Pesquisa mostra desequilíbrio nos 50 municípios com maior PIB agropecuário do país - valor.globo.com - 12/08/2025
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Pesquisa mostra desequilíbrio nos 50 municípios com maior PIB agropecuário do país - valor.globo.com
12 de agosto de 2025, terça-feira Atualizado em 16/08/2025 22:17:18
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PorIsadora Camargo— De São Paulo12/08/2025 05h00 Atualizado 12/08/2025A qualidade de vida no campo não é garantida nos municípios mais ricos do agro no Brasil, especialmente para trabalhadores rurais e pequenos produtores. Nos 50 municípios com os maiores PIBs agropecuários do país, desenvolvimento social e gestão pública apresentam assimetrias que impactam a inclusão produtiva e a sustentabilidade, aponta pesquisa inédita da organização Agenda Pública (AP).“O Brasil é uma potência mundial na produção de alimentos. É fundamental que a riqueza gerada nos municípios do agro se converta em bem-estar concreto para as populações locais. Avaliar a qualidade do desenvolvimento é essencial para direcionar os esforços das prefeituras e os investimentos das empresas rumo a um modelo sustentável”, afirmou o diretor executivo da AP, Sérgio Andrade.Das 50 cidades, 31 estão no Centro-Oeste, região dominada pelo cultivo de grãos e pela pauta exportadora. Outros 11 estão no Nordeste, onde há um histórico de déficits de desenvolvimento regional, acesso a serviços públicos e capacidades institucionais, ao passo que cresce a fronteira agrícola Matopiba - acrônimo para Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, lembra o diretor.Foram monitoradas seis variáveis - educação, saúde, infraestrutura, proteção social, desenvolvimento rural e qualidade da gestão - para calcular um índice de bem-estar social, com notas de zero a um. O desempenho médio das 50 cidades foi de 0,48, classificado como “médio”. Nenhuma superou 0,6, faixa considerada “alta”, segundo a pesquisa Agro & Condições de Vida.Cascavel (PR) obteve o maior índice, com 0,57, enquanto Correntina (BA) registrou 0,42, a menor nota. “Nem o tamanho da economia agropecuária nem a população explicam de forma robusta o desempenho nos indicadores”, destaca o estudo divulgado em julho.A conclusão reflete o cenário macroeconômico do Brasil, que historicamente foi determinado por exportações de commodities, segundo o professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Renato Alves de Oliveira, que é especializado em economia rural. O debate central, diz ele, é o geração de políticas públicas eficazes, especialmente no campo, que tende a parecer que absorve o dinheiro do agronegócio.O coordenador concorda e destaca que a qualidade da gestão pública é mais determinante que o porte econômico do setor para explicar os resultados. Cerca de 25% da variação no desempenho geral pode ser atribuída a esse fator. Municípios mais organizados administrativamente e com maior capacidade institucional conseguem converter melhor a riqueza do agro em qualidade de vida, destaca a pesquisa.Na avaliação da gestão pública, foram considerados endividamento, poupança corrente, liquidez, transformação digital, transparência e existência de ouvidorias. A média foi de 0,53, nível intermediário. Campos de Júlio (MT), com mais de 200 mil hectares de grãos, marcou 0,78, obtendo alto desempenho. Já Santana do Mundaú (AL), com 11,3 mil habitantes e PIB de cerca de R$ 1,4 bilhão - 87,9% do agro - ficou na última posição.O levantamento aponta um descompasso relevante entre a geração de riqueza e o desenvolvimento social e institucional. Saúde, infraestrutura e gestão têm resultados relativamente melhores, enquanto educação, desenvolvimento rural e proteção social enfrentam desafios significativos. A análise por variável mostra o pior desempenho em educação. Balsas (MA), polo agropecuário do Matopiba, teve o menor índice. Já Rio Verde (GO), “capital da soja”, liderou com 0,59 - ainda insuficiente para ser classificado como alto desenvolvimento.“O baixo desempenho em educação reflete déficits históricos na oferta de ensino de qualidade em áreas rurais. Superar essa lacuna é essencial para estimular inovação, adotar tecnologias sustentáveis e garantir a sucessão geracional na agricultura”, afirma o documento.A pesquisa também classificou os municípios por índice de desenvolvimento rural, ranking que mapeou a quantidade de estabelecimentos agropecuários liderados por agricultores familiares, além de estrutura e qualidade dos locais. Também esteve no radar os níveis de produtividade, de acesso à tecnologia e assistência técnica. A conclusão é similar: maiores divisas agropecuárias não se converteram na melhoria das zonas rurais e inclusão produtiva a ponto de gerar competição justa.Para obter aos resultados, os pesquisadores cruzaram dados de dez fontes públicas, como o Censo Agro 2017 e o FNDE, e calcularam o Índice de Desenvolvimento Rural (de zero a um), que considera número de estabelecimentos de agricultores familiares, produtividade das lavouras, uso de tecnologia, assistência técnica e presença de jovens no campo.No Centro-Oeste, apesar de a soja dominar receitas e exportações, pequenos agricultores ainda enfrentam baixa produtividade. Em Sorriso (MT), por exemplo, um dos maiores PIBs do agro, o desempenho em desenvolvimento rural é dos mais baixos. Com exceção de Sapezal (MT), que lidera ambos os rankings, todos os outros nove municípios com maior PIB agropecuário têm desempenho inferior no indicador.Andrade lamenta que mais da metade dos municípios nem sequer tenha alcançado notas médias de 0,3, o que confirma a hipótese do estudo: quanto mais desconectados dos centros urbanos, mais a população rural é marginalizada. Apenas seis municípios superaram 0,40; nenhum chegou a 0,60.“A baixa nota geral evidencia um desequilíbrio entre geração de riqueza e capacidade local de sustentar um desenvolvimento rural estruturado”, diz Andrade. “A riqueza do agro sozinha não garante melhorias estruturais e sociais nos territórios.”Segundo o estudo, mesmo nos municípios de maior destaque econômico no agro, a sustentabilidade da produção ainda caminha a passos lentos, assim como a valorização do trabalhador rural, que deixa a desejar.“Gera-se riqueza, mas ela não é distribuída ou reinvestida em bem-estar”, diz o professor da UEPG. Isso acontece pela concentração da riqueza no agronegócio nos modos atuais, que é dominado por grandes grupos econômicos, com alta mecanização, o que leva o dinheiro a circular fora do município, explica Oliveira. Para ele, jovens, mulheres, agricultores familiares são excluídos dessa cadeia mais lucrativa, determinando um “descolamento entre o Brasil do agronegócio e o Brasil real”.O coordenador da pesquisa, Sérgio Andrade, adiciona que os trabalhadores rurais também são marginalizados em bem-estar e desenvolvimento humano, apesar de contribuírem fortemente para a balança comercial dos Estados.Como próximo passo, o diretor da Agenda Pública pretende apresentar os resultados da pesquisa com recomendações de governança pública e desenvolvimento sustentável para as prefeituras dos municípios avaliados, além de autoridades federais para que políticas públicas possam ser repensadas, disse Andrade.
Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico: Data: 01/01/2020 Créditos/Fonte: Franciely das Luz Oliveira Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba, 1597-1810. Página 47
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EMERSON
12/08/2025 ANO:853
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.