SERGIPE ANTIGO (CAPÍTULO III). blogdesamarone.blogspot.com
30 de julho de 2019, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
Sergipe Antigo. (Ciri-gy-pe – rio dos siris). (por Antônio Samarone)Sergipe foi descoberto por Américo Vespúcio, em 04 de outubro de 1501.A comitiva de Pedro Alvares Cabral, composta de dez caravelas e três navios redondos, partiu de Lisboa em 09 de março de 1500, chegando a Porto Seguro em 22 de abril. Ficaram na terra descoberta por oito dias. Em primeiro de maio, zarparam para o seu destino inicial, de estabelecer uma feitoria em Calecut. Portugal tinha uma população em torno de 1,8 milhões de habitantes.Na verdade, eles descobriram Porto Seguro, e seguiram viagem.Havia um cientista na Esquadra de Cabral, Mestre João (João Faras), considerado o primeiro cientista a estudar o Brasil. Era astrônomo, astrólogo, cosmógrafo e o médico da equipe. Cristão novo.A tarefa mais importante de Mestre João foi a de descobrir que terra era aquela, a que eles aportaram em abril de 1500. A medida da latitude foi tomada no dia 27 de abril de 1500, com um grande astrolábio de madeira. Obteve-se o valor de "aproximadamente 17º" que comparado com o valor aceito hoje de 16º, 21´22´´, pode ser considerada bem precisa.Na noite de 27 de abril Mestre João se deparou com uma constelação, que já era conhecida desde a antiguidade e servia de orientação para os navegadores ao ultrapassarem a linha do equador, mas que ainda não tinha nome. Ao ver o seu desenho no céu, Mestre João a comparou com uma cruz, batizando-a então de Cruzeiro do Sul. A carta escrita por mestre João em 1º de maio de 1500, dirigida a D. Manuel, ficou perdida até 1843.A carta de Pero Vaz Caminha, tão bem escrita, relatando de forma entusiasmada as descobertas do Brasil não teve repercussão à época. A carta de Caminha ficou nas gavetas dos arquivos portugueses por muito tempo, só sendo descoberta por Ayres Cabral em 1817.O comportamento dos portugueses ao chegarem ao Brasil era como se a nova terra fosse a eles destinada por Deus. Iniciaram dando nome às coisas, batizando e benzendo tudo que encontravam pela frente, serras, rios, lagoas, baias, numa atividade adâmica, como se para tomar posse bastasse nomeá-la.Antes mesmo do regresso da Armada de Cabral da Índia, em 13 de maio de 1501, por ordem do Rei D. Manuel, partiu do Tejo a primeira expedição de reconhecimento do território recém descoberto, comandada por André Afonso Gonçalves, chegando às costas brasileiras em 07 de agosto de mesmo ano. Só chegaram a Portugal de volta em julho de 1502.Foi uma expedição real com três caravelas. A descoberta do território de Sergipe ocorreu nessa viagem. O florentino Américo Vespúcio participou dessa expedição de 1501 como cosmógrafo e cronista. A glória da revelação do novo mundo descoberto coube a ele. No retorno à Europa, Américo Vespúcio publicou dois livros “Mundus Novus” e “Lettera” reproduzindo os relatos dessa viagem.Américo Vespúcio, o florentino que dar o nome as Américas, entra para a história do Brasil ao divulgar uma carta enviada a Lourenço de Medicis, tornada pública em 1503, conhecida como “Mundus Novus”, escrita em latim. O sucesso da publicação alcançou o mundo letrado europeu. Em 1505 editava-se em Florença uma nova carta de Vespúcio, destinada a Piero Soderini, a “Lettera”. Os relatos de Vespúcio encheram o mundo de novidades, sobres novas terras e nova gente, despertou os filósofos para a existência de um homem puro, fora da sociedade.O Mundus Novus descrevia a expedição enviada por D. Manuel ao Brasil, em 1501. Vespúcio morreu em 1512, pobre, mas coberto de glória pelos seus relatos sobre o Brasil e a sua gente.No desembarque dessa expedição de 1501, na Praia do Marco, no Rio Grande do Norte, os visitantes não foram bem recebidos pelos tapuias, ao contrário da recepção festiva dada pelos tupiniquins a Cabral um ano antes. O Rio Grande do Norte comemora o seu aniversário em 07 de agosto, data da chegada dos portugueses para tomarem posse do território.A descoberta de Sergipe.A expedição de 1501 chegou ao imponente rio Parapitinga (Opará para os nativos) em 04 de outubro de 1501, batizando-o com o nome de São Francisco, o santo do dia. É nessa data que se dá a descoberta de Sergipe, à margens direita do portentoso rio. Essa é a data histórica do aniversário de Sergipe, descoberto por Afonso