15 de julho de 2024, segunda-feira Atualizado em 26/10/2025 00:02:21
•
Mariana Vitória de Bourbon (Madrid, 31 de março de 1718 – Lisboa, 15 de janeiro de 1781) foi a esposa do rei D. José I e Rainha Consorte de Portugal e Algarves de 1750 até 1777. Era filha de Filipe V da Espanha e de sua segunda esposa Isabel Farnésio.
Biografia
Nascida em Madrid a 31 de março de 1718, Mariana Vitória de Bourbon era filha do rei Filipe V da Espanha e de sua segunda mulher, Isabel Farnésio.[1] Durante seus primeiros tempos da sua vida, o quotidiano da infanta foi o normal e o esperado, acompanhando os pais nas idas e vindas entre Aranjuez, Escorial e Madrid; em dezembro e janeiro, a corte estanciava no Real Alcázar de Madrid, a velha residência que Filipe V substituiu depois pelo sumptuoso Palácio do Oriente. Em fevereiro, mudava-se para o Bom Retiro. A páscoa era passada em Aranjuez e o Corpo de Deus em Madrid. No verão, estavam primeiro no Escorial (seis semanas) e depois no Pardo. Em princípios de dezembro, regressavam a Madrid. A partir de 1720, as estadas no Pardo foram substituídas pelas de Valsaín, onde Filipe V supervisionava as obras do Palácio de San Ildefonso.[2] Familiarmente, era chamada afetuosamente de "Marianina".[carece de fontes]Noivado com Luís XV da FrançaeditarSendo ainda muito criança, Mariana Vitória foi destinada a casar-se com o rei Luís XV da França. Ao mesmo tempo, negociou-se o enlace de seu meio irmão mais velho, Luís, à época herdeiro do trono de Espanha, com Luísa Isabel, filha do Duque de Orleães, Regente da França na menoridade do soberano. A troca das princesas deu-se em janeiro de 1722, na ilha dos Faisões, no meio do rio Bidasoa.[3]Instalada em Paris, a rainha princesa, como passou a ser conhecida, habitou inicialmente no Palácio do Louvre, ao passo que Luís XV manteve a sua residência nas Tulherias. Em junho do mesmo ano de 1722, Mariana Vitória mudou-se para Versalhes e aqui foi acomodada nos chamados apartamentos da rainha, que haviam sido ocupados por sua bisavó Maria Teresa, mulher de Luís XIV, e depois por sua avó, Maria Ana Vitória da Baviera.[5] Ali permaneceu até à sua saída de França.Todavia, o compromisso com infanta espanhola destinada a se tornar Rainha da França foi quebrado. Em 1725, Mariana Vitória, com sete anos de idade, regressou a Espanha. O motivo foi puramente de ordem política; com a morte do Duque de Orleães, em finais de 1723, o novo regente da França, o Duque de Bourbon, Luís Henrique de Bourbon-Condé, começou a equacionar várias questões - se Luís XV morresse sem filhos, a coroa seria herdada pelo novo Duque de Orleães. Por outro lado, a 10 de janeiro de 1724, Filipe V da Espanha abdicara e receava-se que pudesse estar interessado na coroa da França. Nesta perspetiva, era, pois, urgente que Luís XV, que completara 14 anos a 15 de fevereiro de 1724, assegurasse a sucessão da Coroa. Como Mariana Vitória tinha somente seis anos, considerou-se que o tempo que importava esperar para o casamento ser consumado e, consequentemente, nascer um herdeiro, era demasiado longo. Ou seja, havia que escolher uma nova mulher para Luís XV. Tal implicava devolver a infanta-rainha a Espanha.[6]Embora Filipe V tenha, compreensivelmente, reagido muito mal à decisão francesa, tudo acabou por se concretizar. A 5 de abril de 1725, Mariana Vitória deixou para sempre Versalhes. A 17, já entregue ao representante enviado por seu pai, o Marquês de Santa Cruz, atravessou a fronteira.[7] A 29, atingiu Guadalajara, onde finalmente se avistou com os pais, que na véspera haviam deixado Aranjuez. A 30 de maio, deu-se a entrada em Madrid, com grande solenidade.[8]Várias fontes consideram que Mariana Vitória conservou até à morte uma enorme mágoa contra a França, aludindo um autor gaulês a «má vontade à nossa nação, o que frequentemente manifestava".[9] Outros usaram expressões como «aversão prodigiosa contra a corte de França",[10] «rancor contra a nação francesa"[11] e «ódio invencível pela nação francesa".