'Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo - 01/01/1992 Wildcard SSL Certificates
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Memória Paulistana: Os antropônimos quinhentistas na vila de São Paulo do Campo
    1992
    Atualizado em 23/10/2025 17:17:17

    
    
    


Situado, assim, em seu contexto, esse homem deveria carregar consigo, para onde se deslocasse, toda a mística de um mundo ordenado teocentricamente. A colônica d´além mar conheceu tal identificação; a frota de Martim Afonso era, por certo, composta por alguns homens que comungavam tais interesses:

os Góis (Pero, Luís, Scipião), os Adornos (Francisco, Antonio e Paulo Dias Adorno), os Cubas (João Pires Cubas, Brás e Antonio Cubas, Francisco e Gonçalo Nunes Cubas), os Lemes (Antão e Pedro), os Pintos (Rui, Francisco e Antonio), os irmãos Jerônimo e Domingos Leitão, Diogo Rodrigues, Baltazar Borges, Brás Esteves ou Teves, Antonio de Oliveira, Antonio Rodrigues de Almeida, Antonio de Proença, Jorge Pires, Jorge Ferreira, Pero de Figueiredo, Cristovam Monteiro, Cristovam de Aguiar de Almeida, Pedro Colaço. [página 114]

Frei Gaspar(5) e Pedro Taques são omissos quanto à descendência de Pero de Góis. Falam que seu irmão Luís, morador em São Vicente, trouxera para o porto a mulher, Catarina de Andrade e Aguilar e o primogênito Scipião, mas af não tendo ficado por muito tempo, o casal partindo com a armada de Pero de Góis (1553) e o filho aventurando-se no Paraguai. Gabriel, o terceiro irmão, ficou, entretanto, na capitania, administrando o engenho da Madre de Deus e dele devem provir alguns dos Góis que aí existiram. Há, porém, o lado feminino do tronco, representado por Cecília de Góis, filha de Luís e Catarina, que dizem casada com Domingos Leitão, "fidalgo da Casa Real", e sócio do engenho mencionado; não ficaram também na colônia, voltando para o reino, mas, antes, doaram parte da propriedade à sobrinha Isabel Leitão, casada com Diogo Rodrigues, também da caravana afonsina, e sócio de José Adorno na sesmaria entre São Vicente e São Sebastião.

Destes Leitões, as honras parecem ficar com Jerônimo, "o mais ativo guerrilheiro de índios do século XVT", na vila de São Paulo. Capitão Mor e Governador de São Vicente (1572), chefiou bandeira contra Os carijós no sul, em incursão por mar, conseguindo envolver na empreitada grande parte dos moradores do Campo. Deixou filhos, dos quais a quarta se casou com Antonio Pedroso de Barros, "pessoa dequalificada nobreza" para Pedro Taques, vinda de Portugal com o irmão Pedro Vaz de Barros, diretamente para o porto. Chegaram ambos com provisões régias, Antonio indicado para Capitão Mor Governador da Capitania de São Vicente e São Paulo, e Pedro, Ouvidor, o qual, em inícios do Seiscentismo, " pela sua grande autoridade e merecimento de sua pessoa fora encarregado de governar a gente da vila de S. Paulo e seu termo". Não cita o cronista a descendência de Antonio, mas os PedroSos seguramente permaneceram em São Paulo através dos filhos do Ouvidor Pedro, frutos de sua união com Luzia Leme, membro de outro clã importante na genealogia paulistana.