Gonçalves e Américo Vespúcio, antes mesmo que a famosa Baía de Todos os Santos, onde posteriormente viria a ser a sede do Governo Geral do Brasil.Por isso que o São Francisco é chamado de Velho Chico, foi descoberto antes do Brasil. Sergipe também foi.Como o critério hagiológico era adotado pelos portugueses para denominar os topônimos encontrados, e o rio Parapitinga dos tupinambás foi batizado com o nome de São Francisco, em 04 de outubro (data do santo) de 1501.A expedição só batizou a Baia de Todos Santos em 01 de novembro, se deduz que nessa faixa da costa entre o São Francisco e a Baia de Todos os Santos, onde se encontra boa parte do litoral sergipano, eles levaram 26 dias, sendo bastante provável que tenham feito várias incursões costa adentro, entre elas os cinco dias ancorados na enseada do Vaza Barris.Em seguida, a expedição é arrastada pelas correntes marítimas para uma perigosa enseada.Relata Américo Vespúcio:“Chegados à costa, enfrentam os navios uma inopinada corrente que arrasta as águas para a praia, pondo em risco as embarcações. Naqueles dias longínquos de 1501, as caravelas tiveram que lutar com as forças da água e certamente tonéis de bordo se entrechocaram afrouxando juntas e barris vazaram os líquidos que haviam... A costa turbulenta, cuja curvatura dava lugar a uma espécie de enseada, foi apelidada pelos marujos de armada de Vaza barris, passando assim a cartografia (vaza barril).”Aqui cabe um explicação: a enseada do Vaza Barris citada por Vespúcio ficava entre a foz do São Francisco e o Rio Japaratuba, em Pirambu. Na cartografia portuguesa apareceu outra enseada com o nome de Vaza Barris (Irapiranga, para os tupinambás), como o nome de rio Cassia ou rio Canafístulas (atual Vaza Barris). O rio de Pereira (atual Cotinguíba) aparece nos mapas onde atualmente é a foz do Rio Sergipe. O registro da escala da comitiva de Américo Vespúcio na enseada do Vaza Barris está explicita em sua carta.A denominação seguinte dada pela expedição de 1501 é ao Rio Perera (Rio do Pereira), nome do capitão da caravela que o viu e nele penetrou. É o nosso Rio Cirigi (dos tupinambás), que se junta ao Rio Cotindiba (Cotinguíba) em sua foz. O Rio Cirigi é que vem dar nome ao Estado de Sergipe.A expedição também batizou uma serra, avistada a uma distância de 8 a 10 léguas, de Serra de Sta. Maria de Gracia (Serra de Santa Maria da Graça), que posteriormente foi denominada Serra de Itabaiana.Por último a expedição batizou o Rio Real, com duas versões para o nome. Uma como homenagem a data de nascimento de D. Manuel (25 de outubro), e a outra pela impressão que a largura da foz deixava, levando-se a impressão de tratar-se de um rio volumoso e de longo curso.A historiadora Maria Thetis Nunes nos conta que a expedição de Américo Vespúcio (1501) levou três Tupinambás de Sergipe para Portugal, afim de aprenderem o idioma. Os primeiros brasileiros a emigrarem para o Velho Mundo foram esses sergipanos.A Esquadra de Cabral passou 08 dias em Porto Seguro; a Expedição de Américo Vespúcio passou 21 dias em Sergipe.Sergipe estava descoberto.A expedição zarpou de Sergipe carregada de canafístula (uma fava medicinal usada na Europa), reforçando-se a versão que eles ficaram ancorados na enseda do Vaza Barris por cinco dias. A outra evidência é o longo tempo de percurso da expedição (26 dias) entre o Rio São Francisco e a Baia de Todos Santos. Só chegaram à Baia em 01 de novembro de 1501, que pelo significado religioso da data, a batizaram de Baia de Todos os Santos.Valendo-se do abandono, os franceses estabeleceram um comercio regular de pau-brasil com os índios de Sergipe. Neste período, a Terra de Santa Cruz foi um paraíso de degredados e piratas. Em Sergipe, além das relações comerciais, franceses e tupinambás firmaram relações de parceria e amizade.Os franceses estão em costas de Sergipe desde 1504, vinham em busca do pau de tinta, das favas medicinais da canafístula, de pimentas e algodão. Nas imediações do Rio Seregipe, encontravam-se vários mamelucos entre os tupinambás, aloirados, sardentos, tipos comum no meio do povo. Esses mamelucos eram os filhos de franceses com as tupinambás.Antônio Samarone.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 04/10/1501 - André Gonçalves e Américo Vespúcio chegam a baia de Todos os Santos EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.