[12] Tal não era totalmente verdade, já que a um diplomata que lhe comunicou, em junho de 1756, que a França chegara à paz com a Áustria, Mariana Vitória referiu-se a Luís XV como o tronco da sua família.[13] Em janeiro de 1757, comentou, em carta a Isabel Farnésio, o «horrível atentado" contra o soberano francês, referindo: «gostaria de saber o que é que o fez cometer um tão grande crime", dizendo recear que fosse algum herético, por motivos religiosos.[14] Em 1767, fez a um outro embaixador gaulês numerosas perguntas sobre Luís XV e a restante família real francesa.[15] E, em junho de 1774, lastimou, em carta a Carlos III, a morte do rei da França, «nosso primo", classificando-a como «coisa lamentável".[16] Ao mesmo tempo, confidenciou à Jean-François de Bourgoing, que era, em 1777-1778, Secretário da legação francesa em Espanha, que «mantinha a recordação dos mínimos detalhes relativos à sua estada em França e, ao fim de 55 anos, lembrava-se das estátuas do jardim de Versalhes, das alamedas do parque, etc., como o poderia fazer no dia seguinte à sua partida".[17] A quando sua filha Maria Ana Francisca de Bragança foi considerada uma potencial noiva para Luís, Delfim da França, filho e herdeiro de Luís XV, Mariana Vitória se opôs veemente a tal união,[18] bem como uma união entre sua outra filha, Maria Doroteia de Bragança, com Luís Filipe II, Duque de Orleães, primo do rei Luís XV.[19]
Casamento
A 27 de dezembro de 1727, aos nove anos de idade, Mariana Vitória casou, em Madrid, com o Príncipe do Brasil, D. José, herdeiro da Coroa de Portugal. A 19 de janeiro de 1729, deu-se a chamada Troca das Princesas; a filha de Filipe V rumou ao seu novo reino e para Espanha seguiu D. Maria Bárbara, filha de D. João V, já matrimoniada com o futuro rei Fernando VI. O casamento de Mariana Vitória foi consumado em 1732, no dia em que completou 14 anos de idade.[20] Deu à luz quatro filhas, D. Maria I (1734), D. Maria Ana Francisca Josefa (1736), D. Maria Francisca Doroteia (1739) e D. Maria Francisca Benedita (1746). Mas esteve grávida pelo menos mais seis vezes, abortando sempre (1733, 1741, 1743, 1743, 1744 e 1752).[21] Em 1750, seu marido tornou-se soberano reinante de Portugal, consequentemente, D. Mariana Vitória assumiu a dignidade de rainha consorte.
Vida em PortugaleditarEm termos de organização do espaço no quotidiano, no tempo de D. José I, os membros da família real ausentavam-se de Lisboa, entre os primeiros dias de janeiro e 16 do mesmo mês, estanciando em Calhariz, Pancas e Pinheiro, onde a caça os ocupava. Assistiam depois ao tríduo do desagravo do desacato de Santa Engrácia, entre 16 e 18, saindo para Salvaterra, de novo para se entreterem em atividades cinegéticas. Regressavam depois da Páscoa, indo por vezes 15 dias para Almeirim, uma vez mais para a caça. Passavam o verão em Queluz – onde celebravam o São João e o São Pedro, com as magníficas festas organizadas pelo infante D. Pedro – e Mafra era a escolhida para o período de 1 a 15 de outubro. Ocasionalmente iam também a Vila Viçosa.[22]Em 1750, falecia D. João V, e o marido de D. Mariana Vitória subia ao trono. A rainha tinha então trinta e dois anos e D. José I, trinta e seis anos. O reinado do marido de Mariana Vitória é sobretudo marcado pelas políticas do seu secretário de Estado, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesa, transformando Portugal num país moderno.Depois do terramoto de Lisboa de 1 de novembro de 1755, o Paço da Ribeira foi destruído. Como D. José I se recusou, até à morte, a voltar a viver em casas de alvenaria, a família real ficou a habitar, provisoriamente, «em barracas de campanhas, uma légua distante da cidade para a parte do ocidente, onde estão os jardins reais".[23] Às mesmas se referia D. Mariana Vitória em carta a Isabel Farnésio, em junho de 1756, dizendo que a sua «nova casa" era «muito bonita e grande".[24] No mês seguinte, comentou: «encontro-me muito comodamente e com a mais bela vista do mundo"[25] A partir de março de 1757, passaram para as chamadas reais barracas da Ajuda, feitas de madeira.