4 de outubro de 2024, sexta-feira Atualizado em 28/07/2025 05:20:25
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Os registros indicam que os europeus conheciam a região de Sorocaba muitos antes de sua fundação "oficial", em 1654. Mapas, como o de Ruy Diaz de Gusman e Petrus Bertius, que reproduzem com clareza a foz dos rios Sorocaba, Ypanema e Piragibu, seriam impossíveis se serem feitos sem 20, 30, talvez 50, anos de conhecimento da geografia regional.O caminho de São Paulo para o Goayrá, que já existia naquele tempo, seguia por Sorocaba e Itapetininga e atravessava algures o rio Tibagy; e por este motivo se passou a dar ao Goayrá nome de Sertão do Tibagy. Nessa região tinham os jesuítas, desde 1560, aldeado enorme quantidade de nativos, por eles catequizados durante quase setenta anos de assíduo trabalho de evangelização. (Revista do Instituto histórico e geografico de São Paulo, volume III, 1898. Página 35).Os mapas antigos não dão detalhes alguns relativos á antiga via de comunicação entre São Paulo e Sorocaba (Sobre a data da abertura da estrada que liga São Roque à Sorocaba não se encontra referência alguma. [24548]
A presente pesquisa permitiu aprofundar no estudo do Diário de José Custódio de Sá e Faria, em seu primeiro trecho, analisando textos originais e diferentes versões (ver apêndice). Os dados de azimute e tempo, conversível em distância, presentes nos borrões permitiram, em combinação com mapas antigos e alguns critérios (pontos de injunção, toponímia, espigões e outros), determinar as ruas atuais por onde passava esse caminho que, segundo as informações do mapa de Policarpo, remonta a 1604, ou seja, aos primórdios da colonização da região de Itu (Pirapitingui).O estudo mostrou que os caminhos presentes no mapa da CGG, existentes para a quase totalidade da região ocupada do Estado de São Paulo em inícios do século XX, coincidindo, em grande medida, com a poligonal de Custódio, refletem bem a situação dos caminhos antigos e podem ser a base inicial para estudos desse tipo. Essa metodologia de trabalho pode ser aplicada a outros casos, coisa que se torna particularmente interessante em um momento em que os órgãos responsáveis pelo patrimônio realizam tombamentos de caminhos. José Custódio de Sá e Faria e o mapa de sua viagem ao Iguatemi, 2020. Jorge Pimentel Cintra e Rafael Henrique de Oliveira. Página 31]Cruzaram também o riacho Putribu, pouco distante da sede da fazenda de mesmo nome. Em 21 de abril de 1660, nessa fazenda de Manuel Bicudo Bejarano, compareceram o tabelião de Santana de Parnaíba para registrar que Baltazar Fernandes doava aos beneditinos de Parnaíba a capela de Nossa Senhora da Ponte. Esse ato, presentes as partes interessadas, deu origem à cidade de Sorocaba. [24863]
O primeiro branco era o português Afonso Sardinha, que depois de residir em Santos passou para São Paulo, erguendo o seu solar no Butantã (hoje Casa do Bandeirante), onde tinha o seu trapiche, isto é, engenho de açúcar. Foi entrando para o sertão, à procura de ouro e prata, pelo Tietê abaixo, tendo principiado no Jaraguá. Do Ibituruna (junto a Pirapora) obliquou para a serra do Piragibú tomando como referência um morrete isolado o Aputribú.
Daí avistou a linda montanha ao poente. Descendo pelo vale do Pirajibú ao campo de Pirapitinguí deixou, à direita o depois chamado bairro do Varejão (nome de família de um sitiante do século XVIII) no atual município de Itú, atravessou o rio Sorocaba, ou na atual rua 15 ou na barra de Pirajibú, e semente três.
A data mencionada por Pedro Taques, 1589, é apenas aproximada, pois inclui a exploração nos outros pontos mencionados. Bateou algum ouro até o século passado se encontrava em quantidade pequena em muitos rios da região e viu um minério de reflexo metálico que julgou ser prata e, enfim, fazendo roçar uma clareiro no ribeiro das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.
