A incrível história de Maximiliano de Habsburgo, primo de Dom Pedro 2º e último imperador do México. bbc.com
5 de dezembro de 2021, domingo Atualizado em 26/10/2025 00:02:05
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Para alguns, ele foi o bode expiatório das ambições expansionistas da França. Para outros, não foi mais que um usurpador, colocado no trono do México por outro usurpador, Napoleão 3º, para cumprir seu projeto imperialista.
O fato é que a história do austríaco Maximiliano de Habsburgo e sua mulher Carlota, no chamado Segundo Império mexicano, foi um episódio trágico da história do México — e um dos mais curiosos da América Latina.
Primo do imperador brasileiro Dom Pedro 2º, Maximiliano era admirador do Brasil e sonhou com uma aliança regional entre os dois países, o que nunca se materializou. Jovem liberal, sabia pouco da realidade política no país que aceitou governar.
Mas o que levou um arquiduque austríaco e uma princesa belga a aceitarem o trono de um país no chamado Novo Mundo, marcado por profundas divisões e conflitos? Por que os mexicanos decidiram, naquele momento de sua história, que não poderiam governar sozinhos e aceitaram ser liderados por um aristocrata estrangeiro e desconhecido?
México: um ´país em chamas´
Em maio de 1864, quando Maximiliano desembarcou no porto de Veracruz, ele chegava a um país extremamente dividido e instável.
Já haviam se passado quatro décadas desde a independência mexicana da Espanha, e durante todo esse período a recém-formada nação soberana havia estado mergulhada em anos de profundas crises e divisões, como explica Héctor Zagal, professor de filosofia da Universidade Panamericana, na Cidade do México, à BBC News Mundo (o serviço em espanhol da BBC).
"Em 1864, o México havia perdido metade de seu território em uma guerra com os Estados Unidos, já havia tido 27 presidentes, e a maioria deles não terminara seus mandatos."
Zagal, autor do livro Império, que aborda os últimos dias de Maximiliano, acrescenta: "O México tinha enfrentado golpe de Estado, revoluções e finalmente uma guerra civil muito sangrenta. Além disso, estava literalmente falido".
Essa sangrenta guerra civil, a Guerra da Reforma (1858-61) foi travada entre os dois grandes grupos que dividiam o país: os liberais e os conservadores. O conflito terminou com a derrota dos conservadores e com Benito Juárez, líder dos liberais, no posto de presidente do país.
Com a falência nacional, o presidente Juárez decidiu suspender o pagamento da dívida externa, medida que provoca uma intervenção das nações mais afetadas: Espanha, França e Reino Unido, que em 1862 enviaram expedições armadas a Veracruz.
Tanto a Espanha como o Reino Unido fizeram um acordo com Juárez e retiraram suas tropas. A França, no entanto, sob o reinado de Napoleão 3º, ordenou que seu Exército avançasse até a capital mexicana.
Como explica a professora Erika Pani, do Centro de Estudos Históricos do Colégio do México, a suspensão de pagamentos da dívida do México foi uma "desculpa ideal" para as ambições expansionistas de Napoleão 3º.
"Os EUA estavam totalmente consumidos por sua guerra civil [a Guerra de Secessão], e Napoleão 3º vê como factível seu velho sonho de restaurar a presença francesa no continente americano e colocar um ponto final no expansionismo anglo-saxão", explica a historiadora.
Além disso, os conservadores mexicanos, que haviam lutado e perdido contra os liberais, pediram ajuda à França para a restauração de seus antigos privilégios e defendiam a instauração de um segundo império no México.
"Napoleão 3º escutou os conservadores mexicanos, que queriam que a salvação do país viesse de fora", afirmou Pani à BBC News Mundo. "Eles decidiram que, como a República não funcionara no México, era necessário regressar ao governo monárquico, que acreditavam que eventualmente conseguiria colocar ordem no país."
Maximiliano, um ´candidato ideal´
Maximiliano de Habsburgo, irmão do imperador austríaco, Francisco José, era primo do imperador do Brasil, Dom Pedro 2º. Seu pai, o arquiduque Francisco Carlos da Áustria, era irmão de Maria Leopoldina, a imperatriz do primeiro reinado brasileiro e mãe de Dom Pedro 2º.
A proximidade de Dom Pedro 2º quase ficou ainda maior quando Maximiliano, em 1852, ficou noivo da princesa Maria Amélia. Irmã do imperador brasileiro, Maria Amélia nascera na França, filha da segunda mulher de Dom Pedro 1º, Amélia. O casamento, entretanto, não ocorreu, devido à morte de Maria Amélia por tuberculose em 1853.