[26] A rainha de Portugal descreveu esse novo alojamento como «muito bonito e cómodo".[27] Ali tinha D. Mariana Vitória os seus aposentos, onde não faltava uma casa das embaixatrizes, para dar audiência às mulheres dos diplomatas estrangeiros, uma livraria e um «casa das gaiolas". Esta mostrava o seu gosto por aves, nomeadamente exóticas.[28]Quando seu marido foi declarado inapto para governar em 1774, devido a loucura, D. Mariana Vitória foi proclamada Regente, uma posição que manteve até à morte de seu marido. Após isso, ela tornou-se regente de sua filha, futura D. Maria I.No dia 24 de fevereiro de 1777, ao fim de quase um quarto século como rainha consorte – em que por duas vezes fora por D. José I encarregada da regência do reino[29] - D. Mariana Vitória enviuvou. A primogénita do casal subiu ao trono com o nome de D. Maria I. Iniciava-se uma nova fase na vida da filha de Filipe V e de Isabel Farnésio.Perto do final da vida, entre outubro de 1777 e novembro de 1778, D. Mariana Vitória esteve em Espanha, revendo o irmão Carlos III – com quem nunca deixara de contactar por via epistolar – e ajudando a pacificar as duas monarquias ibéricas. A hipótese do encontro surgiu numa carta que a rainha viúva escreveu ao soberano espanhol a 20 de maio de 1777:«alegro-me muitíssimo, irmão da minha vida, do que me dizes parecer-te que esta viagem, em lugar de causar dano, faria muito proveito assim o creio eu também, mas permite-me irmão de minhas entranhas, diz-me como faremos tudo isto". Ou seja, a rainha de Portugal solicitava a Carlos III que estipulasse o tempo, o lugar e o modo como tudo se deveria processar [...] «não quero que digam aqui que ando inventando jornadas e outras coisas[30]"D. Mariana Vitória concluía evidenciando que, assim que em Portugal consentissem, iria de imediato, teria apenas de preparar a viagem.[30] Cinco dias depois, continuava a insistir nos mesmos tópicos e sublinhava um aspeto: a jornada a Espanha era ainda mantida em segredo, pois «a rainha minha filha comunica tudo o que se passa com a corte" e as coisas de importância eram sempre tratadas com o marido, D. Pedro III.[31]A 31 de outubro, falando com a irmã a respeito da sua partida, Carlos III «derramou bastantes lágrimas e exigiu da mesma senhora a promessa de voltar a vê-lo dentro de dois ou três anos". A 4 de novembro, trocaram presentes95. Entre estes, conta-se o da princesa das Astúrias à sua tia de Portugal, que consistiu numa gaiola com um canário «que canta, move e garganteia e anda de um lado a outro, como se realmente fosse vivo ao impulso da máquina e corda que se lhe dá". Já a rainha-mãe de Portugal teve idênticas gentilezas, ofertando, por exemplo, à infanta D. Maria Josefa, um adereço de grisolitas e diamantes e umas manilhas de brilhantes. Não esqueceu as duas netas de Carlos III, Carlota Joaquina – futura rainha de Portugal, então criança de três anos de idade –, a quem deu um pluma de esmeraldas e diamantes, e Maria Luísa – de apenas um ano – , que recebeu uma pluma de diamantes e rubis.[32]Na Espanha, por influência da rainha, assinou-se em 1778 o tratado que estipulou dois casamentos: o do infante Gabriel, filho de Carlos III, com a sua neta D. Maria Ana Vitória, e o da infanta Carlota Joaquina, neta mais velha de Carlos III, com o infante D. João, futuro D. João VI.MorteeditarEnquanto se encontrava em Espanha, D. Mariana Vitória teve um ataque de reumatismo e foi confinada a uma cadeira de rodas por algum tempo. Regressou a Portugal em novembro de 1778. Mariana Vitória morreu na Real Barraca da Ajuda, um edifício onde hoje é o actual Palácio Nacional da Ajuda.Foi primeiramente sepultada na Igreja de São Francisco de Paula em Lisboa, a qual mandou restaurar. Foi depois trasladada para o Panteão Real da Dinastia de Bragança da Igreja de São Vicente de Fora também em Lisboa.[33]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.