseguiu fugir e jurou vingança contra todo espanhol que lhe caísse nas mãos. Em vão tentaram apaziguá-lo. Não recebia mensageiros brancos e quando estes eram índios, devorava-os. O padre Montoya e seus amigos certa vez foram recebidos a flechadas. As proezas de Taiobá ensejaram-lhe o epíteto de "Guaçu". Mais tarde o jesuíta conseguiu convertê-lo, mas a conversão enfraqueceu seu poder sobre os índios, principalmente os feiticeiros, que passaram a hostilizá-lo. Em 1627 Taiobá havia atacado os bandeirantes paulistas. [p. 111]

Tambiú - Tuchaua da região do Paranapanema, Minas Gerais. Em 1611 foi atacado pela bandeira de Fernão Paes de Barros que apresou oitocentos índios deste cacique. [p. 112]

Tataurana - Cacique guarani. Em 1626 foi injustamente preso por Simão Álvares. Conseguiu fugir e foi refugiar-se na aldeia de Santo Antônio, sob a proteção do padre Mola, mas o bandeirante Antonio Raposo Tavares deu ordem a Simão para atacar a aldeia e prender o cacique não obstante o protesto dos jesuítas. [p. 113]

Cronologia

1500 - Estima-se entre 3 e 5 milhões a população indígena do Brasil.
- Vicente Yañez Pinzón pega à força 36 indígenas nas costas do Amapá e os conduz escravizados para a Europa; é o primeiro ato de violência cometido por europeus contra índios brasileiros.

- Cabral alicia três tupiniquins de Porto Seguro e os manda para Portugal como prova do descobrimento da "Ilha de Vera Cruz".

1504 - O Carijó Içamirim embarca para a França e ali dá origem aos mamelucos da Bretanha.
1509 - Diogo Álvares, o Caramuru, e mais oito portugueses, vítimas de naufrágio, são recolhidos pelas indígenas da Bahia.
1511 - A nau "Bretoa" leva de Cabo Frio para Portugal 36 indígenas escravizados.
1522 - Aleixo Garcia sai das costas do Paraná com dois mil índios e chega no império dos incas antes de Pizarro.
1528 - Diogo Leite pede ao Rei para levar dez escravos indígenas para Portugal.
1531 - Os tamoios impedem a presença de Martim Afonso de Sousa no Rio de Janeiro, local inicialmente cogitado para lançar os fundamentos da colonização.
- Francisco de Chaves é incumbido por Martim Afonso de ir ao sertão buscar 400 índios carregados com ouro e prata; a expedição é dizimada pelos carijós, provavelmente insuflados pelo castelhano Rui Moschera.
- Pero de Góes remete 70 escravizados indígenas para Portugal.
1533 - Pero de Góes e Rui Pinto são incumbidos de castigar os carijós, supostamente culpados do massacre da expedição de Francisco de Chaves.
1534 - A criação das Capitanias Hereditárias e a vinda de colonos, cada vez em maior número, aumenta o perigo contra a liberdade dos índios.
1538 - Três caravelas portuguesas transportam para Porto Rico 140 índios escravizados e livres.
1540 - Fugindo à escravidão, 12 mil índios de Pernambuco e da Bahia migram para o oeste; trezentos deles chegaram ao Peru, depois de uma penosa jornada de cinco mil quilômetros através de serras, florestas, rios e pântanos.
1547 - Carijós do sul de São Vicente são assaltados por preadores e vendidos em várias Capitanias.
- Os tamoios assaltam São Vicente e matam mais da metade da população da pequena povoação.