Já casado com Carlota, Maximiliano desembarcou na Bahia em 1860 para visitar seu primo e viajar por dois meses em território brasileiro. A viagem, que incluiu Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, teve grande impacto no jovem austríaco, que a descreveu na obra Recollections of My Life (Lembranças da Minha Vida), publicada em inglês em 1868.No capítulo dedicado à Bahia, Maximiliano descreveu o momento de sua chegada: "Este foi um daqueles momentos felizes em que um novo mundo, no sentido mais completo da palavra, abre-se diante de alguém; quando uma pessoa gostaria de ter cem olhos para abstrair as maravilhas desconhecidas que estão continuamente surgindo por todos os lados, quando em meio ao deleite surge um sentimento de tristeza porque não se pode absorver tudo, não se pode preservar tudo na lembrança".No México, as mudanças políticas que atrairiam Maximiliano vieram em 1863, quando as tropas francesas ocuparam a capital. Juárez e seu gabinete fugiram para o norte do país para tentar estabelecer uma estratégia para retomar o poder.Com a derrota da república, os conservadores mexicanos viram uma oportunidade de reinstaurar a monarquia com um aristocrata europeu que lhes permitisse recuperar o poder e eliminar as leis reformistas liberais.Napoleão 3º, que queria estreitar os laços com a Áustria, acreditava que Maximiliano de Habsburgo fosse o candidato ideal para ocupar o trono do México.Os conservadores mexicanos apoiaram a proposta de Napoleão 3º, e uma comissão viajou a Trieste (Itália) para oferecer a coroa do México ao arquiduque."Os monarquistas mexicanos consideraram Maximiliano a pessoa ideal para proteger seus interesses: era um príncipe católico jovem, casado com uma filha do rei Leopoldo, da Bélgica, nação também católica e de grande influência na política internacional", explica a antropóloga Gloria Delgado de Cantú em seu livro História do México, Legado Histórico e Passado Recente."Eles confiavam que os arquiduques restituiriam ao clero mexicano os privilégios que o liberalismo juarista lhes havia tirado", acrescenta ela.Assim, em 28 de maio de 1864, desembarcaram no porto de Veracruz Maximiliano e sua mulher, Carlota, dando início ao Segundo Império do México.Maximiliano ficou dependente do apoio da França, que abraçou o projeto de mudança de regime no México como uma aventura colonial, explica Héctor Zagal. "Esse segundo império estava apoiado nas tropas francesas, que ocupavam uma importante parte do México. Oferecer a coroa a Maximiliano de Habsburgo na verdade sugere que ele passaria a ser um fantoche de Napoleão 3º."Um liberal ´traidor´O novo imperador, entretanto, tinha planos ambiciosos não apenas para o México, mas para a região. Ele sonhava com uma aliança com seu primo, o imperador Dom Pedro 2º, que faria de México e Brasil potências regionais, hegemônicas na América Latina.Ele se manteve ideologicamente próximo de Dom Pedro, com os dois países alinhando-se em temas de política externa — o México de Maximiliano apoiou o Brasil de Pedro quando o império brasileiro rompeu relações com o Reino Unido, em 1863.Em pouco tempo, porém, Maximiliano começou a se desiludir e a perder o apoio dos conservadores que o haviam colocado no poder.O imperador decidiu que não devolveria à Igreja os bens que haviam sido desapropriados pelas Leis da Reforma. Também defendeu várias das ideias políticas propostas pelos liberais durante o governo de Juárez: reformas agrárias, liberdade de religião e a extensão do direito ao voto.Maximiliano ainda restringiu as horas de trabalho e aboliu o trabalho infantil, além de demonstrar interesse pelas condições de vida dos indígenas nas fazendas dos grandes proprietários de terras.O imperador logo passou a ser rejeitado por todos: os conservadores e o clero, que o viam como um traidor, e os liberais, que sempre o consideraram um invasor. Tampouco conseguiu obter o apoio do resto dos seus súditos mexicanos."Maximiliano era um homem de pouco caráter", explica o professor da Universidade Panamericana. "Gastava muito dinheiro em obras, sem dúvida lindas, como a remodelação do Castelo de Chapultepec ou a Avenida dos Imperadores (hoje Avenida Reforma), mas não se dava conta de que financeiramente o império não era viável.""Ele tentou virar mexicano: vestia-se de charro [traje tradicional local], aprendeu espanhol, tentou obter a simpatia das comunidades indígenas e às vezes conseguiu.""Mas, no final, e isso Carlota lembra em uma carta, ele era um príncipe estrangeiro cuja força estava fundamentalmente nas tropas francesas", acrescenta Zagal.