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Qual o significado de “outras línguas” em Atos 2? - jornalnoroeste.com
    14 de março de 2022, segunda-feira
    Atualizado em 29/10/2025 21:07:12

  


Por: Fernando Razent - “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o Espírito dava a cada pessoa.” (Atos 2.4)

O teólogo e pastor americano John MacArthur, autor do pequeno manual Como estudar a Bíblia (1982), escreveu: “[...] a interpretação errada é a raiz de todos os problemas.” Certamente, você há de concordar que temos muitos problemas na família, na educação e na política causados por más interpretações das regras, das leis, dos deveres ou dos direitos. Porém, em nenhum outro lugar a interpretação errada causa tantos problemas, agravantes e estragos como na igreja.

A igreja cristã, de maneira geral, sofre com a perda da unidade, da pureza e até mesmo de seu propósito quando a interpretação dos textos bíblicos é proposital ou acidentalmente equivocada. Não tenho dúvidas de que um dos grandes problemas da igreja contemporânea é sua dificuldade em entender o texto de Atos 2 e seus correlatos temáticos (Atos 10.46; 19.6; 1 Co 12-14). Para alguns estudiosos, padres, pastores e membros — católicos (especialmente a ala carismática) e evangélicos (nas alas pentecostais e neopentecostais) — o sentido de “outras línguas” de Atos 2 é de uma linguagem sobrenatural e incompreensível por vias racionais.

Por ser uma linguagem com sons proferidos sem nenhuma conexão lógica e sem nenhum sinal inteligível, muitos a chamam de glossolalia: a capacidade de falar uma língua que o indivíduo crê ser divina, mas não tem sentido para o ser humano. É preciso ser justo e reconhecer com verdade que muitos carismáticos diferenciam o dom de línguas de Atos 2 com as línguas das demais passagens já citadas, especialmente em 1 Coríntios, como se em uma passagem, esse dom fosse de uma forma, e depois nas outras, de outra forma.

