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Celso e Junko Sato Prato - Sodélia - santacruznoticia.com.brelso-e-junko-sato-prado-sodrelia
    5 de maio de 2024, domingo
    Atualizado em 30/08/2025 23:12:06

  
  


-Respeitamos todas as tradições e memórias do lugar…são muito belas-

No ano de 1898 o médico residente em Santa Cruz do Rio Pardo, Francisco de Paula de Abreu Sodré, o ‘Dr. Chiquinho Sodré’, sabia que a Ferrovia Tibagi ou Sorocabana não mais passaria por Santa Cruz do Rio Pardo, daí sugerida a possibilidade de um ramal. O médico recebia informações privilegiadas através do sogro, o advogado, capitalista e deputado federal, Antonio da Costa Junior, alcunhado ‘Dr. Costão’, igualmente habitador santa-cruzense.

Em Santa Cruz também moradores o capitão Balthazar de Abreu Sodré, dono de farmácia e ‘grileiro de terras’, irmão do ‘Dr. Chiquinho’; e o juiz de direito da comarca, José Augusto da Costa, irmão e genro do ‘Dr. Costão’, posto casado com uma sobrinha, então concunhado do ‘Dr. Chiquinho’ – as mulheres eram irmãs. O juiz informava a família sobre as terras possíveis de ocupações, desde aquelas entre fazendas ou aguadas, àquelas em litígios.

Bem ‘avisado’, ‘Dr. Chiquinho’, entre os anos 1898/1901, ajustou terras divisas com a fazenda Mandaguahy, e delas doaria parte, em 1906, para a construção da gare no ramal férreo, pátio e linhas adicionais para manobras de vagões de cargas, além de armazéns e residências para os empregados ferroviários.

Desde 1901 o ‘Dr. Chiquinho’ era o ‘prestigioso chefe político’ santa-cruzense e presidente da Câmara Municipal, após suplantar o líder anterior, coronel João Baptista Botelho. Entusiasta da interiorização ferroviária e, no caso, também por interesse próprio, ‘Dr. Chiquinho’ obteve da Câmara Municipal autorização para, escolhido o melhor trajeto do ramal ferroviário de Bernardino de Campos a Santa Cruz do Rio Pardo, celebrar contrato milionário às custas do município, para a construção do ramal ferroviário e as estruturas necessárias, com inauguração em 1908.

A estação ferroviária recebeu o nome “Dr. Francisco Sodré”, ninguém imaginava outro nome, e por lá, além dos passageiros, embarcavam sacas de café, outros produtos agrícolas, porcos e gado bovino que vinham das fazendas próximas e até do Paraná, regiões de Jacarezinho e Santo Antonio da Platina entre outras localidades, com passagens por balsas, no Paranapanema, depois a estrada terrenha rumo a Sodrélia onde os encaminhamentos ferroviários. ‘Dr. Costão’ era um dos principais exploradores dos serviços de balsa na região.

De imediato à inauguração ferroviária se pensou na criação de um distrito, primeiro de Polícia, depois de Paz, cujas divisas intentadas

-“Partindo da margem esquerda do ribeirão Mandaguahy do ponto onde divide o municipio de Santa Cruz do Rio Pardo e Bernardino de Campos, seguem descendo pelo ribeirão Mandaguahy até à sua barra na margem esquerda do rio Pardo; dahi descendo pelo rio Pardo até a barra do ribeirão Cebolão; dahi subindo pelo ribeirão Cebolão até á ultima nascente; dahi em linha recta ao ponto onde se encontram os divisores dos córregos Caeté, ribeirão dos Pires e Cebolão; dahi a esquerda subindo pelo divisor dos corregos Caeté e Cebolão até encontrarem o divisor dos corregos Caeté e Bôa Vista; daí à direita descendo pelo divisor do corrego Caeté e Bôa Vista, até à barra do corrego Caeté no ribeirão da Figueira; dahi descendo pelo ribeirão da Figueira até a barra do corrego das Palmeiras; dahy subindo pelo corrego das Palmeiras até as divisas dos municipios de Ipaussu e Santa Cruz do Rio Pardo; dahi à esquerda por essas divisas até encontrarem as divisas do municipio de Bernandino Campos; dahi á esquerda acompanhando essas divisas até à margem esquerda do ribeirão Mandaguahy, onde tiveram principio.”

O distrito pretendido, no entanto, não preenchia as exigências da Lei nº 1.038, de 19/12/1906, em seu artigo 3º e § 5º, firmada na Constituição Estadual de 1891; No ano seguinte, o Decreto 1.533, de 23 de novembro, regulamentou a matéria e estabeleceu quais certidões oficiais obrigatórias para cumprir as exigências estabelecidas e mantidas até a Revolução de 1930.