´América para os americanos´Em 1865, com o fim da guerra civil nos EUA, o presidente Andrew Johnson, invocando a Doutrina Monroe, opôs-se à presença da França no México e aumentou a pressão para que Napoleão 3º retirasse suas tropas do país.A França, ocupada em uma guerra contra a Prússia, retirou seu exército de terras mexicanas. Enquanto as tropas francesas se retiravam, Juárez e seus soldados liberais avançaram rumo à capital e, em 1866, recuperaram o controle do país.Carlota viajou à Europa em busca do apoio de Napoleão 3º e do papa Pio 11, mas ambos se negaram a ajudar o casal real mexicano. Maximiliano, já sem apoio dos franceses, tentou abdicar do trono, mas sua família o convenceu do contrário."Um Habsburgo nunca abdica, sob circunstância alguma", lhe disse sua mãe, Sofia da Baviera, em uma carta. "O império acabou caindo como um castelo de cartas, que deixou talvez uma visão romântica, por trás da qual existe muito sangue", afirma Zagal.Três anos depois de haver empreendido sua aventura mexicana, Maximiliano foi detido e fuzilado, em maio de 1867, selando o triunfo da república liberal no México.Segundo historiadores, esse trágico final levou a uma idealização das figuras de Maximiliano e Carlota, que seguem causando certo fascínio mais de 150 anos depois.Um legado para o MéxicoMas o que esse episódio deixou para a história do México?"O México teve uma série de invasões, como a dos Estados Unidos (de 1846 a 1848), que foi tão grave que alguns pensaram que poderiam perder o país", explica Zagal, da Universidade Panamericana."Depois do segundo império, a experiência da República é restaurada, e surge a confiança de que o México será independente e não será uma colônia ou um protetorado de outro país.""Porque o México poderia ter se convertido em um protetorado, como países como a Índia, que no século 19 terminaram sendo colônias ou protetorados", acrescenta o autor de Império.A professora e historiadora Erika Pani concorda. "Acredito que o contundente triunfo republicano, contra o império e uma potência europeia, consolida sem dúvida o sentido de nação e vincula a república e a Constituição com a pátria.""Além disso, ao se desfazer desses personagens — que são muito vistosos —, [o recado é que] isto é o que acontece aos que vêm conquistar o México: o México os elimina. Europa, potências europeias: não creiam que o México seja um campo de colonização", afirma Pani.O que muitos seguem se perguntando, mesmo 154 anos depois, é por que esses ilustrados príncipes europeus aceitavam vir a um país tão dividido e mergulhado em conflitos?Alguns historiadores creem que foram as ambições de Carlota que empurraram Maximiliano a aceitar a coroa do México. Mas os historiadores consultados pela BBC News Mundo acreditam que a razão foi um misto de ingenuidade com o desconhecimento da situação do México."Conservamos cartas que mostram que Maximiliano pensou que vir ao México seria como ficar em Miramare [seu castelo em Trieste], colecionando insetos e mobília, navegando, construindo terraços", afirma Zagal."Ele chega ao México com esse sonho de construir um castelo no estilo europeu sobre um antigo castelo mexicano, quando o país está em guerra, ardendo e empobrecido. Creio que bastava conhecer um pouco mais a história do país."Maximiliano e Carlota haviam sido vice-reis da Lombardia e de Veneto, regiões da Itália. Entretanto, foram retirados dos cargos depois que a relação entre Maximiliano e seu irmão, o imperador Franz Joseph, se deteriorou. O soberano do Império Austro-Húngaro considerava Maximiliano muito liberal, demasiadamente influenciado pelas ideias renovadoras da época.O casal voltou ao castelo de Miramare — e o Império Áustro-Húngaro perdeu o controle sobre seus territórios na Itália. "Acredito que estivessem muito entediados em Miramare e apostaram na aventura [mexicana]", diz Pani, do Centro de Estudos Históricos do Colégio do México."Mas também tem sua juventude. Maximiliano era um príncipe, o segundo filho, que chegou ao México aos 27 anos. Essa juventude poderia explicar por que foi tão pouco eficiente", afirma ela."Talvez seja também o fato de não conhecer a realidade mexicana, que realmente era uma situação extremamente complexa. Ele não sabia que estava se metendo em uma ´camisa de 11 varas´ [uma enrascada] da qual era praticamente impossível sair."
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.