Constantine: O homem que moldou a Igreja Católica - Um chamado à reflexão, por Bobby Opp - 09/12/2025
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Constantine: O homem que moldou a Igreja Católica - Um chamado à reflexão, por Bobby Opp
9 de dezembro de 2025, terça-feira Atualizado em 10/12/2025 07:33:37
Constantine: O homem que moldou a Igreja CatólicaUm chamado à reflexão
Longe do que muitos imaginam, o cristianismo que conhecemos hoje não nasceu como foi com Jesus ou com seus apóstolos. Foi estruturada, remodelada e em grande parte institucionalizada pelo imperador romano Constantino I.
No ano 325, durante o Concílio de Nicéia, Constantino, o Grande reuniu bispos para unir as divergentes correntes cristãs e criar uma religião única ao serviço do Império. Não foi a fé que liderou esta reforma, mas a necessidade de ordem política e unidade imperial. Este momento marca o nascimento do cristianismo imperial, adaptado aos interesses do poder.
Em 327, Constantino - apelidado mais tarde de "o 13o apóstolo" - encarrega Jerônimo de traduzir os textos bíblicos para o latim: será a famosa Vulgata. Esta tradução não é neutra. Nomes hebraicos modificados, passagens reinterpretadas e alguns significados profundamente transformados para corresponder aos valores romanos.
Nos séculos seguintes veem o acúmulo de adições dogmáticas e invenções rituais:
431: estabelecimento do culto à Virgem Maria, figura ausente dos primeiros séculos cristãos como objeto de veneração.
594: nascimento do conceito de purgatório.
610: aparição do título oficial do “Papa”.
788: Integração de divindades e rituais pagãos na forma de santos ou festas cristãs.
995: A palavra hebraica Kadosh ("separada, sagrada") é distorcida para justificar a noção de "santidade" pelos padrões católicos.
1079: imposição de bacharel de sacerdotes — uma regra puramente eclesiástica, estrangeira até o início do cristianismo.
1090: O rosário está se tornando prática obrigatória.
1184: início oficial da Inquisição, instituição de perseguição religiosa.
1190: Indulgências estão à venda: a salvação torna-se monetária.
1215: A confissão torna-se um dever regular.
1216: o dogma da transsubstanciação (o pão se tornando carne divina) é imposto. Uma ideia inspirada em mitologias antigas.
1311: O batismo se torna um rito indispensável e estruturado.
1439: Purgatório, embora não exista nos textos originais, é declarado dogma.
1854: invenção do dogma da Imaculada Conceição de Maria.
1870: O Papa torna-se infalível nas suas decisões doutrinárias - um conceito radical e tardio.
Outra adição:A ligação entre Lúcifer e o Diabo (Satanás) não existe nos textos originais da Bíblia: é uma construção teológica interpretativa tardia. Os pontos chave para entender quando e como Lúcifer se tornou "o Diabo" na tradição cristã:O nome "Lúcifer" na BíbliaA palavra Lúcifer vem do latim lux ferre = "portador da luz".Ele aparece apenas uma vez na Bíblia Latina (Vulgata), em Isaías 14:12:“Quomodo cecidisti de caelo, Lucifer, fili aurorae..."("Como caíste do céu, Lúcifer, filho da alvorada? "")Mas esta passagem é realmente sobre o rei da Babilônia, um tirano orgulhoso, e não um anjo.Interpretação cristã:Por volta do século IV, os Padres da Igreja (nomeadamente Jerônimo e mais tarde Agostinho) interpretaram esta passagem simbolicamente:O rei orgulhoso é visto como a figura de um anjo caído.Foi assim que Lúcifer se tornou um nome simbólico para Satanás.Construindo o mitoEntre os séculos IV e VI, esta ideia tem vindo a desenvolver-se:Lúcifer teria sido um anjo de luz, correndo para a escuridão depois de querer igualar a Deus.Esta interpretação também é baseada em Apocalipse 12:7-9, onde o dragão (Satanás) é apressado para fora do céu.Então começamos a fundir as figuras de Lúcifer, Satanás, a serpente do Éden e o diabo.Data simbólica dessa transformaçãoPode-se dizer que Lúcifer se tornou o Diabo entre os séculos IV e VI, através da influência de:Jerônimo (versículo 382), tradutor da Bíblia para o latim.Agostinho (cerca de 400), com sua visão do pecado e do mal.E mais tarde, com a Igreja Medieval, que fixa Lúcifer como o nome próprio do chefe dos anjos caídos.Lúcifer não era o Diabo no início.É cerca de 400-600 depois de J. - C. que ele se torna oficialmente identificado com Satanás, através de leituras simbólicas, filosóficas e políticas dos textos bíblicos.E estes são apenas alguns exemplos das mais de 2500 adições que moldaram a religião institucional ao serviço do poder, longe da mensagem original de amor, simplicidade e liberdade.Republicação de~ Os segredos dos druidas ~
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.