Sodrélia, já com esta denominação, somente obteve as condições para Distrito Policial em 1928 e, no ano seguinte, Distrito de Paz pela Lei nº 2.366, de 07 de novembro de 1929, observadas aquelas dimensões sugeridas.

O lugar tornara-se, então, atrativo para fazendeiros. Documentos atestam os primeiros nomes nas transações de terras, sentindo-se desde logo a necessidade de um povoado para sede distrital, no qual a praça com igreja, e, no entorno, a escola – instalada em 1912, moradias, comércio e outras melhorias públicas, como correio e cartório, além de lugar para divertimentos como cinema, campo de futebol e demais atividades esportivas e de lazer. Existiam algumas casas e até comércio, entre a sede da fazenda do ‘Dr. Chiquinho’ e a linha férrea.

No ano de 1934 o médico Pedro Cesar Sampaio adquiriu da ‘Santa Cruz Coffer Company Limited’, Fazenda Mandaguahy, trinta e cinco alqueires de terras, com vinte mil pés de café, colocando a venda lotes para formar o povoado que viria ser sede do distrito. (Documentos: Cópias Digitalizadas – Arquivo dos Autores).

II. A história desconhecida de 1856 a 1898

Em 1856 algumas fazendas, a partir do Pardo santa-cruzense, apresentavam nascentes de suas águas onde futuramente convencionada a territorialidade sodreliense, conforme registros no Livro Paroquial de Terras para Botucatu, Lei 500/1950 – Lei das Terras (Arquivos do Estado de São Paulo, AESP Livro 123) e das primeiras transações de compras, permutas e vendas. Citamos:

Fazenda [Água] do Pires

O capitalista, arquiteto e entalhador José da Costa Allemão Coimbra (Correio Paulistano, 1863: 3), em 16 de novembro de 1857, por escritura particular, adquiriu do Francisco de Paula Moraes, genro de José Theodoro de Souza, gleba de terras à margem esquerda do Rio Pardo (DOSP, 10/06/1909: 1809), cuja escritura pública outorgada em 05 de janeiro de 1860, com as dimensões abaixo descritas, já atualizados os divisantes:

“Principiando na barra do Rio Pardo, dividindo com Silvestre de Andrade, dahi segue pela linha de perimetro da divisão, passa o rio por Tolle Irmão e Comp, na qual, além de Henrique Hardt e outros, foi condonimo o mesmo Silvestre até encontrar as divisas da sorte de terras pertencente a Delfino de tal, já fallecido, e outros, entre os quaes Luiz Marciliano da Silveira e Joaquim Ricardo Marques; dahi segue dividindo com essa sorte de terras, até encontrar as divisas da sorte de terras pertencente aos herdeiros ou successores de Delfino da Cunha, fallecido e outros; dahi divizando com essa sorte de terras, segue até encontrar as divisas da fazenda Boa Vista, de propriedade de D. Guilhermina da Conceição; dai, divizando com esta fazenda, segue até encontrar a linha de perimetro da divisão da fazenda Barreirinho, promovida pelo coronel Antonio Martins de Oliveira; dahi segue pela linha do perimetro desta fazenda até encontrar, cercando as cabeceiras do ‘Ribeirão dos Pires’, a linha do perimetro da demarcação e divisão a fazenda ‘Figueira’, promovida por Antonio Rabello; dahi segue por essa linha até o Rio Pardo, abrangendo uma pequena agua com todas suas vertentes que existe para baixo da barra do Ribeirão dos Pires, dahi segue Rio Pardo acima até o ponto de partida”.

Allemão Coimbra, muito rico e com outras atividades, deixou nesta fazenda o agregado Francisco Pires de Souza, “que desde na maior parte das águas foi morar” deu-se ao lugar a denominação ‘Água dos Pires’ (DOSP, 18/09/1909: 4310-4311).

Em 1863 Allemão Coimbra colocou sua fazenda a venda, conforme publicações no Correio Paulistano (01/08/1863: 3 e outras edições), e, antes de concretizar negócios, empreendeu viagem ao exterior [Portugal], vindo a falecer em África Portuguesa, e os bens ficaram para sua viúva, meeira e coerdeira com os filhos, à exceção da Henriqueta da Costa Allemão Coimbra moradora no exterior, que repassaram a fazenda em Santa Cruz do Rio Pardo à empresa Alves de Azevedo e Companhia, e deu-se longa disputa judicial com o agregado Francisco Pires de Souza que para si reivindicava toda a propriedade.

