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A Grande História. EP. 03
    2 de novembro de 2013, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Em junho de 323 a.c., quando um famoso cavaleiro morreu na Babilônia, havia conquistado um império que se estendia da Grécia até o rio Hindus, no Paquistão. Seu nome, Alexandre "O Grande". Nada disso seria possível sem o garanhão que ele cavalga em batalha.

Mas esse animal é mais que um veículo para as conquistas. Iremos descobrir que o cavalo tem um papel chave em quase todos os empreendimentos do Homem.

Pensamos na História como uma linha de tempo, uma série de acontecimentos que se estendem à 2 mil anos no passado. É hora de repensar. Em vez de uma linha, imagine uma rede de direções infinitas, interagindo em bilhões de anos, agindo juntas para criar tudo que conhecemos no Universos. Nosso planeta e nós mesmos.

Quando vemos os momentos mais épicos pelas lentes da ciência e sob uma nova luz revolucionária, os movimentos dos átomos agitam os movimentos dos homens, das civilizações. A História como conhecemos está ficando maior.

(...) A Grande História revela conexões que envolvem toda a humanidade, desde as roupas que vestimos e as conquistas, ou a queda de impérios, até a revolução da linguagem. E é o cavalo que liga todos eles.

A Grande História volta no tempo 6 mil anos atrás. Nas pradarias da Ásia Central, onde os primeiros nômades estão falando uma língua antiga conhecida como Proto-Hindú-Européia. Sua palavras irão certamente se espalhar e se desenvolver, ramificando-se a partir de uma rota comum, até chegar ao italiano, espanhol, grego, russo, hindú, alemão, inglês. Começando-nos as línguas faladas por quase a metade do mundo.

Por que a propagação da língua começa aqui? Porque estes são os primeiros povos na Terra à cavalgar cavalos e isto cria uma estrada entre seus mundos.

Craig Benjamin, historiador, co-autor de "Big History"

Não haveria este texto, não em português, se não fosse pelo papel do cavalo em espalhar a língua, a cultura e os seres humanos.

A Grande História liga sua História à uma série de transformações épicas. Todas colocadas em marcha por um animal revolucionário. Desde o momento em que o primeiro cavaleiro saltou no lombo de um cavalo, quase 6 mil anos atrás, ambas as criaturas se transformaram.

Jonathan Markley, historiador, Cal State Fullerton

O Homem cuida de seu cavalo. Ele limpa, adestra ele, coloca ferraduras nele, o ajuda a procriar, e em troca o cavalo nos dá a força de seus músculos, que nos leva á vitória na guerra.

Craig Benjamin, historiador, co-autor de "Big History"

No âmbito de Grande História é difícil pensar em qualquer outro mamífero que teve tanto impacto na História humana como o cavalo.

Melhor amigo do homem

Entre todos os animais da terra, por que o cavalo se tornou o mais importante aliado do homem?

Há estimados 6.6 milhões de espécies de animais terrestres , mas muitos deles, como os insetos são pequenos demais para serem úteis. Outros são difíceis demais para domesticar, carnívoros, por exemplo, são muito caros para alimentar. Alguns, como o elefante, demora tempo demais atingir o tamanho completo. Outros, como a zebra, são geniosos demais para serem úteis. Para puxar e cavalgar o animal precisa pesar pelo menos 45 quilos, o que elimina quase todos, deixando-nos com um pouco mais de 1 dúzia de mamíferos que se alimentam de grandes plantas, entre eles somente o cavalo tem a exata combinação de força, temperamento e acima de tudo, velocidade.

Cada perna é como uma mola gigante que pode impulsionar um animal de 554 quilos é velocidade 6 vezes mais rápida que um ser humano médio.

Trevor Valle, paleontologista

Uma vez que você domestica um animal que tem mais habilidade do que você mesmo, você mudou todo o jogo.

Mas por que esses antigos impérios enormes não se tornaram ainda maiores?

As evidências sugerem uma teoria surpreendente. Que os antigos impérios tem um limite de tamanho delimitado pelo cavalo. Se os limites externos de um império tem mais de 14 dias de distância, à cavalo, da capital, torna-se uma luta manter o controle.

Jonathan Markley, historiador, Cal State Fullerton

A velocidade das comunicações é essencial para manter um império. Você tem que ser capaz de enviar mensagens para a fronteira e levá-las de volta com espaço razoável de tempo, seu não puder fazer isso, seu império não é competente, você não pode responder aos ataques, não pode responder as crises.

O império mongol se expande bem além do limite de um tamanho sem precedentes de 33.7 milhões de quilômetros quadrados. Os mongóis controlavam tanta terra que poderia demorar mais de um ano para receber mensagens ou suas tropas viajarem para os limites externos do império. Mas durante um século, rebeliões dividem o império mongol em 4 territórios menores, cada um com 5 a 13 milhões de quilômetros quadrados, não coincidentemente, iguais ao tamanho do império romano á esta altura.

Do outro lado do mundo, os impérios das Américas são mínimos em comparação. O maior deles, o império inca, é apenas uma fração do tamanho do que uma vez foi Roma. Ao norte, os astecas reivindicam apenas 199.4 milhões de quilômetros quadrados.

