29 de novembro de 1970, domingo Atualizado em 30/10/2025 06:06:30
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40 - MANEQUINHO MESTRE Manoel Theodoro de Aguiar, o Manéquinho Mestre, foi figura de destaque no Velho Botucatu. Fazendo indagações sobre sua pessoa, ouvi coisas assim:- Foi um bom botucatuense, como qualquer outro dos tidos como tal. - Era um cidadão notável pelos serviços que prestou , como educador e como funcionário de Justiça.- Constituiu-se num líder católico.- Foi o maior carola do mundo! Mas, afinal, quem era o homem?
Manoel Theodoro de Aguiar, nasceu em Botucatu, aos 24 de outubro de 1847. E aqui faleceu aos 71 anos de idade, no dia 16 de janeiro de 1919. Foi casado em primeiras núpcias com Francisca (Tatata) do Amaral. Pelo falecimento desta, em segundas núpcias, consorciou-se com Antoninha, sua cunhada. Desses casamentos não houve filhos.
As esposas de Manoel Theodoro de Aguiar, eram irmãs de Francisco Egidio do Amaral, o Barão do Amaral, mais conhecido como Chico Picão. Esse título nobiliárquico não era da nobreza imperial. Chico Picão era do baronato papalino, título concedido pelo Vaticano. Diziam as más línguas, que o titulo custara duas mil arrobas de café. E o apelido Picão? Viera da amizade que o Barão tinha pelo Chico Pelêgo, em verdade Francisco Barbosa da Cunha e Mello, com o qual andava sempre junto.
Manoel Theodoro de Aguiar tinha dois irmãos. Um era Tobias de Aguiar, pai do Prof. Elói Tobias de Aguiar, que foi genro de Felipe dos Santos. O outro era Antonio de Aguiar, apelidado o “Sabugueiro”. É bom não confundir com um outro Sabugueiro – Antoninho – filho de Antonio Ignácio de Oliveira, que apareceu mais tarde, e foi sogro do Prof. Áureo Fernandes Leite. Em 1878, Manoel Theodoro de Aguiar, já era professor de uma das cinco escolas existentes em Botucatu. As outras escolas eram regidas por dona Chiquinha Cananéia ( a primeira professora a lecionar na terra ), pelo professor Atanázio Ouriques de Carvalho e pelo casal Mariquinha Leme-Salvador Benedito Galvão. Desse tempo e função, é que veio a alcunha de Manéquinho Mestre, pelo qual era conhecido. Com o cargo de professor, Manéquinho acumulava as funções de “aferidor de pesos e medidas do Município”, cargo que exerceu até 1890. Nessa data, Manequinho Mestre demitiu-se do cargo de professor e deixou de ser o aferidor de pesos e medidas. Fora nomeado Contador, Partidor e Distribuidor, do Foro local, cargo que exerceu até sua morte. O cartório funcionava em sua residência, à rua Cesário Alvim, em frente à Farmácia Glória. Quando Manéquinho faleceu, foi substituído ( 1919 ), pelo Sr. Guilherme Machado, que era seu auxiliar juramentado. Guilherme Machado, reside ainda em Botucatu. Após quarenta anos, de efetivo exercício, mais ou menos, aposentou-se. E foi titular do cargo. Manéquinho, além de personalidade, tinha cultura geral. Muito bem apessoado, dono de uma barba bem cuidada, trajava-se corretamente. Estava em tudo na vida local. Tomava parte em todas as iniciativas pró-Botucatu. Era o secretário perpétuo de reuniões e assembléias, políticas ou não, que se realizavam nos movimentos coletivos da terra. Mas era na Igreja que Manoel Theodoro de Aguiar atuava decididamente. Católico praticante. Presidente da Irmandade do Santíssimo. Fabriqueiro da Matriz ( encarregado da Fábrica, isto é, de administrar os rendimentos da paróquia ). Tornou-se um líder de sua confissão religiosa. É por isso, que os boquirrotos o taxavam de o maior carola do mundo. Mas o homem era admirado mesmo, quando dirigia a orquestra e o coro da Matriz. Além de regente, era o organista. Os outros músicos foram: Veiga Russo ( forte negociante ), no oficleide ; Bonifácio Rocha, violino; Salvador Benedito da Silva, ( o Salvador Seleiro ), no trombone. Como cantoras, apareciam Malvina Conceição (Dona), que se casou com Napoleão de Barros; Ana Rita e Antoninha, cunhadas de Manéquinho Mestre; e Sinhá, irmã de Agenor Nogueira. O coral botucatuense fazia sucesso. Diziam os adversários de Manéquinho Mestre, que não podiam compreender, como ele, religioso e piedoso ao máximo, usasse e abusasse da palmatória em sua escola. Suas palmas toadas eram temidas. Mas esses faladores se esqueciam de que na época, a famigerada “Santa Luzia de cinco olhos”, fazia parte do equipamento pedagógico das escolas. . . E ainda diziam, que antigamente a escola era risonha e franca. . . Há meio século, que Manéquinho Mestre partiu. Mas não foi esquecido. Muita gente se lembra dele, sempre alinhado, sempre religioso, servindo sua terra e sua gente. E, principalmente, praticando sua religião. Sem respeito humano.( Correio de Botucatu – 29/11/1970 ) << voltar
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.