23 de fevereiro de 2024, sexta-feira Atualizado em 26/10/2025 00:02:19
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Luísa Maria Teresa Ana (Parma, 9 de novembro de 1751 – Roma, 2 de janeiro de 1819) foi a esposa do rei Carlos IV e Rainha Consorte da Espanha de 1788 até 1808. Era filha de Filipe, Duque de Parma e sua esposa Luísa Isabel da França.
Nascida uma princesa italiana do Ducado de Parma e Placência e criada na corte do avô materno, o rei Luís XV da França, casou-se em 1765, aos quatorze anos, com o futuro rei da Espanha. Foi mãe do rei Fernando VII da Espanha e das rainhas Carlota Joaquina de Portugal e Maria Isabel das Duas Sicílias. Como soberana, o nome de Maria Luísa esteve vinculado à uma série de difamações, conspirações e amantes; a propaganda política da época acusava-a de ser uma mulher promíscua, infiel e que, juntamente com o suposto amante o primeiro-ministro Manuel Godoy, dominava o ingênuo marido.[1]
O historiador Antonio Juan Calvo Maturana apontou que a historiografia desenvolvida num contexto pós-queda das monarquias absolutistas teria sido a grande responsável em difundir a figura de Maria Luísa como uma rainha libertina no imaginário coletivo,[2] além de reservá-la o epíteto de la impura prostituta (a impura prostituta).[3]
Primeiros anos<
Nascida em Parma em 9 de dezembro de 1751, era a filha mais nova de Filipe, Duque de Parma e da sua esposa Luísa Isabel da França.[4] Era neta paterna de Filipe V da Espanha e Isabel Farnésio e neta materna de Luís XV da França e Maria Leszczynska da Polônia.[5] Mais conhecida como Maria Luísa, foi batizada Luísa Maria Teresa Ana em homenagem aos seus avós maternos e a irmã favorita de sua mãe, Henriqueta Ana da França.[6]
Devido à influência de sua mãe, recebeu uma educação francesa na corte de seu avô materno; seus tutores foram os franceses a Marquesa Grigny e o controverso Abade Étienne Bonnot de Condillac, discípulo de John Locke e colaborador de Voltaire, que defendia certas liberdades em termos de moralidade, como os ensinamentos empíricos da doutrina sensualista que naquela época eram inadequados para damas nobres.[7]
Numa série de negociações entre sua mãe e avô materno foi acordado que Maria Luísa desposaria Luís, Duque da Borgonha, herdeiro do trono francês; casamento que não se veio a concretizar em decorrência da morte do jovem duque.[8]
Em 4 de setembro de 1765 em Real Sitio de San Ildefonso, Maria Luísa casou-se com o primo carnal, o então Príncipe de Astúrias, filho e herdeiro de Carlos III da Espanha.[9] O casal teria quatorze filhos, dos quais apenas sete chegariam à idade adulta.[10]
Princesa de Astúrias
Maria Luísa, como esposa do herdeiro espanhol, exibia um comportamento considerado escandaloso pela fechada e austera Monarquia Hispânica;[11] ela era muito orgulhosa de seus braços e fazia de tudo possível para mostrá-los seja no verão ou no inverno.[3]
Apesar de beleza não ser o forte de Maria Luísa; suas múltiplas gravidezes deformaram o seu corpo e tinha uma dentadura de pérolas no lugar de seus dentes podres,[12] não demorou para que rumores acerca da infidelidade da princesa começarem a circular na corte e amantes fossem apontados,[nota 1] ao ponto dela ganhar o epíteto de la impura prostituta (a impura prostituta).[3][13][14] Todavia, o Príncipe de Astúrias estava seguro da fidelidade de Maria Luísa, afirmando que tinha se casado com uma princesa e não com uma mulher plebeia que o trairia,[3] ao que o rei Carlos III respondeu o filho com mas meu filho, que imbecil você é...Princesas também podem ser putas.[3][15]Seu gosto por moda e festas luxuosas também contribuíram para que uma série de difamações acerca de sua imagem fossem difundidas; logo a imagem de Maria Luísa estaria ligada à de uma mulher perdulária, sendo até mesmo comprada com a rainha Maria Antonieta da França.[16] Ademais, não mantinha uma boa relação com Carlos III, tampouco com a cunhada Dona Mariana Vitória de Bragança, preferida de seu sogro; Maria Luísa até mesmo providenciaria que após a morte de Mariana Vitória o filho desta fosse enviado para a corte portuguesa, a fim de ser educado na corte da mãe de Mariana Vitória, a rainha Dona Maria I de Portugal.[17]Ainda como Princesa de Astúrias, presenciou as negociações entre Espanha e Portugal que resultariam na assinatura do contrato de casamento entre sua filha Carlota Joaquina e o futuro rei Dom João VI de Portugal.