Examinando-se a nomenclatura da família, verifica-se o que se afir-mara em oportunidade anterior: os nomes dos país e tios se repetemnos filhos e sobrinhos, complicando a rede onomástica e tornando di-fícil distinguir uns dos outros. Assim, Antonio Pedroso de Barros, ouo Velho ou o Primeiro — formas de chamamento empregadas pelaAntroponímia para diferençar nomes idênticos — ocorre no nome dosegundo filho de Pedro que, por sua vez, tem o nome repetido no quar-to descendente, e que vai aparecer novamente na geração seguinte; oapelido Pedroso, do tio, caracteriza o terceiro filho de Pedro, LuizPedroso de Barros e o sétimo, Hyeronimo Pedroso, da mesma linhagem.Outros dois irmãos, quinto e sexto filhos, Fernão e Sebastião, intro-duzem a fórmula Paes de Barros,herdada da mãe, Luzia Leme, filha de5 MADRE DE DEUS, Frei Gaspar da. Memórias para a história da Capitania de S. Vicente,S. Paulo, Public. comemorat. sob o alto patroc. da Com. do IV Centenário da Cidade deS.Paulo, Bibl. Hist. Paulista, 111, 1953,[p. 115]

Lucrécia Leme(6) e Fernão Dias Paes, de onde vem o Paes que sejuntou ao Barros de Pedro Vaz; donde o novo ramo a partir daí, distin-to antroponimicamente de Vaz de Barros ou de Pedroso de Barros oude Barros, simplesmente, que são os apelidos característicos da famíliado Ouvidor de São Paulo.

Os Cubas, Brás, Gonçalo, Antonio e Francisco, foram filhos deJoão Pires Cubas, nobre português da cidade.do Porto, também vindona armada de Martim Afonso diretamente para São Vicente. É fora dedúvida que a presença de Brás Cubas dominou todo o cenário da ma-rinha nos primeiros anos quinhentistas. Imediatamente à chegada aoBrasil, recebeu do Capitão Mor a sesmaria de Piratininga (10 de ou-tubro de 1532), donde sua ligação com o Planalto.

Depois, em 1536, as terras da sesmaria de Geribatiba, "fronteiras a Engaguaçu", que chegavam, para alguns, até o Piqueri, com uma ilha que levou o nome dosesmeiro, também chamada do Barnabé. Brás Cubas é considerado o fundador da vila de Santos, então porto da ilha de São Vicente, ao criar, em 1543, a capela de Nossa Senhora da Misericórdia e o hospital de atendimento aos navegantes, ou de Todos os Santos, origem das Misericórdias brasileiras, à semelhança das que havia em Portugal.

Como retribuição, foi nomeado para o cargo de Capitão Governa-dor da Capitania, ao lado de outras honrarias com que foi distinguido(Provedor e Contador das Rendas e Direitos da Capitania, em 1551,Provedor e Contador das Rendas, Capelas, Confrarias, Albergarias eGafarias de São Vicente, em 1563).(7) Guerreiro, participou da defesada vila de São Paulo contra os ataques de 1562 e, como sertanista, or-Banizou a bandeira exploratória de minérios, integrada, entre outros,por Luiz Martins, que encontrou ouro talvez em Jaraguá. Este LuizMartins teve, por sua vez, participação na primeira Ata da Câmara deSão Paulo que se conhece, como procurador do conselho, ao lado deoutros nobres camaristas, Antonio Mariz, juiz ordinário, Jorge Morei-ra, Diogo Vaz Riscado, Garcia Roiz (Rodrigues), vereadores. Foi tam-bém alcaide e almotacel em 1563, e Nuto Sant´Anna, querendo eviden-ciar-lhe o prestígio, destaca o fato de ter hospedado em sua casa a JoãoRamalho, em 1564, que era o "homem de maior ´ popularidade e poderiodurante mais de cinquenta anos do século XVI" (8)O irmão de Brás, Antonio, foi juiz ordinário e administrador daFazenda do Piqueri, onde havia a capela de Santo Antonio, uma dasmais antigas da vila, Nuto Sant´Anna diz que chegou à vila vindo daBorda do Campo; em 1575, seu nome figura como vereador ao lado de6 LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Ibidem, HI, p. 200 € 202.Rice icaS mare Arda Leni buanináe aaiz de toViancosócios do engenho S. Jorge dos Erasmos, de acordo com Frei Gaspar Co PÉ Ator7 FRANCO, Francisco de Assis Carvalho. Ibidem, p. 22-23.8 SANT´ANN, A iiVir O RAbdo de siso Ao RES IEmDAS Ao Alemao sto ei de vim.[p. 116]

