Atualmente, oficialmente, a pessoa mais velha da história é Jeanne Calment (1875-1997), uma mulher francesa que viveu até os 122 anos e 164 dias. Seu caso foi registrado no Livro Guinness dos Recordes em 1988.
Demógrafos observaram que a idade de Calment é um "outlier", pois está vários anos à frente da segunda pessoa mais velha documentada e das outras subsequentes. Estatisticamente falando, um valor atípico, ou aberrante, é uma observação que difere significativamente das demais.
“Um outlier é uma observação que se diferencia tanto das demais observações que levanta suspeitas de que aquela observação foi gerada por um mecanismo distinto” (Hawkins, 1980).
Em outras palavras os outliers são dados que se distanciam radicalmente de todos os outros. São pontos fora da curva normal, valores que fogem da normalidade e que podem causar desequilíbrio nos resultados obtidos. Um conjunto de dados pode apresentar um ou vários outliers. O efeito de um outlier é quase um efeito borboleta, um pequeno erro se propaga e quando não tratado corretamente pode ocasionar problemas e anomalias. Em análises estatísticas o efeito do outlier pode ser facilmente observado. [32281]
"OUTLIERS" NO BRASIL
Em 1909 Hemeterio José Velloso da Silveira enumerou dezenas de casos de longevidade e  atribuiu-os á pureza do clima e á sobriedade dos habitantes:
- O preto Honorio Dias, africano, importado para o Brasil em 1788 sendo já homem, e fallecido em 1902 com 146 annos de idade;
- Manoel Jacintho Machado, paulista, fazendeiro no Passo Fundo, onde finou- se com 132 annos;
- Dona Rachel Francisca de Menezes, sogra do tenente coronel Vidal, fallecida em 1874 com 128 annos;
- José da Silva Pereira, perto do Passo da Palmeira, fallecido em 1868 com 125 annos;
- José Severo, morador no Tope (Passo Fundo), fallecido em 1898 com 122 annos. [32271]
Na noite de 28 de maio de 1879 em Passo Fundo/RS, á noite, findou, nesta vila, em sua longa existência o pardo de nome Ignacio Soares da Rosa, que alcançou mais ou menos a idade de 145 anos. Nascido na província de Minas Gerais, perto de Ouro Preto, entre 1734 e 1738 (...)  [32268]
 
| |  |  |  | | Homem de 145 anos de idade e 100 bisnetos | 
 Página 2 (¨)| Créditos/Fonte: A Constituição/CE | 
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Em julho de 
1885, em Sorocaba vivia um homem 
que tinha 148 anos e que ainda espera enterrar o século [32265], com 
uma descendência de 12 filhos, 80 netos, 100 bisnetos e 40 tataranetos, não era família; era colonia [26499].
Ou seja, este homem quase igualou o celebre Thomaz Parr, um inglês que teria vivido por 152 anos. Um retrato de Parr está pendurado no Museu e Galeria de Arte de Shrewsbury, com uma inscrição que diz 
Thomas Parr morreu aos 152 anos e 19 dias. O velho muito velho que nasceu no ano de 1483 no reinado do Rei Eduardo IV tendo 152 anos no ano de 1635". O retrato já esteve a coleção da família Leighton Park, que fica em Alberbury.
Porém, William Harvey (1578–1657), o médico que descobriu a circulação sanguínea, realizou uma autópsia no corpo de Parr. Os resultados foram publicados no livro De ortu et natura sanguinis de John Betts como um anexo. Harvey examinou o corpo de Parr e constatou que todos os seus órgãos internos estavam em perfeito estado. Nenhuma causa aparente de morte pôde ser determinada, e supôs-se que Parr simplesmente havia morrido de superaquecimento por ter sido alimentado em excesso.
