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    22 de março de 2021, segunda-feira
    Atualizado em 04/11/2025 21:44:04

    
    
    


O dia 25 de abril de 1932, época da Revolução Constitucionalista de 1932 marcada pelas tensões dos movimentos no Estado de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, não impediu que uma família vibrasse de alegria com a chegada de mais um filho. Accacio Castanho de Almeida e Joana Pires Castanho unidos no amor conjugal pela fé cristã davam glória a Deus pelo parto saudável e saúde do menino João Batista. Ele nascia na pequena cidade de Guareí na região do Vale do Ribeira. Dia 25 de abril é dedicado a São Marcos, um dos apóstolos de Jesus. Durante dez anos, até 1942, o garoto João cresceu e se alfabetizou na escola guareiense com o professor Ezequiel Castanho de Almeida, seu tio paterno. Nascia aí a semente de um engenheiro aeronáutico formado pelo ITA -- Instituto Tecnológico da Aeronáutica e um escritor que no final de dezembro de 2020 me enviou por e-mail uma rara coleção de três livros que escreveu sobre as suas experiências de vida.

Para dar vida aos testemunhos do João Batista Castanho Sobrinho, autor das obras literárias, eu vou descrever neste artigo alguns dos detalhes que me fez viajar no tempo com ele e suas escritas. Convido o leitor a fazer o mesmo. Conta João Batista Castanho no primeiro volume que em Guarei todas as movimentações de pessoas eram realizadas em trilhas e pequenos caminhos rurais. Nos anos de 1920 seus pais relatavam que o transporte pelas estradas municipais para Itapetininga, Tatuí, Torre de Pedra, Bofete e Botucatu somente acontecia em carros de boi e carroças. Foi só em 1927 que surgiram pequenos caminhões e uma jardineira para duas viagens por dia. Saia de manhã de Guareí e retornava no final da tarde.

Os históricos moradores de Guarei lembrados por serem os primeiros a comprarem automóveis foram Nicolau Martins de Siqueira e Nicolau do Jonas e o professor João Alcindo Vieira. Um Ford 1937 comprado novo da fabricante fez tanto sucesso que acabou permanecendo com o dono até virar sucata. Muito curioso o fato de que toda a periferia da cidade era fechada por cercas de arame farpado para impedir a entrada de animais. Em cada saída para as estradas tinha uma porteira feita de tábuas e barrotes que girava em troncos. Eram sete porteiras. Isso sem contar os “mata-burros”, relata o autor.

Em suas recordações de infância João Batista Castanho disse que a população era muito pobre e dependia de realizar pequenas vendas de produtos caseiros nas ruas. Ele mesmo comercializava para sua tia Maria os bolinhos de farinha de milho recheados com carne de frango ou com fatias de linguiça de porco. Sua renda no final do dia era calculada pela tia em cinco por cento dos rendimentos obtidos.

Pensando nos dias atuais onde há centenas de salões de beleza nas cidades, como Sorocaba, eu fico a imaginar as citações do autor do livro nas peripécias das mulheres de Guareí. Não havia cabeleireira ou salão de beleza até 1940. Até então, as mocinhas faziam as suas unhas, passavam pó de arroz, rouge, batom e o talco embaixo dos braços para o suor sair perfumado. Para ondular os cabelos, enrolavam as mechas com pauzinhos de bambu ou taquara, como chamavam os mais antigos. Foi nessa época que surgiram também os famosos “permanentes” que deixavam por muito tempo os cabelos com cachos.

A vida em Sorocaba da família Castanho aconteceu no final do ano de 1947. Foi nessa época que os meus pais Ernesto e Carmela ficaram vizinhos. Accacio, Joana e os filhos foram viver em uma casa na rua Manoel Lopes 103, no bairro Além Ponte. Quando eu era menino em fase escolar cruzava com os Castanho na rua Santa Maria. Lembro-me da casa deles com jardim na frente e escadaria. Minha mãe era costureira e fazia as camisas do seminarista José Carlos, um dos filhos do casal. E quando as roupas ficavam prontas, com todo o cuidado meu irmão Darci levava até essa casa vizinha com as recomendações de mamãe de não amassar a camisa. João Batista Castanho cita no seu livro que a vizinhança era excelente e deixou marcas indeléveis de verdadeiras amizades. Posso confirmar que o contrário também é verdade, pois os membros da família de Accacio e Joana Castanho deixaram saudades quando mudaram de nosso bairro. Anos depois o seminarista e depois diácono José Carlos se ordenou padre pela imposição das mãos de Dom José Carlos de Aguirre. Hoje é Bispo Emérito e mora em Sorocaba. Monsenhor Castanho é o saudoso tio historiador e padre que usava o pseudônimo de Aluísio de Almeida em seus inúmeros livros publicados.

João Batista Castanho Sobrinho casou com Maria José de Barros Castanho( Mazé) e tiveram os filhos Milton de Barros Castanho (in-memorian) Eliana de Barros Castanho Nóbrega de Almeida, Eugênio Carlos de Barros Castanho, Mônica de Barros Castanho, Eduardo de Barros Castanho e Maria Cristina de Barros Castanho Stecca. São nove netos e quatro bisnetos que alegram a família.

No dia 1º de dezembro de 2020 a Maria José, eterna amada do “Tista”, o João Batista Castanho Sobrinho, sua namorada desde a juventude em Guareí, deixou saudades eternas para estar com Deus. Os três livros com título Guareí, Monsenhor Castanho e Dom Castanho faz parte a Coleção Guareí, Nossa, Vida e Raízes. O e-mail de João Batista Castanho Sobrinho para contato sobre os livros, ainda não publicados, é: jbcastanho32@gmail.com

Vanderlei Testa é jornalista e publicitário. Escreve às terças-feiras no Jornal Cruzeiro do Sul e aos sábados no www.blogvanderleitesta.com e facebook.com/artigosdovanderleitesta



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EMERSON


22/03/2021
ANO:216
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.