Lemes do Prado, ou seja, Mateus, Pedro e João Leme do Prado. Mas aquinta filha de Leonor e Brás Esteves, Lucrécia Leme, doadora dessatipologia antroponímica à primeira filha do irmão Pedro, veio a secasar em São Vicente com um tio, Fernão Dias Paes(15), português deAbrantes, iniciando-se aí o tronco paulista dos Paes Leme, de notóriasignificação para o Planalto, ainda que este Fernão Dias não tenha suaorigem no campo vinculada à viagem afonsina. Constituiu-se, porém,em "uma das pessoas de maior respeito" da vila, vindo a ser proprie-tário de grande gleba nos Pinheiros. Como camarista, foi vereador em1588 e 1592, juiz em 1590 juntamente com Antonio Preto e Antonio deSaiavedra, Do assentamento dos sete filhos, ocorre o registro de fór-mulas antroponímicas diversas, originárias de apelidos ou sobrenomessobrepostos mas que formaram descendência a partir dessa base ono-mástica instável; assim, Isabel Paes, Leonor Leme, Fernão Dias Paes,Pedro Dias Paes Leme e Luiz Dias Leme são as combinatórias conhe-cidas., O filho do povoador, Fernão Dias Paes, repete o nome do pro-genitor; casado com Catarina Camacho, dele disse Pedro Taques tersido " potentado pelo domínio que teve em um grande número de índiosque fez baixar do sertão com o poder de suas armas; e. ´fandou a populosaaldeia chamada de Imboha (Embu) que, depois (...) cederam aos padresjesuttas do Colégio de São Paulo ", tornados "herdeiros dos seus bens"e "estabeleceram jazigo para serem sepultados nele, como assim severificou ".(16) É fácil, como se vê, confundirem-se pais e filhos que seidentificavam não apenas nos nomes mas até na posse das terras, umem Pinheiros, outro no Imboú, as duas glebas na mesma zona do sertão,a oeste e sudoeste da vila.O irmão de Fernão Dias Paes, Pedro Dias Paes Leme, casou-se comMaria Leite, filha do capitão Paschoal Leite Furtado e de Isabel doPrado. A referência interessa a esta pesquisa à medida que, da descen-dência de nove filhos de Pedro Dias, destaca-se o primogênito, Fer-nando (=Fernão) Dias Paes, conhecido como Governador dasEsmeraldas. Se este Fernão Dias incorpora e consagra a fórmula an-troponímica do tio e avó, seus irmãos repetem apelidos de ascendentespróximos ou mais distantes: Leite Dias (Paschoal), Dias Leite (Pedro€ Verônica), Leite da Silva (João e Sebastiana), Dias (Maria), Paes daSilva (Isabel), Leite (Potência). Nove filhos, sete combinatórias pos-Síveis no ramo de Pedro Dias Paes Leme, viáveis apenas por estaremdentro da elástica composição da antroponímia portuguesa.Taunay resume da seguinte maneira o entroncamento familiar deFernão Dias, o Moço, nascido em 1608:

"tinha, como dissemos, bisavó brasileira, a vicentina Felipa Vicente. E um bisavô grande bandeirante, João do Prado, o famoso entradista, emigrado para o Brasil em 1531, com Martim Afonso de Sousa e falecido no sertão em 1597, no arraial do Capitão Mor João Pereira de Souza Botafogo (...). Pelo avô materno, o açoriano Paschoal Leite Furtado, genro de João do Prado(...). Dois tios paternos seus haviam chegado até à opulência. Vinham um a ser Fernão Dias Paes(... .) senhor da (...) aldeia de Imbohu (...). O outro, Luiz Dias Lemes, estabelecido no litoral, vivia como verdadeiro magnata". (17)