(...) 1561 - Sai de São Paulo a primeira bandeira de caça aos índios do Anhembi (Tietê), da qual o padre Anchieta faz parte como intérprete.
(...) 1579 - O capitão-mór de São Paulo, Jerônimo Leitão, inicia a guerra contra os carijós que vai se estender até 1592, "porque a terra estava pobre e não tinha escravarias"; nesse meio tempo destrói trezentas aldeias no Anhembi (Tietê) onde viviam cerca de 30 mil indígenas.... 1592 - Afonso Sardinha move uma guerra contra os índios que iria durar sete anos; neste mister foi secundado pelos exterminadores Jorge Leitão e João do Prado.
1601 - A Câmara de São Paulo tenta obter do governador Francisco de Sousa licença para arrendarem "índios de paz ou guerra pelo muito prejuízo que a terra recebia com a remessa de escravos para a Bahia".
1602 - Contrariando ordem real, Nicolau Barreto arregimenta 300 portugueses, além de muitos índios e mamelucos, e parte de São Paulo "à procura de minas de ouro e prata"; chega ao Rio das Velhas e vai até o sertão de Paracatu; em vez de metais preciosos, ele arrebanha e escraviza 3 mil indígenas.
1610 - Clemente Álvares e Cristóvão de Aguiar vão ao oeste de São Paulo perseguir os boipebas.[p. 121]

1611 - Luís de Sousa, governador das Capitanias do Sul, manda à sua custa uma expedição ao Guairá com finalidade de prear indígenas para a lavra das minas; o comando da bandeira cabe a Pedro Vaz de Barros.
- Fernão Paes de Barros comanda uma bandeira e atinge o Paranapanema, destruindo as aldeias que encontra pelo caminho; a bandeira apresa 800 índios do cacique Tambiú, mas no ano seguinte é destruída pelo governador do Guairá, Antônio Anasco.
- Diogo Fernandes vai fustigar os carijós.
1612 - Enquanto Garcia Rodrigues persegue os bilreiros, Sebastião Preto faz a prá de 900 índios mansos no Guairá. [p. 126, 127]


26 de janeiro de 1500, sexta-feiraID: 9016
Vicente Yáñez Pinzón atinge o Cabo de Santo Agostinho no litoral de...
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abril de 1501ID: 230
Expedição da qual fazia parte o Américo Vespúcio chegou em Porto Se...
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24 de janeiro de 1502, sexta-feiraID: 21460
A armada de André Gonçalves chegou a Cananéia
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novembro de 1503ID: 236
Vespúcio fundou a feitoria do Rio de Janeiro*
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6 de janeiro de 1504, quarta-feiraID: 27138
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Binot, o navegador francês levou consigo para a Europa Içá-Mirim, o...
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Chegam em abril na feitoria da Bahia de Todos os Santos, muito próx...
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12 de maio de 1511, sexta-feiraID: 248
Deixam Salvador
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26 de maio de 1511, sexta-feiraID: 249
Chegaram em Cabo Frio
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25 de dezembro de 1519, quinta-feiraID: 24949
Três embarcações adentram a baía de Guanabara
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Portugueses (com a expedição de Aleixo Garcia) e espanhóis passam a...
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Uma frota espanhola partiu do porto de Sevilha com o objetivo de re...
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26 de março de 1526, sexta-feiraID: 310
Ancoraram na ilha de Santa Catarina
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15 de junho de 1527, quarta-feiraID: 22080
Terra do Brasil passou a ser chamada apenas Brasil
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Envio de Diogo Leite
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Fundeou Martim Afonso
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1 de agosto de 1531, sábadoID: 342
Pedro Agnez é enviado a terra
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Foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes
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30 de dezembro de 1899, sábadoID: 22126
Cabeza de Vaca desembarca em Santa Catarina
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11 de março de 1542, quarta-feiraID: 10231
Chega a Assunção do Paraguai a expedição de Alvar Nuñez Cabeça de Vaca
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3 de junho de 1542, quarta-feiraID: 15929
Francisco de Orellana “descobre” o Rio Negro
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Um assentamento espanhol a “duas léguas da volta do Rio da Prata”
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Ataque aos índios tamoios
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Jerônimo Leitão ataca as aldeias das margens do Anhembi (Tietê)
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30 de setembro de 1592, quarta-feiraID: 12094
Afonso Sardinha é eleito capitão da guerra contra os índios
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3 de setembro de 1602, terça-feiraID: 26402
Partida
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31 de outubro de 1610, domingoID: 20606
Clemente Alvares está no sertão com sua tenda de ferreiro
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14 de novembro de 1611, segunda-feiraID: 20734
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Fonte: Muhamad Ali se recusou a entrar no Exército dos Estados Unidos e a participar da guerra Vietnã



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