Meu interesse aqui é expor apenas o texto de Atos 2 e verificar se ele ensina, de fato, o dom de uma linguagem desconexa. Se se tratando de uma linguagem humana, é pouco provável que no mesmo livro e nas cartas paulinas esse dom apareça de forma diferente em sua própria natureza. Sobre o dom de línguas em Coríntios, sugiro a leitura do texto A Natureza da Glossolalia de Corinto: opções possíveis (1977), do teólogo e professor do Novo Testamento Vern Sheridan Poythress publicado no Westminster Theological Journal, (p. 130-135), também disponível no site monergismo.net.br na sessão Dons Espirituais.Dito isso, vamos ao texto! O dom de línguas é citado pela primeira vez no Novo Testamento no livro de Marcos, escrito entre 50-70 d.C. No capítulo 16, Marcos registra que Jesus, ao ser ressuscitado, aparece a Maria Madalena, a dois discípulos e por fim a todos com uma ordem específica: evangelizem. Nesta ordem, Jesus também diz que alguns “sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome” (v.17), como: 1) expelirão demônios; 2) falarão novas línguas; 3) pegarão em serpentes; 4) e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; 5) se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.Esses sinais ajudariam os discípulos naquela época a reconhecerem a ação do Espírito Santo na igreja, à medida que a obra da evangelização fosse avançando e a comunidade crescendo. Repare agora com atenção no segundo sinal: “falarão novas línguas”. O que seria esse falar em novas línguas? Uma ótima maneira de entendermos isso é recorrendo ao primeiro princípio de hermenêutica bíblica: a analogia da fé. Significa, em termos didáticos, que a Escritura interpreta a própria Escritura. Como os reformadores cunharam: Sacra Scriptura sui interpres [As Sagradas Escrituras são seu próprio intérprete].Isso significa que nenhuma passagem das Escrituras pode ser interpretada de tal forma que o significado alcançado seja conflitante em relação ao ensino claramente exposto pela Bíblia em outras passagens. Ou seja, a interpretação não pode ser isolada, mas orgânica, em relação de coerência com os outros textos para que seja correta. Portanto, para que compreendamos uma passagem obscura, o princípio da analogia da fé como ferramenta de interpretação bíblica é fundamental. Para entender o sentido de “falarão novas línguas”, basta que procuremos em outras passagens bíblicas sua relação. Que passagem mais se aproxima da promessa de Jesus? Sem dúvida, o texto de Atos.Conforme lemos em Atos dos Apóstolos — escrito por volta de 60-70 d.C. pelo evangelista Lucas — a narrativa começa com um prólogo dedicado a Teófilo, descrevendo os mesmos acontecimentos de Marcos 16, porém com novos detalhes (Atos 1.1-4). No texto de Atos 1, Jesus ordenou aos seus discípulos que “não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois desses dias.” (v.5).Os discípulos, apreensivos, perguntaram a Jesus quando aconteceria a restauração de Israel, ao que Jesus respondeu não competir a eles esse conhecimento, mas que receberiam “poder, ao descer sobre vós, o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a judeus e Samaria até aos confins da terra.” (v.6-8) Note que a promessa do dom do Espírito estava intrinsecamente ligada com a tarefa da evangelização. Isso será importante à medida que avançamos na compreensão. Depois disso, Jesus ascendeu aos céus (v. 9-12) e os discípulos foram para Jerusalém e entraram em um cenáculo (um salão construído em cima do andar térreo de uma casa) e ali perseveravam em oração, aguardando a promessa do Pai (v. 13-14).Tempos depois, escolheram Matias para substituir Judas no colégio apostólico (v.15-26) e naquela ocasião, estava sendo celebrado pelos judeus o Dia de Pentecostes, uma festa judaica comemorada cinquenta dias depois da Páscoa, também chamada de Festa da Colheita (a palavra pentecostes é grega e quer dizer “quinquagésimo [dia]”). Mas, quando a festa acabou, estavam todos os discípulos reunidos no mesmo local, talvez no mesmo cenáculo (Atos 2.1). E foi nessa hora que veio do céu um som, como um vento impetuoso (e não um vento impetuoso), e esse som encheu toda a casa onde estavam assentados (v.2). E apareceram — uma para cada discípulo — línguas com forma de fogo (e não de fogo) pousando sobre cada um deles (v.3)Neste momento, a bíblia diz que todos ficaram cheios do Espírito Santo, como o Pai havia prometido que seriam batizados, e se cumpriu também aquilo que Jesus havia dito como marca de seus discípulos: eles passam a falar em outras línguas, segundo a capacitação sobrenatural do Espírito (v.4). Por ocasião da festa de Pentecostes, estavam habitando em Jerusalém povos de “todas as nações de baixo do céu” (v. 5). Era uma ocasião propícia para evangelizar, pois aquelas pessoas voltariam para seus países de origem levando a mensagem de Cristo.Ao ouvirem aquelas vozes, a multidão se aproximou da casa onde estavam os discípulos com perplexidade. Por quê? O texto é claro: “porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.” (v. 6). Em outras palavras, o texto ensina claramente que o dom de línguas de Atos 2 se tratava de outros idiomas; e a Bíblia ainda fala quais idiomas: dos partos, medos, elamitas, naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, Frígia, Panfília, Egito, Líbia, Cirene, Creta, Arábia e Roma. Todos estavam atônitos e perplexos, pois ouviam falar em suas próprias línguas as grandezas de Deus (v.7-12).Tanto a leitura literal do texto em português quanto a interpretação do termo grego usado por Lucas para “línguas” em Atos 2 dão o sentido de um idioma, uma linguagem humana e compreensível ou “uma língua que não é nativa de quem fala, um dom ou faculdade para falar tal língua”, conforme o Léxico Analítico do Novo Testamento de William Mounce (1993, p. 157). Obviamente, haviam aqueles que não entendiam outros idiomas naquela ocasião e zombavam dizendo que os discípulos estavam embriagados (v. 13).Mas, o fato é que aquela foi uma ótima ocasião para que Cristo fosse pregado através da manifestação do Espírito Santo na vida dos crentes no falar em outros idiomas; e foi isso o que Pedro fez. Pedro aproveitou a situação de atenção e juntamente com os onze (v.14), pregou um sermão maravilhoso que gerou quase 3 mil pessoas que aceitaram a palavra e foram batizados (v.14-41).

Concluímos que em nenhum momento de Atos 2 vemos uma manifestação de uma linguagem desconexa, irracional ou de anjos, incompreensível aos humanos. Na verdade, o texto mostra claramente que o dom do Espírito foi a concessão aos discípulos de falarem em idiomas humanos e comuns daquela época sem prévio preparo técnico, sem nenhum “curso básico” por exemplo, de egípcio clássico, para poderem evangelizar. Foi um dom divino, para que a mensagem de Cristo fosse propagada com mais eficiência e velocidade pelo mundo.

Portanto, usar esse texto como base para defender o exercício da glossolalia é o que chamamos na teologia de eisegese, isto é, quando na interpretação bíblica os pontos de vista do leitor é que são incorporados ao texto ao invés do texto formar o ponto de vista do leitor. Não devemos impor aos textos sagrados nossas opiniões ou experiências místicas. Antes, precisamos perguntar ao texto se essas experiências são válidas, ordenadas ou se são frutos de nossa imaginação excêntrica.

Indicação de leitura: MACARTHUR, John. Como estudar a Bíblia: o que você precisa para ler e entender as Escrituras Sagradas. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016.



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ATUALIZAR!!!
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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.