Era primo-irmão dos sertanistas Luiz Pedroso de Barros, morto no Peru, em 1662, de Sebastião Paes de Barros, morto em 1674, no Alto Tocantins, de Valentim de Barros, oficial de retirada do Cabo de S. Roque, de Jerônimo Pedroso de Barros, combatente em Mbororé (RS), 1641, de Antonio Pedroso de Barros, companheiro de Antonio RaposoTavares e de Pedro Vaz de Barros, e Fernão Paes de Barros.

De Fernão Dias, a atuação como sertanista e descobridor de minasquase obscurece a de homem público, documentada, por exemplo, emcartas régias citadas por Taques.(18) Taunay, diz que ele não esteve noGuairá com Raposo Tavares, sem descartar de todo a possibilidade,mas aponta o ano de 1638 como o de seu aparecimento no bandeirismo.Em 1639, era Capitão das Ordenanças da vila de São Paulo, época emque o litoral paulista foi visitado por naus holandesas; logo acorreupara defendê-lo, inclusive com recursos próprios. Tempos difíceisesses para São Paulo: brigas internas entre duas de suas melhores fa-mílias, os Taques (um deles cunhado de Fernão Dias) e os Camargos;o episódio da expulsão dos jesuítas, cujo manifesto, para Taunay, nãoteria sido assinado por Fernão Dias, muito embora o fosse Por outrosde sobrenomes ilustres, o que teria certamente pesado na decisão: Fer-nando de Camargo, Garcia Rois (Rodrigues) Velho, Matheus Grou,Antonio Bicudo (de Mendonça), Dom Francisco de Lemos, Pedro Vazde Barros, Antonio Pedroso de Barros, Balthazar de Godoy Moreira,os irmãos Toledo Rendon. Mais tarde, treze anos depois, foi um dosque mais lutaram pela reintegração dos inacianos à vila. Em 1651, eraJuiz ordinário da Câmara: "Da leitura das Atas numerosas de 1651,tira-se a conclusão de quanto conscienciosamente cuidou Fernão DiasPaes do bom andamento das coisas do bem público, tratando do aprovi-sionamento de carnes e vinhos, das entradas ao sertão, das cousas daalmotaçaria, ete".(19) O episódio da bandeira do Sabarabussu, embusca das esmeraldas, foi dissecado em seus pormenores não só porTaunay mas por outros estudiosos, aos quais se remete; os dissaboresda empresa vivificam-se, contudo, na narrativa em que se depreendeque, destituído da ajuda oficial, abandonado à própria sorte, o serta-15 LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Ibidem, III p. 52.16 Idem. Toidem, Ill p. 53,120 Rev. inst. Est. Bras., SP, 33:112- 127, 199217 TAUNAY, Afonso E. À grande vida de Femão Dias Paes. São Paulo, Typograf. DiarioOficial, 1931. p. 14-15,18 LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Ibidem, Ill p. 62.19 TAUNAY, Afonso E. Ibidem, p. 53.Rev. Inst. Est Bras., SP, 33:112—127, 1992 121[p. 120, 121]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (6):
03/12/1530 - A esquadrilha portuguesa de Martim Afonso de Sousa partiu de Lisboa
01/01/1552 - *Casamento de Francisco Rodrigues e Catarina Dias Adorno
01/01/1566 - *José Adorno torna-se dono de de uma sesmaria em Piratininga
01/01/1575 - *Afonso Sardinha aparece em Livros de Atas e de Registro da Câmara de São Paulo
01/11/1585 - Guerra de Jerônimo Leitão: expedição partiu de Santos para exterminar os Carijós
01/01/1662 - *Falecimento do Capitão Luís Pedroso de Barros, no Reino do Peru
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.