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    11 de dezembro de 2025, quinta-feira
    Atualizado em 11/12/2025 01:54:39




Jean Maurice Faivre nasceu em Combe Rallard, Jura, França, em 21 de setembro de 1795, e faleceu na Colônia Teresa Cristina, Paraná, em 30 de agosto de 1858. Foi um médico naturalista e maçom. Formou-se pela Faculdade de Paris e exerceu a profissão na França até os 30 anos. Mudou-se para o Brasil, em 1826, e trabalhou no Hospital Militar da Corte, no Rio de Janeiro, conquistando grande prestígio. Atuou como médico particular da Imperatriz Teresa Cristina, foi educador, sociólogo, filósofo e socialista. Em junho de 1829, ajudou a fundar a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, que, 60 anos depois, passaria a se chamar Academia Nacional de Medicina.

Fundador da Colônia Teresa Cristina, no Paraná, foi amigo do Barão de Antonina, de Dom Pedro II, da Imperatriz Teresa Cristina e de Gustave Rumbelsperger (naturalista francês que participou da fundação da Colônia). Foi o idealizador da Comissão de Atendimento Gratuito aos Pobres.

Jean Maurice Faivre atendeu a Imperatriz Teresa Cristina, José Bonifácio e outros personagens importantes da Corte. Amigo pessoal de Dom Pedro II, este lhe conferiu a comenda da Imperial Ordem da Rosa e a comenda da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, as duas no grau de Cavaleiro.

Em 1840, já com quarenta e cinco anos, apaixonou-se e casou-se com Anne Taulois, vinte e cinco anos mais jovem que ele. Ela era prima de 1º grau de Gustave Rumbelsperger, que viria a ser seu braço direito e melhor amigo. Em 28 de março de 1841, Anne entra em trabalho de parto e sua filha Marie nasce morta. Cerca de quarenta e quatro dias após, Anne falece. Este desenlace causa profunda dor e transtorno existencial ao Dr. Faivre.

Profundamente consternado pela morte da esposa e da filha, decidiu realizar viagens, visitando algumas províncias. Esteve, durante certo tempo, em Mato Grosso. O Ministro da Fazenda, Cândido José de Araújo Viana, o Visconde de Sapucaí, no final de 1841, nomeou Dr. Faivre para realizar um estudo sobre as águas termais de Caldas Novas e Caldas Velhas, em Goiás, as quais se diziam ter poderes curativos para a lepra. Depois de dois anos de estudos, Faivre chegou à conclusão de que tais águas não curavam a doença, mas que eram excelentes para alguns problemas de pele. Esteve, durante sua estadia naquele local, junto aos leprosos que vinham de todas as partes do país, pensando em se curar nas águas ditas milagrosas. Dr. Faivre estudou a lepra, enviando importantes trabalhos para a Academia de Medicina e para a França. Depois da morte de esposa e filha, das quais jamais se esqueceria, resolveu abandonar todas as diversões da Corte.

O sonho de fundar uma colônia agrícola nos moldes socialistas era antigo. Em suas viagens, conheceu João da Silva Machado, o futuro Barão de Antonina. Um latifundiário que gozava de prestigio onde era elemento de confiança do governo, e que foi um dos homens que trabalhou para a emancipação do Paraná. João da Silva Machado tornou-se seu amigo e, nas longas conversas que mantiveram, Jean Maurice Faivre se empolgou com as qualidades exuberantes das terras e as grandes possibilidades da exploração fluvial do Rio Ivaí. A convite do futuro Barão, Dr. Faivre visitou as terras tão decantadas. Sonhou, mais uma vez, e decidiu que seria nestas terras que fundaria a colônia. Seria para ele e para as pessoas que acreditavam nele, o verdadeiro eldorado e um local onde não existissem escravos, onde o índio seria civilizado sem passar pelo estágio de escravidão, onde houvesse felicidade e igualdade, uma concepção verdadeiramente socialista, sem ambições de riquezas pessoais, mas sim riqueza para todos. Faivre, então, retornou à França com a esperança de conseguir adeptos que o acompanhassem na sua aventura. A Imperatriz Teresa Cristina o apoiou, achando que a vinda de colonos da Europa para o Brasil seria muito interessante para o país, e, assim, lhe ofereceu seis contos de réis para pagar parte das despesas. Para juntar mais dinheiro, o Dr. Faivre vendeu todos os seus bens no Rio de Janeiro. Só não vendeu livros e instrumentos médicos. E, com 20 contos de réis, em maio de 1846, retornou à França. Durante a viagem, traçou o plano de fundação da Vila Agrícola Teresa Cristina, em homenagem à Imperatriz.

Na França, recrutou profissionais de diversas áreas e voltou ao Brasil com 72 pessoas. Desembarcaram no Porto de Antonina, passaram por Curitiba, Ponta Grossa, desceram o Rio Campinas Bellas, atualmente Ivaizinho, onde acamparam na foz, que deságua no Rio Ivaí, onde foi fundada a Colônia.

Em 1847, no Vale do Rio Ivaí, a Colônia Teresa Cristina se desenvolveu rapidamente graças a seus esforços. Muitas famílias brasileiras procuraram estabelecer-se nesta região, todos subordinados ao Dr. Faivre, cuja energia era espantosa. Foi o diretor moral e financeiro da Colônia e, ainda, mestre dos compatriotas. Todos tinham-lhe grande confiança e dedicavam-lhe sincera estima. Faivre deu andamento ao projeto durante 11 anos.

Doente, recomendou aos amigos, que após a morte dele, o sepultassem debaixo de uma árvore frondosa ao lado de uma fonte – fato que ocorreu no dia 30 de agosto de 1858, aos 63 anos, deixando para o cargo de Diretor, seu braço direito, Gustave Rumbelsperger.

Faivre foi humanitário e médico de prestígio, tanto na França, quanto no Brasil. Mesmo assim, optou pelos pobres, a quem medicava sem receber pagamento.



Rio Ivahy (Guibay, Hubay)
João Maurício Faivre
José Bonifácio de Andrada e Silva
1763-1838
João da Silva Machado, Barão de Antonina
Cândido José de Araújo Viana
1793-1875
Academia Nacional de Medicina

EMERSON


11/12/2025
ANO:853
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.