Pelo costume; seus guias e companheiros índios conheciam os lugares e os nomes. O "mineiro" ou técnico de minas, que o acompanhava, era Clemente Álvares. Enfim, estava junto com êle o. filho natural, quase que certamente, Afonso Sardinha-o-Moço,. mesmo porque êle já estava sexagenário. Ambos se.dedicavam ao bandeirismo de mineração.e de caça ao índio; sendo assinalada sua presença por êsses anos nesse imenso sertão que vai do Tietê a Paranaguá e ao Rio Paraná.
Tendo "limpado" de nativos da proximidades do Araçoiaba, e localizado as minas de ouro, prata e ferro, não fundaram propriamente um engenho ou forninho catalão, nem naquela data nem depois, conforme repetiram os cronistas e historiadores duzentos anos por um equivoco de Pedro Taques.
Porém, nada mais certo do que ser o Araçoiaba o marco número 1 da siderurgia nacional, pois o minério foi reconhecido antes do de Morro de Pilar (Minas Gerais) e, para isso era mister um malho, uma pequena bigorna, fole e, talvez um dos escravizados africanos que o velho Sardinha foi o primeiro a introduzir e São Paulo. [9049]
Araçoiaba e Ipanema. José Monteiro Salazar1997Enfim, partiu D. Francisco para as minas de Araçoiaba. Imagine-se uma viagem que hoje em dia pode ser feita de carro em uma hora e meia e que, naquele tempo, durava em média, segundo cronistas antigos, cerca de 18 dias! Mas a grande e brilhante comitiva, pois só de soldados havia trezentos e mais "gente de marcação da Armada que trouxe dito Senhor" [25788]
Como se fosse coisa de Deus, a oportunidade de se fazer o pedido surgiu "de bandeja", com a visita do capitão Salvador Correa da Sá Ybenavid (e Benavides), governador da Repartição Sul, a que pertencia a São Paulo. Na versão mais correta, ele esteve fugindo de problemas que enfrentaria com os moradores do Rio de Janeiro, sede do governo da Repartição Sul.Salvador, uma das pessoas mais influentes do Brasil da época, era muito amigos dos Fernandes, desde os tempos do Paraguay. Balthazar não teve dúvidas, encilhou o cavalo e seguiu para São Paulo, levando consigo um pedido para elevação de Sorocaba à Vila. Alguns historiadores defendem outra versão, mais viável, de que ele não foi, por estar muito idoso e adoentado. Teria mandado uma representação. Afinal, era uma cavalgada de três dias, quase 100 quilômetros, um sacrifício, um heroísmo para um homem de 80 anos.Mas, se ele não foi, pessoalmente, é possível que os seus assessores tenham levado do documento preparado por ele e dirigido ao Administrador Geral da Repartição Sul."Diz o capitão mór Balthazar Fernandes, morador na nova povoação de Sorocaba, Vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele como povoador, em nome dos mais moradores, trata de levantar pelourinho na dita vila, que será meia légua do lugar que levantou o sr. Francisco que Deus tem, governador deste Estado; como tão bem necessitam de Justiça para se poderem governador, como bons vassalos de V. M.; o que ûa e outra coisa se não pode obrar, nem conseguir sem expressa ordem de V. S., para que - Pede a V. S. lhe faça mercê conceder o deduzido em sua petição visto redundar tudo em aumento desta repartição, e serviço de S. Majestade e aumento dos seus moradores, provendo V. S. Receberá mercê."
Jornal do Commercio Data: 24/11/1892 “Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas”: confiscada e destruída a edição Data: 08/11/1711 Após uma cavalgada de três dias, Balthazar solicita a Salvador Correia que Sorocaba seja elevada a categoria de "Vila" Data: 02/03/1661 D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses Data: 23/05/1599 *“Baltazar Fernandes: Culpado ou Inocente?”. Sérgio Coelho de Oliveira, jornalista e historiador Data: 01/01/2014
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Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
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Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!