Personalidades Históricas do Rio Grande do Norte (séc. XVI a XIX), Coordenação e redação Tarcisio Rosas. Natal: Fundação José Augusto - Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, 1999. Págs. 25 / 26. - 01/01/1999
Personalidades Históricas do Rio Grande do Norte (séc. XVI a XIX), Coordenação e redação Tarcisio Rosas. Natal: Fundação José Augusto - Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, 1999. Págs. 25 / 26.
1999 Atualizado em 25/07/2025 05:34:19
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Manuel de Mascarenhas HomemManuel de Mascarenhas Homem Capitão-morColonizador Portiguar
HOMEM, Manoel de Mascarenhas - Capitão-mor de Pernambuco em fins do século XVI e comandante da expedição ao Rio Grande, em cumprimento às Cartas Régias de 09.11.1596 e 15.03.1597, que autorizavam a construção de uma fortaleza na foz do Rio Potengi e de uma cidade “em lugar conveniente”, de sorte a neutralizar “intrusas relações comerciais estrangeiras”. Para tal contaria com o apoio irrestrito do Governador Geral do Brasil, Francisco de Souza, e do Capitão-mor da Paraíba, Feliciano Coelho. A menção a “estrangeiros” dizia respeito especialmente aos franceses, que aqui já possuíam considerável estrutura: cais de atracamento, depósito, estações de troca, intérpretes, etc. Observa Tarcísio Medeiros: O apoio oficial dos reis de França (...) engajava ainda os franceses às aventuras em terras do pau-brasil (Proto-História do Rio Grande do Norte, p. 204). Completa, adiante (op. cit., mesma página): As cartas-de-marca autorizando os flibusteiros aos atos de pirataria patenteavam a traficância sob o pavilhão da Flor de Liz dos Valois, e constituía sério perigo de uma alegação de posse em terras notoriamente abandonadas ou sem recurso para o povoamento (grifo nosso). Face a tal risco, urgia um domínio oficial, visível, demonstração militar e ordem administrativa do Rei de Espanha e Portugal, mandando erguer um forte e fazer nascer uma cidade no setentrião do Brasil, na linde do nordeste, o obscuro e misterioso nordeste (Câmara Cascudo, História do Rio Grande do Norte, p. 22). A determinação estabelecida nas cartas-régias seriam cumpridas fielmente: tomadas as providências, as tropas se fizeram ao mar e por terra até que, em dezembro de 1597, Mascarenhas chega ao sítio escolhido, sem demora iniciando a construção da fortaleza (06.01.1598). A 25 de dezembro deste ano, era oficialmente fundada a Cidade do Natal.Fonte: Personalidades Históricas do Rio Grande do Norte (séc. XVI a XIX), Coordenação e redação Tarcisio Rosas. Natal: Fundação José Augusto -Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, 1999. Págs. 25 / 26.
Manuel de Mascarenhas Homem
Manuel de Mascarenhas Homem, não foi Capitão·mor do Rio Grande do Norte mas sua primeira autoridade cronológica. Dirigiu a expedição colonizadora da Capitania assim como a construção da fortaleza dos Santos Reis Magos, iniciada a 6 de janeiro e terminada a 24 de junho de 1598. Nomeou o primeiro capitão-mor e, posteriormente, concedeu a primeira sesmaria, a João Rodrigues Colaço, a 9 de janeiro de 1600.Era Capitão-mor de Pernambuco por nomeação do donatário Jorge de Albuquerque, governou de 1596 a 1603, com interrupções determinadas por serviços militares. Veio em dezembro de 1597 ao Rio Grande, chefiando a expedição conquistadora e viajou, por terra para a Paraíba, a 24 de junho de 1598, derrotando os indígenas em vários encontros. Em 1599 esteve com o Governador Geral do Brasil, dom Francisco de Souza, na Bahia, entendendo-se sobre assuntos do Rio Grande do Norte e, a 11 de junho do mesmo ano, assistiu na Paraíba a celebração de pazes entre portugueses e potiguares. Em janeiro de 1600 está em Natal. Em outubro de 1601 ainda voltou. comandando socorros para defender a fortaleza e a incipiente cidade dos ataques ferozes do “tuixáua potiguar Piragiba, que a trazia de cerco, segundo a narrativa de Antony Knivet.
Extraído do livro Governo do Rio Grande do Norte, 2ª Volume, de autoria de Luís da Câmara Cascudo. Mossoró-RN, Coleção Mossoroense, série “C”, volume DXXXI, 1989.
Observação
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