Iniciavam-se apossamentos indevidos, escrituras forjadas de compras e vendas forjadas, atraindo atenções de Francisco de Paula de Abreu Sodré e outros.

No ano de 1921 o Semanário ‘Cidade de Santa Cruz’ anunciava: “Fazenda dos Pires – (Villa Zerrener) – Comunico aos pretendentes que já estão sendo cortados pelo agrimensor os lotes de terrenos da fazenda dos Pires e que restam poucos à venda. Americo França Paranhos.” (13/03/1921: 6). Os lotes ofertados eram datas, chácaras, sítios e fazendolas, destacando-se entre os compradores o Albino Trevisan, nome agregado à história santa-cruzense.

Zerrener ou, mais propriamente ‘Zerrener – Bülow e Cia’, de sociedade entre o dinamarquês Adam Dimitrik von Bülow e o alemão João Carlos Antônio Frederico Zerrenner – nome abrasileirado, atuava no ramo de exportação de café, especulação imobiliária e exploração capitalista, também conhecida por assumir o controle acionário da ‘Cervejaria Antarctica [Antártica]’.

Fazenda Barra da Figueira

José Francisco [de] Chaves, adquiriu de Joaquim José Martins a fazenda Barra da Figueira, rumo às nascentes sendo “suas divisas pelo Norte, pelo Rio Pardo, Poente com Manoel Francisco [Soares] e Manoel Romão, pelo Sul com quem direito tiver pelo Leste com Joaquim José Martins.” (AESP: RPT/BTCT nº 365: 125-a/v). José Martins era ‘bugreiro’ – matador de indígenas, e articulador de posses – compras e vendas simuladas de terras com datas retroativas para garantir anterioridade de domínios e, assim, titularidade para adequações à Lei das Terras [601/1850] e sua regulamentação [Decreto 1318/1854]. A posse articulada também servia para ‘grilos’ e demandas de terras.

Nome fortemente ligado a Manoel Francisco Soares, Chaves foi o pai de José Domingos ou Domingues de Chaves, casado com Anna Porcina de Senne, filha do Soares; também pai de Antonia Maria dos Santos, casada com Justino Soares, outro filho do cofundador santa-cruzense. Estes nomes foram contados entre os primeiros moradores de Sodrélia (Documentos, CD: A/A).

Fazenda Salto da Boa Vista

Manoel Francisco Soares foi o posseiro inaugural desta fazenda e a repassou, por venda declarada a José de Camargo Bueno do Prado, que promoveu o Registro Paroquial (AESP: RPT/BTCT nº 534: 175-v), repassando-as a Joaquim José Martins, antes que o Manoel Soares a readquirisse, entre 1859/1861, como Fazenda Ribeirão Grande, para alienação, em 1861/1862, ao padre João Domingos Figueira, por isso conhecida, também, por ‘Fazenda do Padre’.

Com a morte do padre Figueira, em 1878, o capitão Martinho Dias Baptista Pires comprou e unificou partes das Fazendas Salto da Boa Vista e Ribeirão dos Pires, repassando-a por venda nos primeiros anos do século XX, outra história.

Fazenda Mandaguahy

Francisco Martins de Azevedo fez posse primária à margem esquerda do Rio Pardo, desde o Ribeirão Mandaguahy, pelo divisor do Ribeirão Dourado à direita, e Ribeirão do Lajeado à esquerda, até o espigão Pardo/Paranapanema, com Registro Paroquial de Terras lavrado em Botucatu, aos 31 de maio de 1856. Martins de Azevedo e sua mulher Guilhermina Claudia de Oliveira repassaram a propriedade a Francisco José Paulino, com documentação de compra e venda datada de 03 de março de 1861.

Consta, em documento de 29 de dezembro de 1862 que Francisco José Paulino e sua mulher America Maria de Jesus alienaram a propriedade, por permuta, com Francisco Ignácio Borges e sua mulher Anna Rosa de Oliveira (Correio do Sertão, 28/11/1903: 3). A propriedade foi apropriada pelo Coronel Antonio Evangelista da Silva (Correio do Sertão, 21/11/1903: 3) até sua venda em 1922.

Responsabilidade: Celso Prado e Junko Sato Prado – pradocel@gmail.com

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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
01/01/1878 - *Com a morte do padre Figueira o capitão Martinho Dias Baptista Pires comprou e unificou partes das Fazendas Salto da Boa Vista e Ribeirão dos Pires, repassando-a por venda nos primeiros anos do século XX, outra história
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.