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Lado a lado, olho no olho... A épica batalha entre Senna e Mansell no retão de Barcelona
    29 de setembro de 2018, sábado
    Atualizado em 24/11/2025 02:40:37




Na inauguração do Circuito da Catalunha, brasileiro e inglês travaram duelo inesquecível vencido pelo piloto da Williams, o que adiou a decisão do título mundial de 1991 para o Japão

Por Fred Sabino — Rio de Janeiro

Um dos momentos mais icônicos da Fórmula 1 na década de 1990 aconteceu no dia 29 de setembro de 1991: Nigel Mansell e Ayrton Senna tiveram uma das brigas mais marcantes de uma longa rivalidade, com ambos rasgando a reta do novo circuito de Barcelona a poucos centímetros um do outro e retardando ao máximo a freada. Uma disputa memorável na qual o inglês levou a melhor e partiu para uma grande vitória.

Senna e Mansell chegaram à Espanha sob tensão, afinal a briga pelo título estava acirrada. Na etapa anterior, em Portugal, o inglês jogou muito duro na largada, e Ayrton, que evitou uma batida, reclamou. Em Barcelona, o então presidente da FIA, Jean-Marie Balestre, foi duro com Mansell no briefing, e houve uma discussão com Senna.

Fato é que, com 24 pontos de vantagem com 30 em jogo, o brasileiro conquistaria o tricampeonato em caso de uma vitória, ou mesmo com um segundo lugar, desde que Mansell não fosse o vencedor, ou até uma terceira posição, também se o inglês não ganhasse a prova. Apesar da considerável vantagem de Senna, a Williams, como vinha sendo na maioria das provas, era a favorita a mais uma vitória.

Em 1991, o novo palco do Grande Prêmio da Espanha era o Circuito da Catalunha, nas proximidades de Barcelona. Construído seguindo os mais avançados padrões de segurança e funcionalidade da época, o autódromo tinha um traçado de 4.747 metros, com a maior reta de toda a F1 e curvas de diferentes tipos. Restava ver qual carro se adaptaria melhor ao circuito.

Na época, os treinos classificatórios eram divididos em dois dias. Na sexta-feira, Gerhard Berger foi o mais rápido, seguido por Mansell, Senna e Riccardo Patrese, companheiro do inglês na Williams. A pista estava em piores condições no sábado, então as posições não foram alteradas.Para Mansell, o segundo lugar à frente de Senna não era tão ruim, mas o problema para o Leão estava fora da pista. Num jogo de futebol promovido pela Camel, patrocinadora da Williams, Mansell machucou o tornozelo esquerdo e chegou a ser dúvida para a corrida. Mas, como o câmbio do modelo FW14 era semiautomático e a embreagem era usada apenas na largada, a situação era menos dramática do que poderia ser. E Nigel partiu para uma grande vitória.No entanto, a corrida não começou bem para o inglês. Com a pista úmida por uma garoa, Senna fez excelente largada, passou Mansell e só não assumiu a liderança porque não quis. Sim, a estratégia era fazer Gerhard Berger de coelho, enquanto Ayrton seguraria Mansell, permitindo ao austríaco abrir vantagem. Vale lembrar que, com Senna em segundo, o Leão teria de vencer a corrida para adiar a decisão, ou seja, precisaria fazer duas ultrapassagens, sobre o brasileiro e sobre Berger.Só que um fator extra apareceu na disputa para atrasar Mansell: o jovem Michael Schumacher, em sua quarta corrida na F1, estava "atiçado", como disse Galvão Bueno na transmissão da Globo, e despachou o Leão ainda na primeira volta com a Benetton. Aos 22 anos, Schumi ainda pressionou Senna no início da prova, mas o brasileiro neutralizou os ataques.Mas Mansell resolveu acordar. Passou por Schumacher, e partiu à caça de Senna. Na quarta volta, o Leão entrou forte na reta dos boxes, pegou o vácuo da McLaren e tirou para fazer a ultrapassagem. Os dois percorreram quase um quilômetro lado a lado, com os pneus separados por poucos centímetros, e um olhando para o outro. Mansell tinha o lado de dentro e retardou a freada ao máximo possível para assumir o segundo lugar.Mas logo depois, com o asfalto secando, começaram as trocas para pneus slicks. A McLaren se enrolou na troca de Berger, que perdeu toda a vantagem, que havia construído. No pit stop de Senna, a McLaren fez uma operação mais veloz, e Senna recuperou a posição de Mansell.Mas Senna, voltando a adotar a tática de correr em segundo para segurar Mansell, deixou Berger reassumir a ponta. Só que, numa opção de pneus errada (mais duros do lado esquerdo, numa época em que as escolhas mistas dos compostos), Ayrton ficou com o carro desequilibrado e rodou logo em seguida na entrada do retão, caindo para sétimo. Livre do brasileiro, Mansell partiu com tudo para cima de Berger e assumiu a ponta na volta 20 de 65 para não mais perder.Aos poucos, Senna se recuperou e voltou ao quarto lugar, beneficiado por pit stops de Nelson Piquet e Martin Brundle, e por uma rodada de Schumacher, que já estava colado em Berger na briga pelo segundo lugar. Ayrton chegou a subir para terceiro depois que Berger abandonou com problemas de ignição.Mas, ainda com o carro desequilibrado, Senna acabou sendo ultrapassado por Riccardo Patrese e Jean Alesi, e teve de se conformar com um amargo quinto lugar. Soberano, Mansell venceu com facilidade, seguido por Alain Prost, que foi um dos primeiros a colocar pneus slicks e acertou na estratégia para ganhar posições.Apesar do revés em Barcelona, Senna continuava em boa situação para conquistar o tri. Ao brasileiro, bastava um segundo lugar nas duas provas finais do campeonato, independentemente do que Mansell fizesse. E, de fato, Ayrton se sagrou tricampeão mundial na corrida seguinte, no Japão.



Ayrton Senna da Silva
Curiosidades
Grupo Globo
Grupo Globo


ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
10/09/1991 - Etapa da F-1: Grande Prêmio de Barcelona
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.