Uma interpretação moderna dos resultados da autópsia sugere que Parr provavelmente tinha menos de 70 anos de idade. É possível que os registros de nascimento de Parr tenham sido confundidos com os de seu avô. Parr não afirmou ser capaz de se lembrar de eventos específicos do século XV. [32273] 
| |  |  |  | Pág. 378| Créditos/Fonte: Almanak da Provincia de São Paulo: Para 1873 (SP) | 
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1882 - PEDRO LOPES "O SAPATEIRO" OU SILVESTRE "DE TAL"?Plagiando o professor Arthur Virmond Lacerda [32276], surpreende-me que muitas informações, passem despercebidas, não apenas em Sorocaba, mas também no Brasil - por estar como que oculta em algum lugar da Internet? Atentai vós em aos jornais de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ceará que a divulgaram. Mais compraram jornal do que leram? Ou será que ligam nenhumas a tal particularidade, no Brasil? Eis os 5 registros que mais importam:
1° - Em 4 de agosto, Jornal Gazeta de Notícias/RJ: 
Lê-se no Diário de Sorocaba: "Pedro Lopes, vulgo Pedro sapateiro, morador á rua do Bom-Jesus, d´esta cidade, ao perguntarem-lho a sua idade approximadamente; respondeu que em pleno reinado de D. Maria I foi elle recrutado, tendo completos seus 18 annos". Consultando a historia, o mínimo que se pode dar ao velho é a bagatela de 108 annos. [32264]
Estranho o cálculo, pois o reinado de D. Maria I iniciou em 
1777. [12735] 
| |  |  |  | | Jornal Gazeta de Notícias/RJ | 
 Página 1| Créditos/Fonte: Jesuíno Felicíssimo Junior | 
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2° - 5 de setembro, Jornal da Noite/SP: confirmação que 
um centenário existe em Sorocaba (Brazil) perfeitamente e no uso pleno das suas faculdades, Pedro Lopes, chamado Sapateiro, que foi recrutado para o serviço do exercício no tempo de D.Maria I, tendo 18 anos. [26705] 
| |  |  |  | | Sorocabano centenário do tempo de D. Maria I | 
 Fonte: Jornal da Noite/SP| Créditos/Fonte: Reprodução / Internet | 
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3° 13 de novembro - O Jornal O Globo/RJ:
Macróbio - Morreu, na barra do Riacho, freguesia de S. Benevenetes o crioulo livre de nome Silvestre de tal, na idade de 145 anos, 3 meses e 11 dias. Gozava de todas as faculdades intelectuais. Serviu 60 anos, mais ou menos, como pedestre. Nasceu nos arrabaldes da Victoria. Lembrava-se do tempo em que a Victoria era uma vila e governadores Robim e Pontes Leme. Deixa numerosa família: 12 filhos, 80 netos, 100 bisnetos e 40 tataranetos. [32266] 
| |  |  |  | Página 213| Créditos/Fonte: Reprodução / Internet | 
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4° 20 de novembro, Jornal Campeão Lusitano:
Faleceu no dia 6 de setembro na barra do (ilegivel), frequezia de São Benedito, na província do Espirito Santo, o crioulo livre de nome Silvestre "de tal", na idade de 145 anos (nascido em 1737), 3 meses e 44 dias.
Gosava de todas as faculdades intelectuais e de uma prodigiosa memória. Serviu 60 anos, mais ou menos, como pedreste da provincia. Nasceu nos arrabeldes da Vitória/ES, e lembrava-se do tempo em que a cidade era uma vila e governadores Robim e Pontes Leme.
Deixou numerosa família: 12 filhos, 80 netos, 100 bisnetos e 40 tataranetos. Assim já é ter-se filhos, netos e bisnetos! Oh! Colega, isto não será alguma broma? [26498] 
| |  |  |  | 20/11/1882| Créditos/Fonte: Reprodução / Internet | 
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5° - 26 de novembro, Jornal A Constituição/CE:
Próle admirável - Na freguesia do Riacho, município de Sorocaba, faleceu Silvestre de tal, com 145 anos de idade, deixando uma descendência de 12 filhos, 80 netos, 100 bisnetos e 40 tataranetos. Não é família; é colonia. [26499] 
| |  |  |  | | Homem de 145 anos de idade e 100 bisnetos | 
 Página 2 (¨)| Créditos/Fonte: A Constituição/CE | 
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Silvestre teria nascido, exatamente em 
1737, e Pedro Lopes entre 
1759 e 
1798, baseando-se na idade que teria quando foi recrutado e o período em que reinou D. Maria I.
