D. Rodrigo de Castro (†1662) era filho de D. Rodrigo de Castro, alcunhado "o Ombrinhos", e deMaria Luís de Castro. D. Rodrigo de Castro foi senhor do morgado do Torrão e um dos primeiros capitães de cavalos que D. João IV nomeou em Janeiro de 1641. Em 1643, derrotou os espanhóis emAlbuquerque; em 1646, atacou Valência de Alcântara, mas retirou, com elevadas perdas; no ano seguinte,foi nomeado governador das Armas das comarcas da Guarda, Pinhel, Lamego e Esgueira. Em 1649, feznova incursão na direcção de Ciudad Rodrigo, na vizinhança da qual queimou o lugar de Sabugo, a duasléguas da mesma. Em coordenação com as forças de D. Sancho Manuel, as forças sob o seu comandosaquearam e incendiaram repetidas vezes povoações fronteiriças. A vila de Bódio foi por ele tomada esaqueada, sendo degolados o governador e quarenta soldados que resistiram. A crueldade demonstradapor D. Rodrigo nos actos de guerra fez com que D. João IV mandasse devassar do seu procedimento e dode alguns oficiais seus. Da devassa não resultou culpa relevante, mas enquanto o rei viveu não tornou aexercer o governo da província. Em 1657, retomou, com êxito, a sua série de feitos militares de fronteirae em 1658 foi nomeado mestre-de-campo-general para comandar a infantaria e a artilharia do Alentejo.Passou depois a governador das Armas de Trás-os-Montes; tomou também parte na batalha das Linhas deElvas. Depois desta campanha, voltou para Trás-os-Montes, onde voltou a exercer o governo militar, edeteve várias investidas dos espanhóis contra o reino português. Em 1662, foi nomeado governador dasArmas do Alentejo e, no mesmo ano, ingressou no Conselho de Guerra. Casou com D. Catarina Maria deMeneses, filha de D. António de Sousa, comendador de Santa Marta de Viana, na Ordem de Cristo, e desua mulher, D. Maria de Meneses; c.g. (cf. Afonso Eduardo Martins ZUQUETE – ob. cit., vol. II, p. 738-739). [p. 127, 128]