[17][18]Rainha da EspanhaeditarEm 14 de dezembro de de 1788, Carlos III falece aos setenta e dois anos de idade e os Príncipes de Astúrias são coroados reis.[19] Em julho de 1789, a rainha da à luz a sua décima primeira criança, a infanta Maria Isabel, cuja paternidade sempre atribuiu-se à Manuel Godoy,[20][21] um coronel do exército espanhol de família pobre e futuro primeiro-ministro que Maria Luísa conheceu logo após o nascimento de seu filho Carlos Maria Isidro,[19] em 1785, e que cuja relação com a rainha foi a causa dos vários problemas, tanto políticos quanto familiares, da Espanha da década de 1790 à primeira década do XIX; Fernando, filho e herdeiro de Maria Luísa frequentemente conspirava contra o amante da mãe.[22]Como rainha, Maria Luísa era vista como uma mulher devassa, cheia de amantes, lasciva, enquanto seu marido era controlado por seu gênio forte e não tinha qualquer interesse nos afazeres do Estado.[1] Foi apelidada de "Luísa Trovejante" pela aristocracia e clero da Espanha.[23]Acerca de Godoy, apelidado El Choricero, diziam: Duque por usurpación, príncipe de iniquidad, general en la maldad, almirante en la traición, lascivo cual garañón, de rameras rodeado, con dos mujeres casado. En la ambición sin igual, en la soberbia sin par, y la ruina del Estado.[24]Mecenas, a rainha foi grande entusiasta do pintor Francisco de Goya, pintor oficial da corte espanhola.[25] Em 1799, Goya pintaria um retrato equestre de Maria Luísa, na qual a mesma trajava um uniforme militar de um regimento militar espanhol de elite. Este este tipo de pintura equestre com o uniforme militar era normalmente reservado às figuras masculinas e, para muitos, Maria Luísa retratada de tal forma apenas confirmava a dominância da consorte sobre o marido.[26] Em 1800-01, Goya também realizaria um retrato de família real espanhola, influenciado por Velázquez,[25] o qual Maria Luísa, e não o rei, é a figura central, encarnando uma figura matriarca.[27]Em 1793, os primos de Maria Luísa, os reis Luís XVI da França e Maria Antonieta são executados em decorrência Revolução Francesa e a França, país originário da dinastia Bourbon, se torna uma república. No mesmo ano é publicado o libelo Vie politique de Marie-Louise de Parme, Reine d’Espagne, um compilado de calúnias acerca da rainha publicados a fim de desacreditá-la.[28]Nesse ínterim, as relações entre Maria Luísa e seu filho Fernando ficaram ainda mais tensas; a rainha acusava sua nora Maria Antônia de Nápoles de conspirar juntamente com o partido napolitano na corte espanhola, que difundia todo tipo de acusação contra a Maria Luísa e Godoy. Em carta para Godoy a rainha chega a dizer que altitudes devem ser tomadas contra a diabólica serpe da minha nora e meu ambicioso covarde filho.[29] Pouco depois a nora de Maria Luísa faleceria em circunstâncias suspeitas, levantando rumores de envenenamento por Maria Luísa e Godoy.[30] A mãe de Maria Antônia, a rainha Maria Carolina de Nápoles, acusou publicamente Maria Luísa de ter envenenado sua filha.[30] Maria Luísa também tinha uma rivalidade com a Duquesa de Alba, cuja morte por envenenamento também foi atribuída a rainha, bem como manteve grandes divergências com a Duquesa de Osuna.[28]A Espanha enquanto Maria Luísa e Godoy governavam foi presa fácil das forças de Napoleão Bonaparte. A assinatura do Tratado de Fontainebleau, em 1807, causou a entrada do exército francês na Espanha, provocando descontentamento entre a população, inflado por Fernando que desejava suplantar os pais como monarca com o apoio de Napoleão.[28] Em março de 1808, eclode o Motim de Aranjuez, uma revolta instigada por cidadãos descontentes e pelos partidários de Fernando[31] que resulta na queda de Godoy, a abdicação de Carlos IV e a ascensão de Fernando como rei da Espanha sob o nome de Fernando VII.Sob coerção de Napoleão, Maria Luísa e Carlos IV tiveram que deixar a Espanha e se exilar na França, primeiro em Baiona e depois em Compiègne, Aix-en-Provence e Marselha;[28] seu filho usurpador Fernando VII os seguiriam após ser ele próprio destronado por Napoleão em favor do irmão do imperador francês, José Bonaparte.[32]Em 1812, o casal real partiu para a exílio em Roma, Itália.