Podem ser explicadas as semelhanças entre os dois nomes, e a coincidência nas datas de morte, pois Silvestre faleceu em 6 de setembro, um dia após ser declarado vivo e saudável.
Porém, a exatidão dos números de seus descendentes, vem a ser de tal ordem que se mostre inaceitável não supor serem a mesma pessoa, ainda mas num núcleo tão pequeno, como o de Sorocaba aquela época. Torna-se realmente extraordinário que se possa admitir a coexistência dos dois, Silvestre "de tal" e Pedro Sapateiro. 
NÃO MORREUComo mencionado no início deste texto, três anos após a publicação de sua morte, afirma-se no Jornal Diário de Notícias/RJ que 
em Sorocaba vivia 
o Pedro Sapateiro (...) que ainda esperava enterrar o século. Nesta mesmo ano 
faleceram em Itú, Cypriano de Almeida Camport, com 120 anos de idade e em Sapucahy, D. Francisca de Paula Carvalho, com 103. Em Campinas existia 
um jovem de 105 primaveras, chamado José Joaquim de Almeida Prado, que não tinha 
um cabelo branco. [32265] 
| |  |  |  | (éden| Créditos/Fonte: Reprodução / Internet | 
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OUTROS CASOSEm 13 de janeiro de 
1922 registra o Jornal A Gazeta/SP:
7 vezes casado! E conta 146 annos de edade! Paris, 13 - Todos os jornais se referem ao turco Djouro Chemdine, que veio fazer a sua viagem de núpcias até esta cidade. Conta 146 anos e é a sétima vez que contrai matrimônio. A sua saúde e agilidade não condizem com a sua longevidade, pois monta a cavalo como um rapaz e joga "foting" como um campeão.
Djouro é de uma grande sobriedade, alimentando-se apenas de leite, legumes e frutas. Ignora o gosto das bebidas alcoólicas. A sua memória conserva-se nítida, recitando, sem se enganar, uma longa lista dos sultões que tem visto sucederem-se no trono, desde Selim III até o presente. A sua barba branca transformou-se, mudando para cor preta... para agradar, naturalmente, á sua sétima esposa. | |  |  |  | | Natal, escravizados e pena de morte | 
 Atual Bairro de Brigadeiro Tobias (@) (ez) (natal)(vila santana| Créditos/Fonte: Jornal A Gazeta/SP | 
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	Jornal Diário Carioca/RJ, em 14 de julho de 
1950:
Curiosidades do censo, Salvador/BA, 13 - (Asapress) - Como ocorreu com a operação censitária de 1940, o recenseamento geral, ora em realização, revelará fatos curiosos e interessantes. Aqui, na Bahia, acaba de ser recenseada a macrobia com a respeitável idade de 145 anos, gozando da plena saúde e cujo nome não foi revelado agora para resguardar o sigilo assegurado por lei. | |  |  |  | | História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos | 
 Página V| Créditos/Fonte: Jesuíno Felicíssimo Junior | 
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 | |  |  |  | | \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\26499titulo.txt | 
 | \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\imgsc\26499data.txt | 
 | Créditos/Fonte: Reprodução / Internet | 
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CACIQUE FONGUEO cacique Fongue, que existia na reducção de Santo Angelo, quando em 
1767 foram expulsos os jesuitas. Sahiu com uma porção de homens e mulheres, que retomaram a vida selvagem. Falleceu no Campo Novo em 
1886 com 151 annos de idade, com toda a lucidez mental, quasi igualou o celebre Thomaz Parr. Ao doutor Carlos Frederico de Nabuco, medico então da colonia militar do Alto Uruguay, ao major Francisco Manoel de Siqueira (que ainda viviam em 
1909) e a outras muitas pessoas contou episódios da sua vida nomada. [32271]