Jornal Scientifico, Economico, e Litterario, ou Collecção de várias peças, memórias, relaçõens viagens, poesias, e anedoctas
1827 Atualizado em 06/11/2025 18:37:04
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Fatos anteriores à fundação da Fábrica atual
Principiarei este este período, transcrevendo o que se lê nas Notícias Genealógicas de Pedro Taques.
"Affonço Sardinha começou em 1590 uma Fábrica de ferro de dois Engenhos para a fundição de ferro e açõ em Biraçoiaba, que laborou até o tempo que o dito Affonço Sardinha doou um destes Engenhos ao Fidalgo D. Francisco de Souza quando em pessoa passou a Biraçoiaba no ano de 1600, e como era Governador do Estado ali fundou Pelourinho, que muitos anos depois passou para a nova vila de N. S. da Ponte de Sorocaba. E recolhendo-se ao Reino em 1602, em que chegou á Bahia o seu sucessor, Diogo Botelho despachado por Felipe 3o. Rei de Castella ficou o dito Engenho a seu filho D. Francisco de Souza, a quem Sardinha tinha feito a graciosa dádiva, e deste passou a Francisco Lopes Pinto, Cavaleiro Fidalgo e Professo na Ordem de Cristo, por morte do qual (em São Paulo a 26 de fevereiro de 1629) se extinguiu o dito Engenho, e cessou a fundição de ferro de Biraçoiaba, em que com o dito Pinto eraa interessado seu cunhado Diogo de Quadros, o qual foi Provedor das Minas, e tudo consta do testamento do dito Francisco Lopes. (Cartório dos Órfãos de S. Paulo Maço de Inventários L F. N.o 24).[p. 127]
Foi o dito Paulista Affonço Sardinha de muitos merecimentos pelo ardor que teve no Real Serviço; porque tendo dado o seu Engenho de fundir ferro a D. Francisco de Souza fez construir a sua custa para nele laborar a fundição por conta do Rei, a quem fez esta doação (Arquivo da Câmara de S. Paulo Livro do Registro do ano de 1600 pag. 36).
Tão apagada ficou a memória destes Estabelecimentos que Luis Lopes de Carvalho Capitão Mor e Ouvidor de Itanhaém pode inculcar-se como novo descobridor, e presidindo a Câmara da vila de Sorocaba de sua jurisdição, em vereança de 14 de março de 1681, fez entrega das Minas que disse descobrira na Montanha de Biraçoiaba, e na de Cahatiba, e ordenou aos Oficiais da Câmara em Nome de S. A. R. que tomassem entrega delas, e não consentissem tirar pedras dali com pena de morte, se Ordem de S. A. R.
No ano seguinte o Senhor D. Pedro 2o., então Regente mandou Frei Pedro de Souza explorar se nas sobreditas Minas havia prata, fazendo o acompanhar por Manoel Fernandes de Abreu Capitão Mor de Itanhaem, e por Jacinto Moreira Cabral, que havia acompanhado Luis Lopes em seu inculcado descobrimento. Ignoramos o resultado, contando no Arquivo, da Câmara de "Sarocaba" fornece as Ordens, que a este respeito se expediram.
Martin Garcia Lombria, Capitão Mor de Itanhaem fez vários exames na Montanha ainda denominada Biraçoiaba e tentou estabelecer nela uma Fábrica de ferro, sobre o que foi tratar ao Rio de Janeiro, onde morreu, tendo recebido sobre este objetivo uma Carta Régia do Senhor D. Pedro 2.o datada em 20 de outubro de 1698, em que lhe agradece, e promete remunerar os serviços. [p. 128]
Registros mencionados • Registros mencionados (5): 01/01/1590 - Nova expedição com 50 homens* 26/02/1629 - Falecimento de Francisco Lopes Pinto, fidalgo e cavaleiro, da Ordem de Cristo, paralisa fábrica 14/03/1681 - Lopes de Carvalho se apresenta como descobridor das minas de ferro: pena de morte 05/02/1682 - Os irmãos Cabral, Manoel Fernandes de Abreu e Martins Garcia Lumbria, foram autorizados por Carta Régia a explorar os minerais existentes no morro de Ipanema 20/10/1698 - Falecimento de Martim Garcia Lumbria e recebimento de uma Carta Régia
• Referências (18) [1] Termo de como se deu juramento aos oficiais deste ano de 1591, 13/01/1591 [2] Luis Eannes depôs no “Processo Informativo de S. Paulo para a beatificação do Padre José de Anchieta”, 11/04/1622 [3] Jornal Scientifico, Economico, e Litterario, ou Collecção de várias peças, memórias, relaçõens viagens, poesias, e anedoctas, 01/01/1827 [4] Revista de Engenharia N° 147, 01/01/1886 [5] Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, 1885-1886, vol. XIII, 01/01/1889 [6] Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volume XXXV*, 01/12/1938 [7] “Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953), 01/01/1940 [8] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil, 01/01/1957 [9] Descobrindo o Brasil, por Manoel Rodrigues Ferreira. Jornal da Tarde, Caderno de Sábado. Página 4, 04/12/1993 [10] Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, 1994. John Manuel Monteiro, 01/01/1994 [11] “O Mito indígena da Lagoa Dourada e as bandeiras do Brasil Central”, Manoel Rodrigues Ferreira, 28/02/1994 [12] Anais de História de Além-Mar. Lisboa / Ponta Delgada, 01/01/2010 [13] Reduções jesuítico-guarani: espaço de diversidade étnica, 2011. André Luis Freitas da Silva. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em História. Área de concentração: História, Região e Identidades. Orientadora: Profa. Dra. Càndida Graciela Chamorro Argüello, 01/01/2011 [14] Revista da Associação de Defesa do Patrimônio do Conselho de Macedo de Cavaleiros "Terras Quentes", 20.04.2016, 20/04/2016 [15] Anais do 3o Simpósio Brasileiro de Cartografia Histórica ISSN 978-85-62164-09-5 Antônio Gilberto Costa Márcia Maria Duarte dos Santos*, 01/10/2016 [16] Surpresas que a genealogia nos revela. Por Paulo Fernando Zaganin. Em xn--yep-dma.com.br, 08/09/2019 [17] Biografia de Lopo Dias Machado, consultada em genearc.net, 09/05/2022 [18] PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri, 21/09/2025
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