[28]Manuel Godoy seguiu Carlos IV e Maria Luísa em seu exílio e nunca os abandonou. Os reis queriam compensar Manuel Godoy pela sua comprovada fidelidade e pelos sacrifícios que a sua pobreza o obrigou a fazer, quando se viu privado de todos os seus bens. A única possibilidade que tinham para essa compensação era fazer um testamento em favor de Godoy. A rainha testou em 24 de setembro de 1815, com a aprovação e assinatura do rei. No documento, constava que Godoy seria instituído e nomeado herdeiro universal, a quem expressou dever "esta compensação pelas muitas e grandes perdas que sofrera, obedecendo às suas ordens e às do rei e porque, quando havia solicitado isso, impediram-no de sair dos empregos e cargos que tinha". A rainha, nesse documento, implorou a seus filhos e filhas que respeitassem essa decisão, pois era um ato de justiça cristã.[28]Maria Luísa faleceu em 2 de janeiro de 1819 no exílio em Roma; seu marido Carlos IV faleceria dias depois em 19 de janeiro de 1819. A rainha espanhola foi sepultada ao lado do marido no Mosteiro de São Lourenço do Escorial, tradicional lugar de sepultamento da realeza espanhola.Em seus últimos momentos Maria Luísa teria confidenciado ao Frade Juan de Almaráz que Nenhum dos meus filhos é de Carlos IV e, portanto, a dinastia Bourbon foi extinta na Espanha.[33][13] O documento escrito da confissão existe, no entanto sua autenticidade é contestada.[34]HistoriografiaNenhuma outra consorte espanhola foi tão odiada, acusada ou abusada como a moralmente corrupta Maria Luísa. Segundo o historiador Antonio Juan Calvo Maturana em sua obra María Luisa de Parma: Reina de España, esclava del mito, esta rainha, tão injuriada durante dois séculos, tornara-se no bode expiatório dos males da Monarquia Hispânica, No que diz respeito a todos os estereótipos misóginos que a cultura patriarcal em geral (e a historiografia liberal em particular) semeou em nosso imaginário coletivo.[35] Calvo Maturana discorre que no século XXI Maria Luísa de Parma permanece como uma piada sexual na aula de História Moderna da Espanha, um sorriso cúmplice com um espesso véu nos congressos e um anedota para apimentar as visitas guiadas ao Museu do Prado.[35]Calvo Maturana ainda destaca a coincidência de Maria Luísa ter vivido numa “Era das rainhas libertinas”, em que as consortes de Nápoles, França, Portugal e Espanha teriam sido esposas infiéis de maridos fracos e tolos, bem como amantes de ministros importantes.[2][2][nota 2] O historiador discorre que realizando um exercício de história comparada, podemos compreender a difamação usada como uma arma política usada para minar a autoridade dos monarcas reinantes.[2] O período histórico no qual Maria Luísa e outras rainhas estavam incluídas - período que abrigou uma certa mudança de valores políticos, baseada na imposição de um padrão burguês ao julgar os usos tradicionais das Cortes do Antigo Regime como uma forma de desacreditar as mulheres com poder, também aponta respostas para a serie de difamações que a consorte espanhola enfrentou, e enfrenta, por parte da historiografia.A questão historiográfica acerca da figura de Maria Luísa permanece complexa. Antes da ascensão de seu filho Fernando VII, a propaganda monárquica a retratava como uma consorte materna e doméstica, próxima dos preceitos morais burgueses, assumidos, pela dinastia Bourbon ao longo do século. Todavia, já no reinado de Fernando VII, a imagem de Maria Luísa usualmente aparece como de uma libertina; o próprio Fernando VII tentou desfazer, a partir de 1814, todas as acusações feitas acerca da imagem de sua mãe até 1808, afinal tais acusações poderiam deslegitimá-lo como monarca.[2] Apesar de que nos últimos a historiografia tem avançado, ainda é complexo ler Maria Luísa, difícil desatrelar mulher e mito.LegadoEm 1791, a rainha Maria Luísa teve a ideia de fundar uma Real Ordem das Damas Nobres da Rainha Maria Luísa. O projeto tomou lugar por Decreto Real em 21 de abril de 1792. Ela esteve profundamente envolvida no projeto.[28] A ordem deixou um legado para a Espanha, tendo se tornado a mais alta ordem feminina concedida.Ao lado do legado de sua Real Ordem, Maria Luísa despertou o interesse em torno de sua figura histórica, tendo sido representada no cinema:Filme Ano AtrizThe Naked Maja 1958 Lea Padovani[37]Goya – oder der arge Weg der Erkenntnis 1971 Tatyana Lolova[38]Carlota Joaquina, Princesa do Brazil 1995 Vera Holtz[39]Volavérunt 1999 Stefania Sandrelli[40]Sombras de Goya 2006 Blanca Portillo[41]DescendênciaeditarMaria Luísa engravidou vinte e quatro vezes e teve quatorze filhos. Apenas sete chegaram à idade adulta:
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.