Por que estes impérios do Novo Mundo são ofuscados por aqueles do Velho Mundo?

Por uma importante razão: o Novo Mundo não tem nenhum cavalo. De fato, os incas confiam em corredores chamados Xasques para entregar mensagens e mantimentos.

Charlie C. Mann, escritor, autor de 1491 e 1493

Com o cavalo você pode ir do ponto A ao ponto B, separados apenas 160 quilômetros de distância. Não é uma grande coisa. Para pessoas que correm é um grande feito.

Por que uma parte do mundo tem cavalos e outra não?

Você pode pensar que é porque cavalos não conseguiam chegar às Américas, até que os europeus os trouxessem aqui em navios. Mas uma evidência fóssil revelou uma novidade. Os cavalos nasceram nas América.

Trevor Valle, paleontologista:

Os cavalos são nossos, eles tem sido nossos desde o início dos tempos.

A Grande História volta no tempo 50 milhões de anos. Quando a Terra se aquece, florestas úmidas se tornam pradarias. Os ancestrais dos cavalos descem das árvores e vão para as planícies. Eles se adaptam ao seu novo meio ambiente e desenvolvem longas pernas e corpos musculosos que os permitem fugir dos predadores, dando-lhes a velocidade que um dia seria tão fundamental para a História humana.

Então, o que aconteceu com os cavalos americanos?

Eles cruzam trilhas com os primeiros americanos que atravessam a ponte da Terra de Beringh, durante a última era do gelo, não como transporte, mas como alimento. Eles provavelmente caçaram o cavalo levando-o a extinção.

Mas alguns cavalos tiveram melhor sorte, atravessando a mesma ponte da Terra, que também trouxe pessoas. Com certeza colocando-os no lugar certo, na hora certa, para que os habitantes da Ásia central os domassem.

Trevor

Os cavalo tinha um ótimo plano para simplesmente cair fora. Se não fosse por isso, onde estaríamos hoje?

Mas as civilizações das Américas não terão os benefícios deste aliado fundamental. Quando os cavalos finalmente retornaram para as Américas, com os espanhóis, nos séculos 15 e 16, generais como Hernan Cortez se chocam com as culturas, sem cavalos, do Novo Mundo, e decisivamente vencem.

Roger Mcgrath, historiador

Nos primeiros conflitos entre os povos nativos e os espanhóis, estes eram capazes de usar os cavalos para fazer ataques surpresas e lutas frontais. Isso nunca aconteceria se os povos nativos tivessem cavalos. Quando os nativos vêem estes cavalos tem 3 reações: "Mas que diabo é isto?", "Uau! Olha as coisas que ele pode fazer." e "Eu quero um". Eles vão da reação 1 até a 3 em apenas 5 minutos.

Durante 200 anos os cavalos espanhóis transformam a vida nativa americana em toda a sua extensão.

Roger Mcgrath, historiador

Uma vez que eles tem o cavalo e adotaram a cultura do cavalo, eles se transformam em guerreiros montados e também em guerreiros montados, que agora cavalgam por toda parte através de grandes planícies.

E assim como os mongóis e os romanos, antes deles, estas tribos nativas, como os Comanches, rapidamente expandem seus impérios no dorso dos cavalos.

Roger Mcgrath, historiador

De fato os espanhóis tinham um nome para isso, chamavam de Comancheria, uma área de 960 quilômetros de sul ao norte, e por volta de 640 quilômetros de lesta ao oeste. E dominavam completamente esta área. Portanto o cavalo mudou inteiramente, não apenas a cultura dos índios americanos, mas a História do oeste.

Uma Revolução da Energia

Toda energia que consumimos alimentando pode ser rastreada até uma única energia. O Sol. Os humanos não podem absorver diretamente a energia do Sol, mas plantas podem, o que significa que planícies verdejantes são reservas imensas de energia. Mas comer toda esta grama não é uma opção para os humanos, já que é essencialmente celulose, uma substância que não podemos digerir. Para obtermos energia desta grama selvagem podemos esperar que outros animais a comam, daí então comê-los. Mas, há um problema. No momento em que a energia chega á nós pela cadeia alimentar, muita coisa se perdeu. Plantas como a grama perdem 90% da energia solar que absorvem. Animais que comem grama perdem outros 90%. No momento em que estivermos comendo um filé, outros 90% são perdidos.

David Christian, historiador, co-autor de "Big History"

Eu não posso comer grama por causa do meu tipo de organismo. Olhe para toda essa energia armazenada nessa grama, e isso é frustante. eu não posso alcançá-la. Então o que vou fazer se eu for realmente esperto? Eu domestico um animal que possa comer essa grama.

Assim que os humanos começam a cavalgar cavalos comedores de grama, nós demos um passo mais perto da fonte de energia e conseguimos um impulso principal da força.

David Christian, historiador, co-autor de "Big History"

Aprender a domesticar o cavalo foi um tipo de revolução energética. Um cavalo pode produzir por volta de 8 a 9 vezes a potência de um ser humano. Então, em vez de carregar mantimentos você mesmo, você pode ter cavalos carregando, portanto é uma energia próspera.





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Data: 02/11/2013


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