'História Islâmica - 08/12/2025 Wildcard SSL Certificates


História Islâmica
    8 de dezembro de 2025, segunda-feira
    Atualizado em 09/12/2025 00:34:43





Um dos argumentos sionistas mais comuns em relação a deslegitimação da ‘’Palestina’’ é de natureza etimológica. Segundo atestam alguns, o termo teria sido cunhado pelo imperador romano Adriano para punir os judeus da província romana da Judéia após a Revolta de Bar Kokhba e sua expulsão, mudando seu nome para o relacionado à uma nação inimiga que vivia ali, a dos filisteus. Mas seria isto verdade? Em curta palavra, não.

Por volta de 135 d.C, a Síria Palestina era uma província romana que foi estabelecida pela fusão da Síria Romana e da Judéia Romana, pouco antes ou depois da Revolta de Bar Kokhba, e da diáspora judaica. Existem apenas evidências circunstanciais que ligam Adriano à mudança de nome e a data precisa não é certa. A visão comum de que a mudança de nome pretendia "cortar a ligação dos judeus com a sua pátria histórica" é contestada. O historiador Zachary Foster em sua dissertação de doutorado afirma que "a maioria dos estudiosos acredita que o imperador romano Adriano mudou o nome administrativo provincial da Judéia para Palestina para apagar a presença judaica na terra", e opina que "é igualmente provável que a mudança de nome tenha pouco a ver com o ódio aos judeus e mais a ver com o caso de amor de Adriano com a Grécia antiga’’, pois, a região já era assim conhecida pelos gregos.

Heródoto, por exemplo, no século quinto antes de Cristo, nomeia a região de Palaistinê. Foster acrescenta que há “poucas evidências diretas sobre quem fez a mudança, quando e em que circunstâncias”, e que pode ser que Adriano não tenha “renomeado” o país, mas simplesmente “chamado o lugar como era chamado antes” (pelos gregos clássicos). Louis Feldman argumenta que antes da mudança do nome da província, o termo era usado para se referir à região costeira associada aos filisteus e que os autores do primeiro século diferenciavam a Judéia da Palestina. Ou seja, não foi um termo criador por Adriano, já sendo conhecido por Heródoto.

Quando os árabes vão conquistar a região mais tarde, em 638, aquela região será nomeada como Jund Filstin ou "Distrito da Palestina", dando continuidade a tradição greco-romana. A população local, descendente de todos os povos que um dia ali habitaram, judeus incluso, irá se arabizar ao longo dos séculos e adquirir uma cultura híbrida com mais elementos árabes advindos da Península mesclado aos elementos levantinos, como a língua e a culinária, porém, aquela terra continuará sendo conhecida como Palestina desde Heródoto até os dias de hoje, mesmo com os intervalos de Judeia e Israel.

Bibliografia:

- Foster, Zachary (November 2017). The Invention of Palestine (thesis). Princeton University.

- Avni, Gideon (2014). "Shifting Paradigms for the Byzantine–Islamic Transition". The Byzantine-Islamic Transition in Palestine: An Archaeological Approach. Oxford: Oxford University Press.

- Jacobson, David (1999). "Palestine and Israel". Bulletin of the American Schools of Oriental Research. 313 (313): 65–74.

- Lehmann, Clayton Miles (Summer 1998). "Palestine: History: 135–337: Syria Palaestina and the Tetrarchy". The On-line Encyclopedia of the Roman Provinces. University of South Dakota.



Roma/ITA
Públio Élio Adriano
Palestina
História Islâmica

EMERSON


08/12/2025
ANO:853
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.